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O controle de constitucionalidade difuso é o meio pelo qual, qualquer juíz ou tribunal pode verificar a constitucionalidade de uma norma, dentro de um processo subjetivo. Por exemplo: Uma lei que proíbe pessoas tatuadas de concorrerem a cargos públicos. Uma pessoa que foi aprovada em concurso público pode entrar com uma ação e suscitar a inconstitucionalidade da referida lei de forma incidental, no bojo do processo.
O controle de constitucionalidade difuso é aquele que pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, dentro do âmbito de sua competência. É exercido de forma incidental num processo, ou seja, a questão constitucional é analisada como prejudicial de mérito.
No controle difuso, o reconhecimento da inconstitucionalidade, em regra, produz efeito apenas para as partes envolvidas no processo (eficácia inter partes), sem atingir terceiros que não participaram da relação processual e retroativos (ex tunc).
Vale salientar, ainda, que o controle difuso deve obedecer a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da CRFB), que diz que, no âmbito dos Tribunais, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos seus membros ou dos membros do órgão especial (onde houver). Caso o tribunal afaste a incidência, no todo ou em parte, de determinada lei ou ato normativo, sem declarar expressamente sua inconstitucionalidade, estar-se-á ofedendo a cláusula de reserva de plenário, segundo dispõe a súmula vinculante nº 10 do STF:
Súmula Vinculante 10
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
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