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Face ao exposto, considere a situação a seguir.
Clara, de vinte e dois anos, residente na cidade de Formiga - MG, foi, em 12/07/2019, até o escritório de advocacia do Dr. Ulisses e relatou que seu pai biológico, Marcos, faleceu recentemente e que deixou bens, porém, ela nunca foi reconhecida como filha. Baseada nos conselhos do Dr. Ulisses, Clara resolve ajuizar uma ação de investigação de paternidade post mortem contra os herdeiros do suposto pai falecido, cumulado com pedido de ingresso no inventário de Marcos, para que tenha direito à sua parte na herança. Após a análise das provas trazidas aos autos, especialmente o exame de DNA, o juiz julgou improcedente o pedido de investigação de paternidade, mas nada disse a respeito do ingresso de Clara no inventário.
Considerando os conceitos relacionados aos embargos de declaração, diante da situação apresentada, assinale a alternativa correta.
A) Dr. Ulisses está impedido de interpor embargos de declaração, uma vez que esse tipo de recurso não é cabível em ações de investigação de paternidade.
B) Clara, por intermédio de seu advogado, não poderia ter ingressado com ação com pedidos cumulados, devendo os pedidos serem feitos de forma separada.
C) A decisão do juiz pode ser considerada contraditória, sendo cabível embargo de declaração para esclarecer os pontos dúbios.
D) Pelo fato de o processo de inventário já está em andamento, não cabe, por parte de Clara, pedido judicial que venha a interromper a divisão do patrimônio de Marcos.
E) Como Clara não foi considerada filha de Marcos na investigação de paternidade, não havia necessidade de o juiz analisar o pedido de ingresso de Clara no inventário.
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há 3 meses

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há 3 meses

Vamos analisar as alternativas uma a uma: A) Dr. Ulisses está impedido de interpor embargos de declaração, uma vez que esse tipo de recurso não é cabível em ações de investigação de paternidade. Análise: Incorreta. Os embargos de declaração são cabíveis em qualquer tipo de decisão judicial que apresente obscuridade, contradição ou omissão, independentemente da natureza da ação. B) Clara, por intermédio de seu advogado, não poderia ter ingressado com ação com pedidos cumulados, devendo os pedidos serem feitos de forma separada. Análise: Incorreta. O Código de Processo Civil permite a cumulação de pedidos, desde que sejam compatíveis. C) A decisão do juiz pode ser considerada contraditória, sendo cabível embargo de declaração para esclarecer os pontos dúbios. Análise: Correta. A decisão do juiz não se manifestou sobre o pedido de ingresso no inventário, o que pode ser considerado uma omissão, e, portanto, cabem embargos de declaração para esclarecer essa questão. D) Pelo fato de o processo de inventário já estar em andamento, não cabe, por parte de Clara, pedido judicial que venha a interromper a divisão do patrimônio de Marcos. Análise: Incorreta. Clara pode sim pleitear seu ingresso no inventário, mesmo que este já esteja em andamento, especialmente se a decisão sobre sua paternidade ainda não foi definitiva. E) Como Clara não foi considerada filha de Marcos na investigação de paternidade, não havia necessidade de o juiz analisar o pedido de ingresso de Clara no inventário. Análise: Incorreta. A análise do pedido de ingresso no inventário deve ser feita independentemente do resultado da investigação de paternidade, pois a questão da herança pode ser discutida. Portanto, a alternativa correta é: C) A decisão do juiz pode ser considerada contraditória, sendo cabível embargo de declaração para esclarecer os pontos dúbios.

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Diante do exposto, analise a seguinte situação.
Carla cumpre pena em regime semiaberto e interpôs, ao Tribunal de Justiça, Agravo em Execução contra decisão que indeferiu a remição de sua pena em razão do estudo escolar (art. 126 da Lei de Execução Penal). O pedido do agravo limitou-se à nova análise dos requisitos para a concessão da remição. Em contrarrazões, o Ministério Público emitiu parecer favorável pelo pedido da agravante, concordando com a remição. Os desembargadores responsáveis pelo julgamento estudaram todos os documentos que foram anexados no agravo e decidiram por seu parcial deferimento para conceder a remição pelos dias de estudo e para determinar que Carla regredisse ao regime fechado, porque encontraram nos autos do agravo provas do cometimento de falta grave pela agravante (praticar fato definido como crime doloso ou falta grave). Não havia, ainda, julgamento definitivo, por parte do juiz da execução da pena, sentença em relação à suposta falta grave.
Considerando o texto base e o caso prático, assinale a alternativa correta em relação aos conceitos do recurso de agravo em execução.
A) Mesmo o Ministério Público não tendo recorrido, é possível que Carla tenha sua condição, em recurso, piorada devido ao princípio da reforma em prejuízo do réu.
B) Nada impede que, mesmo que ainda não tenha havido o julgamento da falta grave de Carla, essa falta prejudique a regressão de regime.
C) Carla não poderia ter interposto seu agravo em execução ao tribunal de justiça, devendo ter levado seu recurso direto ao Superior Tribunal de Justiça.
D) O cometimento de falta grave não é impeditivo para a concessão de progressão de regime, devendo esse evento ser apurado em separado.
E) O tribunal inobservou o princípio da inércia judicial ao decidir sobre matéria que não era objeto do recurso interposto por Carla.

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