A Educação do Campo surge como uma resposta pedagógica às especificidades das populações que vivem em áreas rurais, quilombolas, indígenas e assentamentos, reconhecendo suas identidades, saberes tradicionais e modos de vida. Diferente da educação urbana, ela precisa ser pensada de forma contextualizada, considerando os ciclos agrícolas, a organização comunitária, as relações familiares e o papel político dessas comunidades no país. Seu objetivo não é apenas garantir acesso à escolarização, mas promover uma aprendizagem que fortaleça os sujeitos coletivos e individuais desses territórios. Além disso, os movimentos sociais têm atuado como agentes educadores, influenciando tanto políticas públicas quanto práticas pedagógicas. Eles colaboram na construção de currículos comprometidos com a realidade local, na formação de professores e na criação de espaços de resistência cultural e política. Nesse contexto, a escola torna-se um lugar de luta por direitos e de produção de conhecimento crítico e emancipatório. Considerando a relação entre Educação do Campo e os movimentos sociais, é correto afirmar que: Escolha uma: a. A articulação entre educação e movimentos sociais só é possível em contextos urbanos, sendo inviável nas áreas rurais devido à dispersão populacional e à falta de tecnologia. b. A única contribuição dos movimentos sociais para a educação está na defesa de infraestrutura escolar básica, sem envolvimento direto com propostas pedagógicas ou metodológicas. c. Os movimentos sociais contribuem para a elaboração de projetos educativos que integram teoria, prática, ciência e cultura popular, promovendo uma aprendizagem crítica e contextualizada. d. A participação dos movimentos sociais na educação do campo é contraproducente, pois desvia o foco do ensino técnico-científico e prioriza conteúdos ideológicos. e. A educação rural deve ser planejada sem qualquer interferência dos movimentos sociais, já que isso pode gerar polarizações políticas dentro da escola.