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Um homem de 72 anos, tabagista ativo, portador de DPOC GOLD IV e insuficiência cardíaca congestiva, é admitido no pronto-socorro por dispneia progressiva nas últimas horas. Encontra-se com os seguintes dados vitais: PA 140/80 mmHg, FC 120 bpm (sinusal regular); FR 28 irpm (com esforço respiratório leve-moderado, tiragem intercostal), TAx 36,2ºC, glicemia capilar 102 mg/dL, nível de consciência: sonolência e confusão mental, Glasgow 14. Está recebendo oxigenoterapia suplementar via cateter nasal a 5 L/min. Ausculta respiratória com sibilos difusos bilateralmente, crepitações em 2/3 inferiores bilateralmente, edema de membros inferiores e turgência jugular.
Com base nos achados clínicos e laboratoriais, analise as alternativas e assinale a classificação da insuficiência respiratória e a conduta inicial mais adequada.
A gasometria indica insuficiência respiratória predominantemente tipo I, associada a retenção significativa de CO₂; a prioridade é intensificar a oxigenoterapia, broncodilatadores, corticoide endovenoso, sulfato de magnésio, aminofilina EV e aguardar resposta clínica.
Trata-se de insuficiência respiratória tipo I (hipoxêmica); deve-se aumentar o fluxo de oxigênio para MAF 15 L/min, visando corrigir rapidamente a hipoxemia para SpO2 94-98% e prevenir hipóxia tecidual.
O quadro configura insuficiência respiratória tipo mista, com acidose respiratória parcialmente compensada; está indicada a introdução de ventilação não invasiva (VNI), associada à monitorização idealmente em CTI.
O paciente apresenta insuficiência respiratória mista; entretanto, a confusão mental e a acidose são contraindicações absolutas à VNI, sendo priorizada a intubação orotraqueal imediata para estabilização.
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há 3 semanas

Respostas

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há 3 semanas

Para analisar a situação clínica apresentada, precisamos considerar os dados do paciente e as características da insuficiência respiratória. 1. O paciente tem DPOC GOLD IV e insuficiência cardíaca congestiva, o que já indica um risco elevado de complicações respiratórias. 2. Os sinais vitais mostram uma frequência respiratória elevada (28 irpm) e esforço respiratório, além de confusão mental e sonolência, que são preocupantes. 3. A ausculta respiratória revela sibilos e crepitações, sugerindo um quadro de obstrução e possível congestão pulmonar. 4. A oxigenoterapia já está sendo administrada, mas a resposta clínica é insatisfatória, dado o nível de consciência alterado. Com base nessas informações, vamos analisar as alternativas: a) A gasometria indica insuficiência respiratória predominantemente tipo I, associada a retenção significativa de CO₂; a prioridade é intensificar a oxigenoterapia, broncodilatadores, corticoide endovenoso, sulfato de magnésio, aminofilina EV e aguardar resposta clínica. - Essa opção não considera a gravidade da confusão mental e a necessidade de uma intervenção mais imediata. b) Trata-se de insuficiência respiratória tipo I (hipoxêmica); deve-se aumentar o fluxo de oxigênio para MAF 15 L/min, visando corrigir rapidamente a hipoxemia para SpO2 94-98% e prevenir hipóxia tecidual. - Embora a hipoxemia seja uma preocupação, a confusão mental sugere que a situação é mais grave do que apenas hipoxemia isolada. c) O quadro configura insuficiência respiratória tipo mista, com acidose respiratória parcialmente compensada; está indicada a introdução de ventilação não invasiva (VNI), associada à monitorização idealmente em CTI. - A VNI pode ser uma opção, mas a confusão mental é uma contraindicação. d) O paciente apresenta insuficiência respiratória mista; entretanto, a confusão mental e a acidose são contraindicações absolutas à VNI, sendo priorizada a intubação orotraqueal imediata para estabilização. - Esta opção considera a gravidade do quadro e a necessidade de uma intervenção mais invasiva devido à confusão mental. Diante da análise, a alternativa correta é: d) O paciente apresenta insuficiência respiratória mista; entretanto, a confusão mental e a acidose são contraindicações absolutas à VNI, sendo priorizada a intubação orotraqueal imediata para estabilização.

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Homem de 25 anos é trazido pela mãe à unidade básica de saúde devido a mudanças comportamentais importantes nos últimos 9 meses. Segundo o relato familiar, o paciente passou a se isolar em casa, abandonou os estudos e evita interações sociais. Fala sozinho, apresenta risos imotivados e, frequentemente, comenta que escuta vozes que falam dele. Refere que acredita que os vizinhos estão controlando seus pensamentos por meio da televisão. A mãe nega uso de substâncias psicoativas. O exame clínico e neurológico não apresenta alterações. Durante a entrevista, o paciente mantém pouco contato visual, fala de forma desorganizada e tem expressão facial reduzida.
Com base no caso apresentado, analise as afirmativas a seguir:
I. A presença de alucinações auditivas e delírios persecutórios sugere sintomas positivos do transtorno psicótico.
II. A redução da expressão facial e o isolamento social são considerados sintomas negativos da esquizofrenia.
III. A ausência de uso de drogas e de sintomas de euforia ajuda a diferenciar este caso de psicose induzida por substâncias ou transtorno bipolar.
IV. O diagnóstico é confirmado apenas após exclusão de causas clínicas e neurológicas, e exige obrigatoriamente internação hospitalar.
V. O seguimento em serviços de atenção psicossocial, como CAPS, é recomendado para manejo integral e contínuo do paciente.
(alternativa A) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.
(alternativa B) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.
(alternativa C) (CORRETA) Apenas as afirmativas I, II, III e V estão corretas.
(alternativa D) Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas.

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