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AFYA CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Estágio Curricular em Urgências e Emergências e Saúde Mental Professor (es): Período: 202502 Turma: Data: 26/08/2025 N2 INTERNATO - MEDICINA - UESM - 2025.2 - ROT 1 - 26/AGOSTO - 14 TEMAS RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 16961 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Código da questão: 141610 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (FMIT) Paciente do sexo feminino, 27 anos, é trazida à emergência por familiares devido a comportamento estranho iniciado há 3 dias. Refere ouvir vozes comentando suas ações, acredita que sua mente está sendo monitorada por uma “tecnologia do governo” e mostra-se desconfiada com a equipe. Ao exame, apresenta discurso desorganizado, pensamento tangencial, sem consciência crítica do quadro. Nega uso de substâncias e não possui antecedentes psiquiátricos conhecidos. Com base na avaliação psicopatológica, analise qual é a hipótese diagnóstica mais provável? Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Episódio psicótico agudo, caracterizado por alterações no conteúdo do pensamento, sensopercepção e julgamento. (alternativa B) Transtorno de personalidade paranoide, com padrão crônico de desconfiança e ausência de alucinações auditivas. (alternativa C) Transtorno delirante persistente, com delírios encapsulados e preservação da organização formal do pensamento. (alternativa D) Episódio depressivo maior com sintomas psicóticos congruentes com o humor, como culpa e ruína. Grau de dificuldade: Médio 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 1 de 75 Resposta comentada: Justificativas: "Episódio psicótico agudo, caracterizado por alterações no conteúdo do pensamento, sensopercepção e julgamento". Correta. O quadro é compatível com episódio psicótico agudo, com início recente, presença de delírios de influência (monitoramento), alucinações auditivas e desorganização do pensamento (tangencialidade). Há alteração do juízo crítico, e o quadro demanda investigação etiológica (primário ou secundário). A apresentação aguda favorece o diagnóstico de transtorno psicótico breve ou esquizofreniforme, dependendo da duração. "Transtorno delirante persistente, com delírios encapsulados e preservação da organização formal do pensamento." Incorreta. O transtorno delirante persistente cursa com delírios bem sistematizados, sem alterações evidentes do curso do pensamento, nem alucinações marcadas. O paciente costuma manter funcionalidade e discurso coerente fora do tema do delírio. Neste caso, há desorganização formal do pensamento e alucinações, o que contraindica esse diagnóstico. "Episódio depressivo maior com sintomas psicóticos congruentes com o humor, como culpa e ruína." Incorreta. No episódio depressivo maior com sintomas psicóticos, os delírios ou alucinações costumam ser congruentes com o humor (ex: ruína, culpa, punição). Aqui, os sintomas psicóticos são bizarros e incongruentes com humor deprimido, além da ausência de relato de humor deprimido proeminente. "Transtorno de personalidade paranoide, com padrão crônico de desconfiança e ausência de alucinações auditivas." Incorreta. O transtorno de personalidade paranoide é um padrão crônico e estável de desconfiança, geralmente sem alucinações auditivas ou alterações formais do pensamento. O quadro do caso é agudo, com psicose franca, o que descarta transtorno de personalidade como diagnóstico principal. Referência: ASSOCIATION, American P. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5- TR: Texto Revisado . 5. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2023. E-book. pi ISBN 9786558820949. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786558820949/. Acesso em: 23 jul. 2025. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 2 de 75 Filtros da questão: [Tema] Psicopatologia e exame do estado mental – principais conceitos de psicopatologia, exame do estado mental, incluindo as manifestações clínicas nas principais desordens (esquizofrenia, transtornos afetivos e transtornos de ansiedade) [Subáreas de Conhecimento] Psicopatologia e Exame Mental [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] FMIT [Habilidades] Interpretar alterações em aspectos como humor, pensamento, sensopercepção e julgamento, fundamentando hipóteses diagnósticas. 2ª QUESTÃO Código da questão: 141656 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNITPAC) Durante atendimento de emergência, um paciente homem de 45 anos, vítima de trauma crânio-facial grave, apresenta rebaixamento do nível de consciência (Glasgow 6), necessidade urgente de proteção da via aérea, mas as tentativas de intubação orotraqueal falham após múltiplas tentativas por profissional experiente. A ventilação com máscara e bolsa-valva também não é efetiva, mesmo com uso de cânula orofaríngea. Há muita secreção sanguinolenta abundante na via aérea e cavidade oro e nasofaríngea. Mantendo-se a imobilização adequada da coluna cervical e, apesar da manobra de liberação como jaw-thrust, a saturação está em queda progressiva (imediata: Incorreta. Indicação de IOT na exacerbação da DPOC: falha de VNI, instabilidade hemodinâmica grave, incapacidade de proteger via aérea, coma hipercápnico profundo (Glasgowé a sedação para conforto, sem promover diálogo estruturado com a família. Grau de dificuldade: Médio 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 47 de 75 Resposta comentada: Alternativa correta: Reunir-se com a família, utilizando o protocolo SPIKES, validando emoções e explicando de forma clara o manejo da dor total, construindo um plano de cuidados conjunto com reavaliações periódicas. Justificativa: Esta alternativa reflete a melhor prática nos cuidados paliativos. O conceito de “dor total”, introduzido por Cicely Saunders, engloba as dimensões física, psicológica, social e espiritual da dor, demandando uma abordagem multidimensional e um plano individualizado. O uso do protocolo SPIKES garante uma comunicação estruturada, envolvendo: preparação, avaliação da percepção dos familiares, convite ao diálogo, transmissão de informações de forma clara, acolhimento das emoções e definição conjunta de estratégias de manejo com reavaliações periódicas. Esta abordagem alinha-se às diretrizes de cuidados centrados no paciente e na família. Alternativa incorreta: Aumentar a dose do opioide venoso, informando à família que a dor é inerente à doença avançada e que o objetivo neste estágio da doença é a sedação para conforto, sem promover diálogo estruturado com a família. Justificativa: Embora o ajuste de opioides seja frequentemente necessário, esta conduta reduz a abordagem da dor apenas ao aspecto farmacológico e desconsidera a dimensão biopsicossocial e espiritual da “dor total”. Além disso, comunicar que o objetivo é apenas sedação, sem diálogo estruturado, contraria os princípios de autonomia, empatia e construção compartilhada do plano de cuidados. Reunir-se com a família, explicando detalhadamente a fisiopatologia da dor neuropática e nociceptiva, utilizando linguagem excessivamente técnica para justificar a dificuldade de controle da dor. Justificativa: A explicação científica detalhada sem adaptação ao nível de compreensão da família pode gerar confusão e aumentar a angústia. A comunicação em cuidados paliativos deve ser empática, clara e acessível, priorizando a escuta ativa e a compreensão da família em vez de se concentrar apenas em demonstrar conhecimento técnico. Inserir fármaco opioide de alta potência e solicitar que a família busque o serviço de dor crônica ambulatorial, alegando que o ambiente hospitalar não dispõe de recursos ou tempo para discussões de plano de cuidados. Justificativa: O manejo da dor em pacientes internados deve ser realizado pela equipe multiprofissional presente, com comunicação adequada e planejamento conjunto. Transferir a responsabilidade para outro serviço sem discussão com a família fragmenta o cuidado e desconsidera a urgência do sofrimento atual do paciente. Referência: VELASCO, Irineu T.; RIBEIRO, Sabrina Corrêa da Cunha. Cuidados paliativos na emergência. São Paulo: Editora Manole, 2020. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 48 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Cuidados paliativos [Tema] Cuidados paliativos e manejo da dor [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNISL PORTO VELHO [Habilidades] Analisar o papel da equipe multiprofissional nos cuidados paliativos, integrando a comunicação empática e o apoio familiar. [Competências (Objetivos)] Cuidados paliativos 21ª QUESTÃO Código da questão: 141299 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNIFIPMOC) Paciente masculino, 63 anos, com SDRA moderado secundário a pneumonia bacteriana, encontra-se sedado e intubado sob ventilação mecânica controlada a volume (VCV), com volume corrente de 6 mL/kg (peso predito), PEEP 10 cmH₂O, FiO₂ 0,6. Evolui com pH 7,26, PaCO₂ 58 mmHg, PaO₂ 70 mmHg. Está hemodinamicamente estável, sedado, com boa sincronia com o ventilador. Lactato 1,5 mmol/L. Dentre as alternativas abaixo e diante do quadro acima descrito, qual conduta está mais adequada neste momento? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 49 de 75 Alternativas: (alternativa A) Aumentar o volume corrente para melhorar a ventilação alveolar e corrigir a hipercapnia. (alternativa B) Aumentar a frequência respiratória apenas se a PaCO₂ ultrapassar 70 mmHg, independentemente do pH. (alternativa C) (CORRETA) Manter os parâmetros ventilatórios, pois o quadro configura hipercapnia permissiva aceitável. (alternativa D) Iniciar bicarbonato de sódio para corrigir o pH ácido secundário à retenção de CO₂. Grau de dificuldade: Médio Resposta comentada: Gabarito oficial: Manter os parâmetros ventilatórios, pois o quadro configura hipercapnia permissiva aceitável. Justificativa: Trata-se de hipercapnia permissiva, um conceito bem estabelecido na SDRA, em que se aceita uma elevação da PaCO₂ para proteger os pulmões, desde que o pH permaneça acima de 7,20 e o paciente esteja hemodinamicamente estável, sem contraindicações absolutas (ex: hipertensão intracraniana, acidose metabólica grave). Neste caso, o pH de 7,26 e a estabilidade clínica permitem manter os ajustes ventilatórios atuais. Análise das alternativas incorretas: Aumentar o volume corrente para melhorar a ventilação alveolar e corrigir a hipercapnia: Essa conduta viola o princípio da ventilação protetora, cujo objetivo é limitar o volume corrente (4–6 mL/kg) para reduzir o risco de barotrauma e volutrauma. Mesmo diante de hipercapnia leve a moderada, não se deve elevar o VC se o pH estiver tolerável (> 7,20). Iniciar bicarbonato de sódio para corrigir o pH ácido secundário à retenção de CO₂: O uso de bicarbonato de sódio não está indicado em acidose respiratória pura leve a moderada, como neste caso. Pode inclusive causar sobrecarga volêmica, alcalose de rebote e agravamento da ventilação alveolar. Só seria considerado em acidose mista grave com pHAlternativas: (alternativa A) Solicitar exames laboratoriais para avaliação direta da função mental. (alternativa B) (CORRETA) Utilizar técnicas de entrevista e observação clínica estruturada, com descrição objetiva dos sinais e sintomas. (alternativa C) Limitar a entrevista à queixa principal, evitando aprofundamento para não gerar desconforto no paciente. (alternativa D) Aplicar algumas escalas psicométricas para mensurar o nível de delírio. Grau de dificuldade: Médio Resposta comentada: O exame do estado mental (EEM) é um componente essencial da avaliação psiquiátrica e deve ser conduzido de forma sistemática e objetiva, por meio da entrevista clínica estruturada e observação direta do comportamento, fala, pensamento, humor, afetividade, sensopercepção, insight, julgamento, entre outros aspectos. A descrição dos achados deve evitar interpretações subjetivas, focando nos sinais e sintomas observáveis. Isso permite formular hipóteses diagnósticas mais precisas e estabelecer planos terapêuticos adequados. As escalas psicométricas podem ser úteis em contextos específicos, como rastreamento ou monitoramento de sintomas (ex.: CAM para delirium, PANSS para esquizofrenia), mas não substituem o exame clínico sistemático do estado mental. No primeiro atendimento, o essencial é realizar uma avaliação estruturada por meio de entrevista e observação clínica, não apenas aplicar instrumentos padronizados. Limitar a entrevista à queixa principal, evitando aprofundamento para não gerar desconforto no paciente, é uma abordagem inadequada, especialmente em um quadro psicótico. O exame do estado mental exige abordagem completa, mesmo que o paciente apresente resistência. Técnicas de entrevista empática, uso do rapport terapêutico e manejo adequado da comunicação são essenciais para garantir uma avaliação segura e abrangente. Evitar aprofundamento compromete a qualidade diagnóstica. Não existem exames laboratoriais que avaliem diretamente a função mental. Exames complementares (ex.: eletrólitos, função hepática, TSH, drogas na urina) são importantes para investigação de causas orgânicas ou delirium, mas o exame clínico e a entrevista estruturada continuam sendo o principal método de avaliação do estado mental. Referência: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 52 de 75 Filtros da questão: [Tema] Psicopatologia e exame do estado mental – principais conceitos de psicopatologia, exame do estado mental, incluindo as manifestações clínicas nas principais desordens (esquizofrenia, transtornos afetivos e transtornos de ansiedade) [Subáreas de Conhecimento] Psicopatologia e Exame Mental [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] FIP GUANAMBI [Habilidades] Utilizar técnicas de entrevista e observação clínica, conduzindo de forma sistemática o exame do estado mental. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 23ª QUESTÃO Código da questão: 142046 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (FESAR) Um homem de 72 anos, tabagista ativo, portador de DPOC GOLD IV e insuficiência cardíaca congestiva, é admitido no pronto-socorro por dispneia progressiva nas últimas horas. Encontra-se com os seguintes dados vitais: PA 140/80 mmHg, FC 120 bpm (sinusal regular); FR 28 irpm (com esforço respiratório leve-moderado, tiragem intercostal), TAx 36,2ºC, glicemia capilar 102 mg/dL, nível de consciência: sonolência e confusão mental, Glasgow 14. Está recebendo oxigenoterapia suplementar via cateter nasal a 5 L/min. Ausculta respiratória com sibilos difusos bilateralmente, crepitações em 2/3 inferiores bilateralmente, edema de membros inferiores e turgência jugular. A gasometria arterial revelou os seguintes dados: pH: 7,28. PaCO₂: 68 mmHg. PaO₂: 52 mmHg. HCO₃⁻: 30 mEq/L. SatO₂: 84% Com base nos achados clínicos e laboratoriais, analise as alternativas e assinale a classificação da insuficiência respiratória e a conduta inicial mais adequada. 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 53 de 75 Alternativas: (alternativa A) A gasometria indica insuficiência respiratória predominantemente tipo I, associada a retenção significativa de CO₂; a prioridade é intensificar a oxigenoterapia, broncodilatadores, corticoide endovenoso, sulfato de magnésio, aminofilina EV e aguardar resposta clínica. (alternativa B) Trata-se de insuficiência respiratória tipo I (hipoxêmica); deve-se aumentar o fluxo de oxigênio para MAF 15 L/min, visando corrigir rapidamente a hipoxemia para SpO2 94-98% e prevenir hipóxia tecidual. (alternativa C) (CORRETA) O quadro configura insuficiência respiratória tipo mista, com acidose respiratória parcialmente compensada; está indicada a introdução de ventilação não invasiva (VNI), associada à monitorização idealmente em CTI. (alternativa D) O paciente apresenta insuficiência respiratória mista; entretanto, a confusão mental e a acidose são contraindicações absolutas à VNI, sendo priorizada a intubação orotraqueal imediata para estabilização. Grau de dificuldade: Médio Resposta comentada: Gabarito oficial: "O quadro configura insuficiência respiratória tipo mista, com acidose respiratória parcialmente compensada; está indicada a introdução de ventilação não invasiva (VNI), associada à monitorização idealmente em CTI." Análise do caso clínico: Trata-se de um paciente com DPOC GOLD IV + sinais de insuficiência cardíaca (edema, turgência jugular, crepitações 2/3 inferiores). Gasometria: pH 7,28 (acidemia), PaCO₂ 68 (hipercapnia), PaO₂ 52 (hipoxemia), HCO₃⁻ 30 (parcial compensação), indicando insuficiência respiratória mista, com predomínio hipercápnico (tipo II descompensada). Estado mental: GCS 14 (sonolento/confuso, mas desperta), sem sinais de perda de proteção de via aérea descritos. O₂ em cateter 5 L/min ainda com SpO₂ baixa, indicando que ele precisa de suporte ventilatório, não apenas mais oxigênio. Na exacerbação de DPOC com IRpA predominantemente hipercápnica com pH ≤ 7,35: VNI (BiPAP) é primeira linha, salvo contraindicações (incapacidade de proteger via aérea, vômitos ativos, agitação intratável, choque instável, arritmia grave, trauma facial). Oxigênio: devemos titular para SpO₂ 88–92% (evitar hiperóxia e piora da hipercapnia). IC congestiva/edema agudo de pulmão: VNI também reduz trabalho respiratório e melhora congestão. Adjuvantes: broncodilatadores (SABA/SAMA) por nebulização, corticosteroide sistêmico de curto curso, antibiótico se infecção provável; diurético/nitrato se congestão franca. Reavaliar em 30–60 min: melhora de FR, pH/PaCO₂, esforço e conforto. Se falhar → considerar IOT. Análise das alternativas: "Trata-se de insuficiência respiratória tipo I (hipoxêmica); deve-se aumentar o fluxo de oxigênio para MAF 15 L/min, visando corrigir rapidamente a hipoxemia para SpO2 94-98% e prevenir hipóxia tecidual": Incorreta. Não é só tipo I: há hipercapnia com acidemia (tipo II). Dar FiO₂ muito alta pode piorar CO₂; o problema central é hipoventilação → requer VNI. "O quadro configura insuficiência respiratória tipo mista, com acidose respiratória parcialmente 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 54 de 75 compensada; está indicada a introdução de ventilação não invasiva (VNI), associada à monitorização idealmente em CTI": Correta. Classifica bem a IRpA (mista) e apresenta uma conduta alinhada: VNI (BiPAP) em ambiente monitorado (CTI/UTI). "A gasometria indica insuficiência respiratória predominantemente tipo I, associada a retenção significativa de CO₂; a prioridade é intensificar a oxigenoterapia, broncodilatadores, corticoide endovenoso, sulfato de magnésio, aminofilina EV e aguardar resposta clínica": Incorreta. Rotula mal (há tipo II com acidemia), omite VNI e incluiaminofilina EV (não recomendada rotineiramente, com perfil de efeitos adversos). “Aguardar” sem suporte ventilatório é arriscado. "O paciente apresenta insuficiência respiratória mista; entretanto, a confusão mental e a acidose são contraindicações absolutas à VNI, sendo priorizada a intubação orotraqueal imediata para estabilização": Incorreta. GCS 14 e confusão leve não são contraindicações absolutas; a VNI pode e deve ser tentada se há cooperação mínima e sem perda de proteção de via aérea/instabilidade. Referências: ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Orientações Práticas em Ventilação Mecânica. 2024. BRASIL. Diretrizes para o Manejo da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/. Acesso em: 31 jul. 2025. SOCIETY OF CRITICAL CARE MEDICINE (SCCM); EUROPEAN RESPIRATORY SOCIETY (ERS). Guidelines for the use of noninvasive ventilation in acute respiratory failure. Intensive Care Med, v. 27, p. 166–178, 2001. WEST, J. B. Fisiologia respiratória moderna. 3. ed. São Paulo: Manole, 1990. Feedback: -- Filtros da questão: [Tema] Insuficiência respiratória (tipo I – hipoxêmica / tipo II – hipercápnica/mista) [Subáreas de Conhecimento] Emergências respiratórias [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] FESAR [Habilidades] Utilizar critérios clínicos para suporte ventilatório não invasivo ou invasivo, manejando adequadamente os diferentes tipos de insuficiência respiratória. [Competências (Objetivos)] Emergências metabólicas 24ª QUESTÃO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 55 de 75 Código da questão: 141858 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (FACIMPA) Paciente do sexo masculino, 59 anos, com antecedentes de DRC estágio 4 e DM2, está internado na UTI por sepse de origem pulmonar. No 3º dia de internação, evolui com rebaixamento do nível de consciência (Glasgow 12), taquipneia (FR 26 irpm), PA 100x60 mmHg e SpO₂ 95% em O₂ a 3 L/min. Glicemia capilar: 146 mg/dL. Exames laboratoriais: pH: 7,1; PaCO₂: 22 mmHg; HCO₃⁻: 8 mEq/L; BE: –20 mEq/L; Na⁺: 136 mEq/L; K⁺: 5,2 mEq/L; Cl⁻: 102 mEq/L; Lactato: 7,1 mmol/L. Ureia 182 mg/dL. Creatinina 4,2 mg/dL. Diante desse quadro clínico e dos achados laboratoriais, qual é a conduta adequada em relação ao distúrbio ácido-básico? Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Está indicada reposição venosa de bicarbonato de sódio em infusão lenta, com monitorização clínica-laboratorial rigorosa. (alternativa B) Administrar solução salina hipertônica associada à insulina para correção do potássio e acidose metabólica, visto que há hipocalemia oculta por desvio extracelular. (alternativa C) Corrigir primeiramente a hiperventilação com sedação e suporte ventilatório, uma vez que a alcalose respiratória secundária agrava o distúrbio de base. (alternativa D) Não está indicada reposição de bicarbonato de sódio, uma vez que este pode aumentar risco de hipervolemia, hipernatremia e hipocalcemia. Grau de dificuldade: Difícil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 56 de 75 Resposta comentada: Gabarito oficial: "Está indicada reposição venosa de bicarbonato de sódio em infusão lenta, com monitorização clínica-laboratorial rigorosa". Trata-se de um quadro de acidose metabólica grave com hiato aniônico elevado (AG = 136 − 102 − 8 = 26 mEq/L) por lactato 7,1 mmol/L (secundário à sepse). A hiperventilação (PaCO₂ 22 mmHg) é compensatória (fórmula de Winter: 1,5 × 8 + 8 = 20 ± 2 → compatível). Alternativa por alternativa: “Não está indicada reposição de bicarbonato…” – Incorreta. Riscos existem (hipernatremia, hipocalcemia, sobrecarga volêmica), mas não contraindicam o uso quando há acidemia grave. No BICAR-ICU (pH ≤7,20; HCO₃⁻ ≤20), o bicarbonato não melhorou o desfecho primário no conjunto, mas reduziu mortalidade, falência orgânica e necessidade de diálise no subgrupo com AKI moderada/grave (AKIN 2–3), além de corrigir melhor o pH; eventos adversos foram mais frequentes, porém não graves. “Corrigir primeiro a hiperventilação…” – Incorreta. A PaCO₂ baixa é resposta compensatória da acidose. Sedar/paralisar e “corrigir” a hiperventilação elevaria a PaCO₂ e pioraria o pH. “Reposição venosa de bicarbonato em infusão lenta…” – Correta. Com pH 7,12 e HCO₃⁻ 8, há indicação de bicarbonato EV como terapia adjuvante enquanto se trata a causa (sepse) e se avalia TRS. O estudo BICAR-ICU utilizou bicarbonato 4,2% em bolos de 125 – 250 mL em 30 min, repetidos para alvo de pH ≥ 7,30, com monitorização estreita (gasometrias seriadas, Na⁺, Ca²⁺, balanço/volume; atenção ao CO₂ gerado). Benefício clínico foi mais claro em pacientes com AKI moderada/grave, com menos diálise e menor mortalidade nesse subgrupo. Obs.: o estudo excluiu DRC estágio IV puro; ainda assim, a prática usual aceita bicarbonato em acidemia muito grave ou AKI/AKI-on-CKD, com vigilância rigorosa. “SF hipertônica + insulina por hipocalemia oculta…” – Incorreta. Não há “hipocalemia oculta”: o K⁺ está 5,2 (leve hipercalemia pela acidemia). SF hipertônica não trata acidose láctica; insulina é reservada para hipercalemia significativa (≥ 6,0 ou com ECG). Conclusão: Iniciar bicarbonato EV (4,2% em doses fracionadas), com monitorização clínica e laboratorial rigorosa, enquanto se corrige a causa (sepse) e se avalia TRS conforme critérios. O BICAR-ICU respalda essa estratégia em acidemia grave, sobretudo quando há insuficiência renal aguda moderada a grave. Referências: Medicina de emergência: abordagem prática / editores Ludhmila Abrahão Hajjar ... [et al.]. - 18. ed., rev. e atual. - Santana de Parnaíba [SP] : Manole, 2024. JABER, S. et al. Sodium bicarbonate therapy for patients with severe metabolic acidaemia in the intensive care unit (BICAR-ICU): a multicentre, open-label, randomised controlled, phase 3 trial. The Lancet, [s. l.], v. 392, n. 10141, p. 31-40, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/S0140- 6736(18)31080-8. Medicina intensiva: revisão rápida / editores Bruno Adler Maccagnan Pinheiro Besen, Antonio Paulo Nassar Junior, Luciano César Pontes de Azevedo. - 2. ed. - Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2023. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 57 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências [Tema] Distúrbios do equilíbrio ácido-básico [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] FACIMPA [Habilidades] Indicar a correção dos distúrbios com medidas específicas, respeitando limites de segurança e reversão da causa base. [Competências (Objetivos)] Emergências metabólicas 25ª QUESTÃO Código da questão: 141329 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 58 de 75 Enunciado: (AFYA Paraíba) Paciente masculino, 29 anos, previamente hígido, é atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após apresentar dor torácica súbita de forte intensidade, seguida de colapso, sendo identificado em parada cardiorrespiratória (PCR) em atividade elétrica sem pulso (AESP). A equipe iniciou rapidamente o protocolo de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com medidas avançadas, incluindo intubação orotraqueal, capnografia e investigação de causas reversíveis com ultrassonografia point-of-care (POCUS). Durante o atendimento, os seguintes achados foram observados: Capnografia: ETCO₂ = 10 mmHg. Expansão torácica visível apenas à esquerda. Ausência de deslizamento pleural à direita. Presença de deslizamento pleural à esquerda. Presença de linha A e ausência de linha B no hemitórax direito e esquerdo. Presença de lungpoint (ponto pulmonar) em hemitórax direito. Veia cava inferior distendida, sem colabamento. Ausência de contratilidade cardíaca e ventrículo direito não dilatado. Nenhum histórico de trauma torácico, arritmia ventricular ou uso de drogas. Considerando o quadro clínico e os achados do POCUS, avalie as condutas mais apropriadas e imediatas durante a ressuscitação, é correto afirmar que deve: Alternativas: (alternativa A) indicar drenagem torácica bilateral e administrar bicarbonato de sódio por via intravenosa. (alternativa B) (CORRETA) realizar toracocentese descompressiva sem interromper a RCP e administrar epinefrina IV. (alternativa C) suspender RCP, realizar toracocentese e administrar atropina por via intravenosa. (alternativa D) realizar ventilação manual com oxigênio a 100% e administrar dopamina por via intravenosa. Grau de dificuldade: Difícil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 59 de 75 Resposta comentada: A alternativa correta relata o caso sugestivo fortemente de pneumotórax hipertensivo à direita, causa reversível de AESP. O ultrassom demonstra ausência de deslizamento pleural, linha A isolada e veia cava distendida sem colabamento, achados típicos desse diagnóstico. A toracocentese descompressiva deve ser realizada de forma imediata no hemitórax direito sem interromper a RCP, e a epinefrina 1 mg IV deve ser mantida a cada 3 a 5 minutos conforme diretrizes do ACLS. A alternativa (Realizar ventilação manual com oxigênio a 100% e administrar dopamina por via intravenosa) está incorreta, pois dopamina não é a droga vasoativa indicada no protocolo inicial de AESP. A prioridade é tratar causas reversíveis e administrar epinefrina. A alternativa (Indicar drenagem torácica bilateral com selo d’água e administrar bicarbonato de sódio por via intravenosa) está incorreta, pois a drenagem torácica bilateral com selo d’água é um procedimento definitivo, porém não imediato. Além disso, não seria bilateral, mas sim unilateral, afinal o hemitórax esquerdo está com deslizamento pleural e linhas A. A toracocentese descompressiva é a intervenção inicial mais apropriada. O uso de bicarbonato de sódio é reservado a casos específicos (acidose metabólica grave, hipercalemia ou intoxicação por antidepressivos tricíclicos), o que não é evidenciado aqui. A alternativa (Suspender as compressões torácicas para realizar toracocentese e administrar atropina por via intravenosa) está incorreta, pois nunca se deve suspender as compressões torácicas durante a ressuscitação, exceto para avaliação rítmica rápida. Além disso, a atropina não tem mais papel no tratamento de AESP. Referências: AMERICAN HEART ASSOCIATION. SAVC: Suporte Avançado de Vida Cardiovascular: manual do profissional. Texas, USA: Orora Visual, 2021. Manual do Internato AFYA Paraíba 2025.2 – Estágio em Urgência e Emergência Médica (conteúdo sobre PCR, causas reversíveis e procedimentos prioritários). USP. Tratado de Medicina de Emergência da USP, 2ª ed. Barueri: Manole, 2020. Cap. 11 e 52. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 60 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências [Tema] Suporte básico de vida e avançado: BLS e ACLS [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] AFYA PARAÍBA [Habilidades] Avaliar indicações de fármacos e intervenções clínicas, administrando recursos terapêuticos durante a ressuscitação cardiopulmonar avançada. [Competências (Objetivos)] Emergências cardiológicas 26ª QUESTÃO Código da questão: 141997 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 61 de 75 Enunciado: (AFYA Cruzeiro do Sul) Paciente, 50 anos, 60kg, internada em enfermaria da ginecologia para tratamento de DIP complicada, estágio 3. Após 4 dias do tratamento antimicrobiano com ampicilina + gentamicina e hidratação venosa, a paciente apresentou indicação cirúrgica por abscesso ovariano volumoso, sendo encaminhada para UTI no pós-operatório. No 3º dia de pós- operatório, pela manhã, você é chamado com urgência para avaliar a paciente, pois ela apresenta dor no peito de grande intensidade, confortável apenas quando prostrada e com tronco inclinado para frente no leito. Ao exame físico: dados vitais estáveis, ausculta pulmonar com crepitações bilbasais, ausculta cardíaca com atrito pericárdico. Pelo prontuário, você percebe que ela manteve o mesmo esquema antibiótico realizado em enfermaria e que a enfermagem anotou a diurese da paciente no prontuário: 6h 40 ml em SVD – esvaziado 12h 30 ml em SVD – esvaziado 18h 10 ml em SVD – esvaziado 6h 10 ml em SVD – esvaziado Devido à dor torácica, foi realizado eletrocardiograma de 12 derivações que revelou supradesnivelamento difuso do segmento ST, depressão de intervalo PR e sinal de Spodick. Ao POCUS (Point-of-care ultrasound) evidenciou-se derrame pericárdico pequeno, sem comprometimento de câmaras direitas, pulmões com lung sliding (deslizamento pleural) e linhas B bilateralmente 1/3 inferiores, veia cava inferior colabandorevisão rápida / editores Bruno Adler Maccagnan Pinheiro Besen, Antonio Paulo Nassar Junior, Luciano César Pontes de Azevedo. - 2. ed. - Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2023. AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Tratado de Medicina Intensiva AMIB. 1. ed. São Paulo: AMIB Editora, 2025. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 63 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Nefrologia [Tema] Lesão renal aguda (pré-renal, renal e pós-renal) [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] AFYA CRUZEIRO DO SUL [Habilidades] Indicar encaminhamento para nefrologia e terapia renal substitutiva, reconhecendo casos graves ou refratários de lesão renal aguda. [Competências (Objetivos)] Emergências metabólicas 27ª QUESTÃO Código da questão: 142008 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (AFYA Itabuna) Em um atendimento ambulatorial, uma paciente de 65 anos, com histórico de hipertensão controlada e queixa de tristeza persistente, apatia, insônia e perda de interesse, é diagnosticada com episódio depressivo maior. Ao considerar a introdução de um antidepressivo, o médico opta por evitar medicamentos com efeitos anticolinérgicos marcantes e impacto cardiovascular, priorizando um fármaco com bom perfil de segurança e tolerabilidade para a faixa etária. Qual das opções a seguir representa a escolha mais segura nesse contexto clínico? Alternativas: (alternativa A) Imipramina, por ser eficaz na depressão e ter ação rápida mesmo em idosos. (alternativa B) Clomipramina, por ser eficaz em depressão e transtornos ansiosos associados. (alternativa C) Amitriptilina, por seu efeito sedativo e eficácia em idosos com insônia associada. (alternativa D) (CORRETA) Sertralina, por seu baixo risco cardiovascular e perfil favorável em idosos. Grau de dificuldade: Fácil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 64 de 75 Resposta comentada: Correta: Sertralina é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS) com boa tolerabilidade em idosos, baixo risco anticolinérgico e mínimo impacto cardiovascular, sendo frequentemente recomendado como primeira linha em atenção primária e ambulatórios de saúde mental. Amitriptilina, imipramina e clomipramina são antidepressivos tricíclicos (ATCs), eficazes, mas com alto potencial de efeitos adversos em idosos, como: Efeitos anticolinérgicos (boca seca, retenção urinária, constipação); Risco de hipotensão ortostática e arritmias; Maior sedação e risco de quedas. Incorreta: Amitriptilina: não recomendada para idosos devido ao alto risco anticolinérgico e sedativo. Incorreta: Imipramina: eficaz, mas potencial cardiotóxico e anticolinérgico elevado. Incorreta: Clomipramina: usada em TOC e depressão, mas também com efeitos adversos significativos em idosos. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica nº 31: Saúde Mental. Brasília: MS, 2013. STAHL, Stephen M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficas e aplicações práticas. 5. ed. Guanabara Koogan, 2022. GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 14. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2018. SADOCK, Benjamin J.; SADOCK, Virginia A.; RUIZ, Pedro. Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. Artmed Editora, 2016. E-book. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 65 de 75 Filtros da questão: [Tema] Psicofarmacologia – antidepressivos (tricíclicos, inibidores da MAO, atípicos, moduladores de serotonina, inibidores seletivos de recaptação de serotonina) [Subáreas de Conhecimento] Psicofarmacologia (antidepressivos) [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] AFYA ITABUNA [Habilidades] Compreender a farmacocinética e os efeitos adversos dos antidepressivos mais utilizados, relacionando com o perfil do paciente. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 28ª QUESTÃO Código da questão: 141604 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (IESVAP) Um paciente de 62 anos, com quadro de pneumonia grave, encontra-se em ventilação mecânica invasiva há 5 dias na unidade de terapia intensiva. Após melhora clínica e laboratorial, considera-se a possibilidade de transição para respiração espontânea. Qual das estratégias abaixo é a mais adequada para avaliação da possibilidade de desmame da ventilação mecânica? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 66 de 75 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Realizar teste de respiração espontânea com suporte ventilatório mínimo (PSV ou tubo T) e avaliar critérios como frequência respiratória, esforço ventilatório e troca gasosa. (alternativa B) Substituir a ventilação invasiva por oxigênio suplementar em máscara facial de alto fluxo sem realizar avaliação prévia da função respiratória. (alternativa C) Manter o paciente por mais 72 horas em ventilação mecânica com sedação leve, mesmo com melhora clínica, para garantir estabilidade. (alternativa D) Reduzir abruptamente os parâmetros ventilatórios e suspender a sedação para verificar se o paciente consegue respirar sozinho, sem monitorização contínua. Grau de dificuldade: Fácil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 67 de 75 Resposta comentada: Vamos analisar cada alternativa: Reduzir abruptamente os parâmetros ventilatórios e suspender a sedação para verificar se o paciente consegue respirar sozinho, sem monitorização contínua. (incorreta): Reduzir abruptamente os parâmetros ventilatórios sem monitorização adequada pode levar à falência respiratória aguda. O processo de desmame deve ser progressivo e monitorado. Realizar teste de respiração espontânea com suporte ventilatório mínimo (PSV ou tubo T) e avaliar critérios como frequência respiratória, esforço ventilatório e troca gasosa. (correta): A estratégia adequada para avaliar a possibilidade de desmame ventilatório é a realização de um teste de respiração espontânea (TRE), que pode ser feito com pressão de suporte mínima (PSV) ou tubo T, em ambiente monitorado. Avalia-se parâmetros como frequência respiratória, saturação de oxigênio, esforço respiratório, padrão ventilatório e trocas gasosas. Se o paciente tolerar o teste, pode ser considerado para extubação. Substituir a ventilação invasiva por oxigênio suplementar em máscara facial de alto fluxo sem realizar avaliação prévia da função respiratória (incorreta): A transição para oxigênio suplementar sem avaliação prévia da capacidade respiratória espontânea pode ser perigosa e resultar em reintubação precoce. Manter o paciente por mais 72 horas em ventilação mecânica com sedação leve, mesmo com melhora clínica, para garantir estabilidade (incorreta): A manutenção da ventilação invasiva em um paciente estável aumenta o risco de complicações, como pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), e não é indicada se os critérios para desmame forem atingidos. Referências: Medicina de emergência: abordagem prática / editores Ludhmila Abrahão Hajjar ... [et al.]. - 18. ed., rev. e atual. - Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2024. ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica. 2024. Medicina intensiva: revisão rápida / editores Bruno Adler Maccagnan Pinheiro Besen, Antonio Paulo Nassar Junior, Luciano César Pontes de Azevedo. - 2. ed. - Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2023. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 68 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Medicina Intensiva [Tema] Ventilação mecânica e desmame ventilatório Princípiosbásicos, Indicações de ventilação mecânica, tipos de ventilação mecânica, métodos e protocolos de desmame ventilatório, indicadores de sucesso e insucesso, critérios de tolerância ao teste de respiração espontânea, indicações de traqueostomia, cálculo dos parâmetros ventilatórios [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] IESVAP [Habilidades] Reconhecer as indicações clínicas para ventilação mecânica invasiva, diferenciando tipos de insuficiência respiratória. 29ª QUESTÃO Código da questão: 141599 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (IESVAP) Paciente, sexo masculino, deu entrada no pronto-socorro com quadro de febre persistente, dispneia intensa e confusão mental. Evoluiu com hipotensão refratária à reposição volêmica inicial, sendo transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para suporte avançado. Antecedentes Patológicos: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes mellitus, Ex- tabagista. Exame físico de admissão NA UTI: Pressão arterial: 75/50 mmHg, Frequência cardíaca: 122 bpm, Frequência respiratória: 28 irpm, Saturação de oxigênio: 90% em uso de máscara com reservatório, Temperatura: 38,9 ºC, Perfusão periférica: extremidades frias, enchimento capilar de 4 segundos, diurese:PEEP inicial de 5cmH₂O, frequência respiratória de 8-10 irpm e FiO₂ suficiente para manter SpO₂ entre 88-92%. - Comentário: Para pacientes com DPOC em insuficiência respiratória aguda, recomenda-se ajustes iniciais no ventilador mecânico com volume corrente de 6-8mL/kg de peso predito, PEEP inicial de 5cmH₂O (com atenção ao risco de auto-PEEP na doença obstrutiva), frequência respiratória moderada (12-16irpm) e fração inspirada de oxigênio (FiO₂) ajustada para manter saturação entre 88-92%. Esses parâmetros ajudam a evitar hiperinsuflação dinâmica e a reduzir o risco de barotrauma ou volutrauma, além de minimizar a hipoxemia e a retenção de CO₂, comuns em pacientes com DPOC. Incorreta: Deve-se iniciar com modo volume-controlado, FiO₂ de 100%, PEEP de 12cmH₂O, volume corrente de 10mL/kg e frequência respiratória de 24irpm. – Comentário: Essa alternativa é inadequada pois utiliza um volume corrente elevado para o quadro em questão. Incorreta: O modo pressão-suporte é o mais indicado para ajuste inicial, com pressão suporte de 20cmH₂O, PEEP de 5cmH₂O e FiO₂ ajustada para manter SpO₂ entre 88-92%. – Comentário: A pressão suporte aqui sugerida não é indicada para um paciente sem drive respiratório adequado (Fase aguda pós-intubação). Incorreta: A estratégia ideal consiste em começar com volume corrente de 4mL/kg, sem PEEP, e alta frequência respiratória para garantir eliminação eficiente de CO₂. – Comentário: Alternativa inadequada pois apresenta ausência de PEEP e o volume corrente proposto é muito baixo para o quadro em questão. Referências: SOUZA, L. C. et al. Ventilação mecânica: princípios e prática. São Paulo: Atheneu, 2020. NETO, A. S. et al. Diretrizes para ventilação mecânica – SBPT/SBCT. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 2021. Associação de Medicina Intensiva Brasileira, & Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. (2024). Orientações Práticas em Ventilação Mecânica. São Paulo: AMIB; SBPT. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 74 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Medicina Intensiva [Tema] Ventilação mecânica e desmame ventilatório Princípios básicos, Indicações de ventilação mecânica, tipos de ventilação mecânica, métodos e protocolos de desmame ventilatório, indicadores de sucesso e insucesso, critérios de tolerância ao teste de respiração espontânea, indicações de traqueostomia, cálculo dos parâmetros ventilatórios [Validação de autoria] SEM USO DE IA. Este conteúdo foi criado sem o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA). [IES] UNIDEP [Habilidades] Realizar ajustes iniciais do ventilador mecânico, adequando os parâmetros ao tipo de suporte e avaliando o quadro clínico do paciente. [Competências (Objetivos)] Emergências cardiológicas 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 75 de 75hipóxia. Cricotireoidotomia cirúrgica de emergência → conduta correta no cenário “não intubo, não ventilo” com dessaturação rápida. É o procedimento definitivo mais rápido para restabelecer a oxigenação. Aspirar e esperar cirurgião para traqueostomia → tempo perdido, risco iminente de PCR por hipóxia. Reposicionar, sedar e paralisar → risco de apneia prolongada e parada antes da via aérea ser estabelecida, além de já haver relato de que as tentativas de intubação orotraqueal falham após múltiplas tentativas por profissional experiente. Referências: Medicina de emergência: abordagem prática / editores Ludhmila Abrahão Hajjar ... [et al.]. - 18. ed., rev. e atual. - Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2024. AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA). 2020 Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Part 7: Respiratory Support. Circulation, v. 142, n. 16_suppl_2, p. S92–S139, 2020. MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Diretrizes para Atendimento ao Politraumatizado nas Urgências e Emergências. Brasília: MS, 2022. • WALLACE, T. M.; KARINYA, V. Manual de Via Aérea Difícil. São Paulo: Manole, 2019. Manual de Walls para o manejo da via aérea na emergência [recurso eletrônico] / Organizadores, Calvin A. Brown III, John C. Sakles, Nathan W. Mick; tradução: André Garcia Islabão; revisão técnica: Denis Colares Siqueira de Oliveira, Hélio Penna Guimarães. – 5. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019. 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 5 de 75 Feedback: -- Filtros da questão: [Tema] Vias aéreas básica e avançada (Extraglótica + Via aérea definitiva) [Subáreas de Conhecimento] Emergências respiratórias [Validação de autoria] SEM USO DE IA. Este conteúdo foi criado sem o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA). USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNITPAC [Habilidades] Indicar alternativas de via aérea cirúrgica, como cricotireoidotomia, reconhecendo situações de falha na intubação e na ventilação. [Competências (Objetivos)] Emergências cardiológicas 3ª QUESTÃO Código da questão: 141330 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 6 de 75 Enunciado: (UNIPTAN) Homem de 25 anos é trazido pela mãe à unidade básica de saúde devido a mudanças comportamentais importantes nos últimos 9 meses. Segundo o relato familiar, o paciente passou a se isolar em casa, abandonou os estudos e evita interações sociais. Fala sozinho, apresenta risos imotivados e, frequentemente, comenta que escuta vozes que falam dele. Refere que acredita que os vizinhos estão controlando seus pensamentos por meio da televisão. A mãe nega uso de substâncias psicoativas. O exame clínico e neurológico não apresenta alterações. Durante a entrevista, o paciente mantém pouco contato visual, fala de forma desorganizada e tem expressão facial reduzida. Com base no caso apresentado, analise as afirmativas a seguir: I. A presença de alucinações auditivas e delírios persecutórios sugere sintomas positivos do transtorno psicótico. II. A redução da expressão facial e o isolamento social são considerados sintomas negativos da esquizofrenia. III. A ausência de uso de drogas e de sintomas de euforia ajuda a diferenciar este caso de psicose induzida por substâncias ou transtorno bipolar. IV. O diagnóstico é confirmado apenas após exclusão de causas clínicas e neurológicas, e exige obrigatoriamente internação hospitalar. V. O seguimento em serviços de atenção psicossocial, como CAPS, é recomendado para manejo integral e contínuo do paciente. Com base no caso clínico e nas afirmativas acima, assinale a alternativa correta. Alternativas: (alternativa A) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas. (alternativa B) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas. (alternativa C) (CORRETA) Apenas as afirmativas I, II, III e V estão corretas. (alternativa D) Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas. Grau de dificuldade: Fácil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 7 de 75 Resposta comentada: Afirmativa I – Correta. Alucinações auditivas e delírios persecutórios fazem parte dos sintomas positivos da esquizofrenia. Afirmativa II – Correta. Isolamento social, embotamento afetivo e redução da expressividade são sintomas negativos típicos. Afirmativa III – Correta. A ausência de substâncias e sintomas afetivos ajuda a afastar outras possíveis condições com sintomas psicóticos, como psicose induzida por substâncias ou transtorno bipolar. Afirmativa IV – Incorreta. O diagnóstico não exige obrigatoriamente internação hospitalar; muitas vezes é feito em ambiente ambulatorial. Afirmativa V – Correta. CAPS é indicado para acompanhamento contínuo de pacientes com transtornos psicóticos. Referência: AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR. 5. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: Artmed, 2023. Feedback: -- Filtros da questão: [Tema] Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos (transtorno delirante, esquizoafetivo, psicótico) [Subáreas de Conhecimento] Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNIPTAN [Habilidades] Reconhecer os sintomas positivos, negativos e cognitivos da esquizofrenia e de outros transtornos psicóticos, diferenciando-os de outros quadros psiquiátricos. 4ª QUESTÃO Código da questão: 141999 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 8 de 75 Enunciado: (AFYA Cruzeiro do Sul) Ulisses, 8 anos de idade, portador de câncer gástrico metastático, sem proposta terapêutica cirúrgica curativa ou paliativa. Paciente com síndrome consumptiva avançada, internado há 5 dias para medidas de conforto, evolui com quadro de dor abdominal intensa refratária à analgesia potente. Familiares estão resistentes à discussão sobre cuidados proporcionais e terminalidade. Durante o estágio nessa enfermaria de oncologia pediátrica, seu preceptor pediu que você elaborasse a melhor abordagem para o caso? Diante das alternativas abaixo, qual é a melhor opção para condução dessa situação? Alternativas: (alternativa A) Informar à família que não há nenhuma intervenção possível, visto que as medicações mais potentes para dor foram ineficazes. (alternativa B) (CORRETA) Orientar sobre a possibilidade de confortar o paciente, explicar o objetivo da sedação paliativa e acompanhar o início do processo junto aos familiares. (alternativa C) Discutir com a equipe a suspensão de qualquer intervenção no paciente, ressaltando a negativa dos familiares em aceitar condutas proporcionais. (alternativa D) Informar aos familiares a terminalidade do paciente e iniciar sedação paliativa profunda para conforto do paciente e controle de sintomas por decisão médica. Grau de dificuldade: Médio 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 9 de 75 Resposta comentada: A sedação paliativa objetiva aliviar o sofrimento do paciente. Discutir com a equipe, familiares e paciente é essencial para proporcionar o melhor cuidado possível. A dor é um dos sintomas que leva à decisão de sedação paliativa que, no caso em questão, estaria bem indicada. A negativa da família em aceitar cuidados proporcionais, na maioria dos casos, está relacionada à má informação ou relação com a equipe médica, algo que a presença do médico e o detalhamento dos procedimentos tendem a resolver esse problema. Análise das alternativas incorretas: Informar aos familiares a terminalidade do paciente e iniciar sedação paliativa profunda para conforto do paciente e controlede sintomas por decisão médica: Problema ético/comunicacional: embora a sedação seja indicada para dor refratária, iniciar unilateralmente (“por decisão médica”) sem alinhamento/consentimento dos responsáveis é inadequado na pediatria (salvo extrema urgência, o que não foi descrito). Pode gerar complicações ético-legais por violar o processo de decisão compartilhada. Discutir com a equipe a suspensão de qualquer intervenção no paciente, ressaltando a negativa dos familiares em aceitar condutas proporcionais: Abandono terapêutico. A negativa de discutir não autoriza suspender medidas de conforto; devemos insistir em comunicação empática e oferecer sedação quando indicada. Informar à família que não há nenhuma intervenção possível, visto que as medicações mais potentes para dor foram ineficazes: Há sim intervenção possível e eficaz: sedação paliativa proporcional para dor refratária; além de ajustes analgésicos, bloqueios, etc. Orientar sobre a possibilidade de confortar o paciente, explicar o objetivo da sedação paliativa e acompanhar o início do processo junto aos familiares. Correta. Reflete decisão compartilhada: educar a família sobre o que é sedação (proporcional/profunda), sua finalidade e logística, obter consentimento e iniciar com a família presente/participando, mantendo analgesia e medidas de conforto. Referência: Cuidados paliativos na emergência / edição Irineu Tadeu Velasco, Sabrina Corrêa da Costa Ribeiro – 1. ed. – Barueri [SP]: Manole, 2021. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 10 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Cuidados paliativos [Tema] Cuidados paliativos e manejo da dor [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] AFYA CRUZEIRO DO SUL [Habilidades] Realizar condutas de sedação paliativa e limitações terapêuticas, respeitando princípios bioéticos e autonomia do paciente. [Competências (Objetivos)] Cuidados paliativos 5ª QUESTÃO Código da questão: 141860 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (FACIMPA) Paciente do sexo feminino, 38 anos, em acompanhamento na atenção primária por transtorno depressivo maior, faz uso regular de sertralina há cerca de 8 semanas. Refere melhora parcial dos sintomas, mas ainda apresenta insônia, falta de apetite e pensamentos pessimistas. Nega ideação suicida. Exame físico sem alterações, e o acompanhamento multiprofissional está ativo. Relata que, às vezes, esquece de tomar a medicação e sente "efeitos colaterais no estômago". Considerando o uso de antidepressivos em contexto ambulatorial, qual deve ser a conduta médica mais adequada frente ao caso descrito? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 11 de 75 Alternativas: (alternativa A) Substituir por um antidepressivo tricíclico, como amitriptilina, devido à falha terapêutica precoce. (alternativa B) Suspender a medicação, pois o tempo de uso já foi suficiente para avaliar resposta total ao tratamento. (alternativa C) (CORRETA) Reforçar a adesão ao tratamento, revisar efeitos colaterais, orientar quanto à continuidade da medicação e programar reavaliação. (alternativa D) Aumentar a dose da sertralina imediatamente para potencializar a resposta terapêutica. Grau de dificuldade: Médio Resposta comentada: "Aumentar a dose da sertralina imediatamente para potencializar a resposta terapêutica." Incorreta. Aumento precoce de dose sem avaliação de adesão e tempo terapêutico completo pode agravar efeitos colaterais e gerar abandono, com consequente piora do transtorno em pauta. "Substituir por um antidepressivo tricíclico, como amitriptilina, devido à falha terapêutica precoce." Incorreta. Os tricíclicos possuem maior perfil de efeitos adversos e não são a primeira escolha nesse contexto. "Reforçar a adesão ao tratamento, revisar efeitos colaterais, orientar quanto à continuidade da medicação e programar reavaliação." Correta. O caso descreve resposta parcial com adesão irregular. O ideal é reforçar adesão, manejar efeitos adversos leves e manter seguimento contínuo. "Suspender a medicação, pois o tempo de uso já foi suficiente para avaliar resposta total ao tratamento." Incorreta. O tempo mínimo de resposta plena pode variar até 12 semanas. Suspender agora seria precipitado. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica: Saúde Mental. Brasília: MS, 2013. DSM-5. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A.; RUIZ, P. Transtornos Dissociativos. In: Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. E-book NARDI, Antonio Egidio; DA SILVA, Antônio Geraldo; QUEVEDO, João. Tratado de psiquiatria da Associação Brasileira de Psiquiatria. Artmed Editora, 2021. E-book. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 12 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências em psiquiatria [Tema] Psicofarmacologia – antidepressivos (tricíclicos, inibidores da MAO, atípicos, moduladores de serotonina, inibidores seletivos de recaptação de serotonina) [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] FACIMPA [Habilidades] Avaliar a importância do seguimento longitudinal em pacientes em uso de antidepressivos, promovendo adesão e monitoramento seguro. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 6ª QUESTÃO Código da questão: 141313 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNIGRANRIO Barra) Um homem de 27 anos é admitido no pronto-socorro após ingestão intencional de aproximadamente 40 comprimidos de clonazepam (2 mg) há cerca de 2 horas. Está sonolento, mas responde ao chamado verbal. Os sinais vitais mostram: PA 110 × 70 mmHg, FC 82 bpm, FR 10 irpm, SpO₂ 91% em ar ambiente. Pupilas normais, sem rigidez ou reflexos patológicos. Não há histórico de uso crônico de benzodiazepínicos. Qual das alternativas abaixo representa a indicação mais adequada de conduta inicial quanto à internação? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 13 de 75 Alternativas: (alternativa A) Alta hospitalar com orientação e prescrição de carvão ativado domiciliar. (alternativa B) (CORRETA) Internação em CTI pela necessidade de monitoramento da ventilação e risco de rebaixamento neurológico progressivo. (alternativa C) Encaminhamento imediato para avaliação psiquiátrica e posterior alta com familiar responsável. (alternativa D) Internação em enfermaria com vigilância de enfermagem e controle de sinais vitais. Grau de dificuldade: Difícil Resposta comentada: Errada Paciente ainda apresenta depressão do nível de consciência e hipoventilação leve (FR 10, SpO2 91%). Além disso, a administração de carvão ativado fora do ambiente hospitalar é contraindicada. Errada A enfermaria não possui monitoramento contínuo de oximetria e ventilação, nem suporte imediato em caso de necessidade de via aérea avançada. A hipoventilação é um critério de risco. Corret a pacientes com intoxicação por benzodiazepínicos e rebaixamento do nível de consciência com sinais de hipoventilação devem ser internados em CTI para monitorização respiratória contínua e possível suporte ventilatório. Errada A avaliação psiquiátrica deve ocorrer após estabilização clínica. O paciente ainda apresenta depressão neurológica, o que contraindica alta hospitalar imediata. Referência: VELASCO, Irineu Tadeu; BRANDÃO NETO, Rodrigo Antonio; SOUZA, Heraldo Possolo de; MARINO, Lucas Oliveira; MARCHINI, Julio Flávio Meirelles; ALENCAR, Júlio César Garcia de (eds.). Medicina de Emergência: Abordagem Prática [18. ed.]. Santanade Parnaíba, SP: Manole, 2024. 1712p Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 14 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências Emergências em psiquiatria Medicina Intensiva Emergências clínicas Transtornos por uso de substâncias (TUS) [Tema] Intoxicações exógenas agudas [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNIGRANRIO BARRA [Habilidades] Analisar exames laboratoriais e parâmetros clínicos, monitorando a gravidade e a evolução dos casos de intoxicação exógena aguda. Analisar critérios de encaminhamento para unidade de terapia intensiva, indicando necessidade de suporte avançado. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 7ª QUESTÃO Código da questão: 141278 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNINOVAFAPI) Homem de 72 anos, com histórico de hipertensão e insuficiência cardíaca, é internado por quadro de descompensação clínica com hipotensão, edema periférico e redução do débito urinário nas últimas 24 horas. Exames laboratoriais mostram ureia de 98 mg/dL, creatinina de 2,3 mg/dL (basal de 1,1 mg/dL), sódio urinário de 12 mEq/L, osmolaridade urinária de 520 mOsm/kg e relação ureia/creatinina > 40:1. EAS sem alterações significativas. Com base nos dados clínicos e laboratoriais, qual é a etiologia mais provável da lesão renal aguda? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 15 de 75 Alternativas: (alternativa A) LRA por glomerulonefrite aguda difusa. (alternativa B) LRA de causa renal (necrose tubular aguda). (alternativa C) LRA de causa pós-renal (obstrução urinária bilateral). (alternativa D) (CORRETA) LRA de causa pré-renal (hipoperfusão renal). Grau de dificuldade: Fácil Resposta comentada: Comentário das alternativas: Alternativa correta: O quadro clínico associado à hipotensão, débito urinário reduzido e marcadores laboratoriais como baixo sódio urinário e alta osmolaridade urinária são típicos de lesão renal aguda pré-renal. A elevação da ureia de forma desproporcional em relação à creatinina reforça essa hipótese. Necrose tubular aguda: Geralmente associada a insultos mais prolongados e caracterizada por sódio urinário elevado (> 40 mEq/L) e osmolaridade urinária baixa (DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] FASA VIC [Habilidades] Reconhecer as principais indicações das drogas vasoativas em contextos críticos, diferenciando seus mecanismos de ação. 9ª QUESTÃO Código da questão: 141676 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNIDEP) Um paciente de 25 anos foi admitido no pronto-socorro após ingestão voluntária de grande quantidade de um composto químico. Ele apresenta bradicardia, miose, salivação excessiva, sudorese intensa, além de dificuldade respiratória. Baseando-se no exame físico, o quadro foi classificado como grave. Com base no quadro apresentado, assinale a alternativa correta sobre o mecanismo fisiopatológico, principais efeitos sistêmicos, diagnóstico e conduta clínica desta intoxicação aguda. 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 20 de 75 Alternativas: (alternativa A) Trata-se de intoxicação por opiáceos, caracterizada por taquicardia, midríase, agitação psicomotora, sendo a naloxone o antídoto específico. (alternativa B) (CORRETA) Trata-se de intoxicação por organofosforados, que inibem a acetilcolinesterase, produzindo crise colinérgica, com manejo inicial baseado no uso de atropina e pralidoxima. (alternativa C) Trata-se de intoxicação por benzodiazepínicos, cursando com hipertensão arterial, convulsões e conduta baseada em diálise de urgência. (alternativa D) Trata-se de intoxicação por paracetamol, cujo principal efeito é a hepatotoxicidade, com manejo inicial baseado na administração de carvão ativado. Grau de dificuldade: Fácil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 21 de 75 Resposta comentada: Análise da alternativa correta: - Trata-se de intoxicação por organofosforados, que inibem a acetilcolinesterase, produzindo crise colinérgica, com manejo inicial baseado no uso de atropina e pralidoxima. - Comentário: A síndrome colinérgica aguda, caracterizada por bradicardia, miose, hipersalivação, hiperhidrose e broncorreia, é típica das intoxicações por organofosforados. Estes compostos inibem irreversivelmente a acetilcolinesterase, levando ao acúmulo de acetilcolina nas sinapses, o que explica os sintomas muscarínicos e nicotínicos. O manejo clínico contempla estabilização das vias aéreas, administração de atropina (antagonista muscarínico), associada à pralidoxima (reativador da acetilcolinesterase), tratamento que deve ser iniciado precocemente para reduzir morbimortalidade. "Na intoxicação por organofosforados (OF) e carbamatos, os sintomas decorrem da inibição da acetilcolinesterase (síndrome colinérgica). A terapia específica consiste na administração de atropina endovenosa e deve ser realizada o mais cedo possível. A pralidoxima é indicada em pacientes com intoxicações por OF moderadas ou graves". Análise das alternativas incorretas: - Trata-se de intoxicação por paracetamol, cujo principal efeito é a hepatotoxicidade, com manejo inicial baseado na administração de carvão ativado. – Comentário: Intoxicação por paracetamol causa hepatotoxicidade sem sintomas colinérgicos. - Trata-se de intoxicação por opiáceos, caracterizada por taquicardia, midríase, agitação psicomotora, sendo a naloxone o antídoto específico. – Comentário: Intoxicação por opiáceos leva à depressão respiratória, miose e bradicardia, sendo naloxone o antídoto. - Trata-se de intoxicação por benzodiazepínicos, cursando com hipertensão arterial, convulsões e conduta baseada em diálise de urgência. – Comentário: Benzodiazepínicos raramente causam crise hipertensiva ou convulsões e raramente precisam de diálise. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Toxicologia Clínica: orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas. Organizadores: Edna Maria Miello Hernandez, Roberto Moacyr. São Paulo: Prefeitura do Município de São Paulo, 2017. TINTINALLI, J. E. et al. Medicina de Emergência: abordagem prática. 18. ed. Porto Alegre: AMGH, 2022. Medicina de emergência: abordagem prática / editores Ludhmila Abrahão Hajjar ... [et al.]. - 18. ed., rev. e atual. - Santana de Parnaíba [SP]: Manole, 2024. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 22 de 75 Filtros da questão: [Tema] Intoxicações exógenas agudas [Subáreas de Conhecimento] Emergências clínicas [Validação de autoria] SEM USO DE IA. Este conteúdo foi criado sem o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA). [IES] UNIDEP [Habilidades] Compreender os mecanismos fisiopatológicos das intoxicações, relacionando com os efeitos sistêmicos predominantes. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 10ª QUESTÃO Código da questão: 141922 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (AFYA Paraíba) Numa manhã de terça-feira, chega à sua ESF um paciente de 32 anos, diagnosticado com transtorno depressivo maior há 6 meses. Ele iniciou tratamento com escitalopram 10 mg/dia há 8 semanas, prescrito pelo psiquiatra. Durante a consulta, o paciente relata que tolerou bem o medicamento e percebeu alguma melhora nos sintomas depressivos nas primeiras semanas, mas agora se sente estagnado. Ele também menciona sentir cansaço excessivo e dificuldade para se concentrar. Exames laboratoriais de rotina estão normais. Considerando o caso, sobre a abordagem mais adequada para transtorno depressivo, é correto afirmar que deve-se: 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 23 de 75 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) aumentar a dose de escitalopram para 15 mg/dia, já que o paciente apresentou alguma resposta inicial ao tratamento, sugerindo que uma dose maior pode ser mais eficaz. (alternativa B) trocar o escitalopram por sertralina, pois o paciente não respondeu adequadamente após 8 semanas e terá uma resposta melhor a outro inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS). (alternativa C) introduzir mirtazapina junto com o escitalopram, aproveitando seus efeitos sedativos para melhorar o cansaço e aumentar o apetite, que pode estar relacionado à baixa energia. (alternativa D) manter a dose atual de escitalopram e adicionar bupropiona, um antidepressivo que pode ajudar a aliviar os sintomas de cansaço e dificuldade de concentração. Grau de dificuldade: Médio Resposta comentada: A resposta correta é aumentar a dose de escitalopram para 15 mg/dia porque o paciente tolerou bem o medicamento e teve resposta inicial ao tratamento (a dose máxima permitida seria até 30mg). Logo, um ajuste de dose é a abordagem usual e segura para melhorar a eficácia do tratamento antes de considerar a adição de outros medicamentos ou a mudança para outro antidepressivo. Assertiva incorreta: Trocar o esquema terapêutico (por sertralina) não se justifica porque a dose- alvo do medicamento em uso não foi atingida, o medicamento em uso segue bem tolerado e obteve efeito parcial, e toda troca de psicofármaco envolve adaptação, espera pelo efeito terapêutico e possível incidência de efeitos adversos. Assertivas incorretas: Adicionar outro psicofármaco (bupropiona ou mirtazapina) ao tratamento buscando potencialização não se justifica porque a dose-alvo do medicamento em uso não foi atingida, o medicamento em uso segue bem tolerado e obteve efeito parcial, e toda adição de psicofármaco novo medicamento ao esquema medicamentoso envolve adaptação, espera pelo efeito terapêutico e possível incidência de efeitos adversos do medicamento adicionado. Referências: BALDAÇARA, Leonardo; TUNG, Teng Chei. Condutas em psiquiatria. São Paulo: Manole, 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/ 9786555763096. Acesso em: 25 abr. 2024. SALLET, Paulo Clemente. Manual do residente de psiquiatria. São Paulo: Manole, 2023. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520464649. Acesso em: 25 abr. 2024. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881dPgina 24 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências em psiquiatria Psicofarmacologia (antidepressivos) [Tema] Psicofarmacologia – antidepressivos (tricíclicos, inibidores da MAO, atípicos, moduladores de serotonina, inibidores seletivos de recaptação de serotonina) [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] AFYA PARAÍBA [Habilidades] Avaliar sinais clínicos de resposta terapêutica e efeitos adversos, ajustando dose ou trocando a medicação antidepressiva quando necessário. [Competências (Objetivos)] Transtornos do humor 11ª QUESTÃO Código da questão: 141601 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (IESVAP) Paciente, 32 anos, sexo feminino, comparece ao Ambulatório de Psiquiatria, com queixa de inicio insidioso de tristeza persistente há 3 meses, acompanhada de perda de interesse por atividades habituais, fadiga constante, dificuldade de concentração, insônia e sentimento de culpa e desesperança. Durante a avaliação dessa paciente, deve ser realizado o Exame do Estado Mental (EEM) detalhado. Qual das alternativas descreve corretamente um componente do EEM e sua forma de avaliação? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 25 de 75 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Pensamento (processo e conteúdo) – O processo do pensamento refere-se à organização lógica e coerente do discurso, enquanto o conteúdo abrange ideias delirantes, obsessivas ou temores irracionais. (alternativa B) Humor e afeto – O humor é determinado exclusivamente pela observação do examinador, enquanto o afeto é descrito subjetivamente pelo paciente. (alternativa C) Aparência e comportamento – Avaliado com base apenas no conteúdo verbal relatado pelo paciente durante a entrevista clínica. (alternativa D) Sensorium e cognição – Investigam orientação, atenção, memória e julgamento, sendo utilizados apenas em quadros com queixa cognitiva. Grau de dificuldade: Difícil Resposta comentada: Resposta correta: Justificativa: "Aparência e comportamento – Avaliado com base apenas no conteúdo verbal relatado pelo paciente durante a entrevista clínica." (incorreta): A avaliação da aparência e comportamento é feita pela observação direta do examinador, e não com base apenas no relato verbal do paciente. Inclui postura, vestimenta, higiene, contato visual, entre outros. "Humor e afeto – O humor é determinado exclusivamente pela observação do examinador, enquanto o afeto é descrito subjetivamente pelo paciente." (incorreta): O humor é a experiência emocional subjetiva do paciente (avaliado pelo relato verbal), enquanto o afeto é a expressão emocional observada pelo examinador (amplitude, congruência, reatividade). A alternativa inverte os conceitos. "Sensorium e cognição – Investigam orientação, atenção, memória e julgamento, sendo utilizados apenas em quadros com queixa cognitiva." (incorreta): O sensorium e cognição são avaliados em todos os pacientes, não apenas na presença de queixas cognitivas. Aspectos como atenção, orientação temporal e espacial, memória imediata e julgamento são fundamentais na avaliação básica. "Pensamento (processo e conteúdo) – O processo do pensamento refere-se à organização lógica e coerente do discurso, enquanto o conteúdo abrange ideias delirantes, obsessivas ou temores irracionais." (correta): O EEM diferencia o processo do pensamento (como o indivíduo organiza e expressa suas ideias – lógica, coerência, tangencialidade, fuga de ideias, bloqueios, etc.) e o conteúdo do pensamento (temas ou ideias presentes, como delírios, obsessões, ideação paranoide, etc.). É uma distinção fundamental na prática psiquiátrica. Referência: SADOCK, B. J.; SADOCK, V. A.; RUIZ, P. Compêndio de Psiquiatria: Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 26 de 75 Feedback: -- Filtros da questão: [Tema] Psicopatologia e exame do estado mental – principais conceitos de psicopatologia, exame do estado mental, incluindo as manifestações clínicas nas principais desordens (esquizofrenia, transtornos afetivos e transtornos de ansiedade) [Subáreas de Conhecimento] Psicopatologia e Exame Mental [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] IESVAP [Habilidades] Reconhecer a importância da escuta qualificada e do vínculo terapêutico, fortalecendo a avaliação psicopatológica em contextos agudos ou crônicos. 12ª QUESTÃO Código da questão: 141842 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (AFYA Ipatinga) Paciente masculino, 22 anos, estudante universitário, é levado à emergência psiquiátrica, pois há 6 meses seus pais notaram isolamento, abandono dos estudos e fala desorganizada. Nas últimas 3 semanas, houve piora com insônia, delírios persecutórios e alucinações auditivas de comando. Houve um incidente em via pública devido a uma "ameaça" imaginária. O jovem não aceita sua condição e recusa medicação. O exame psíquico revela humor indiferente, afeto embotado e pensamento desorganizado. Sem histórico de uso de substâncias. Após breve internação e melhora parcial dos sintomas agudos, o paciente mantém pouca crítica e resistência à medicação. A equipe considera alta, mas os pais estão apreensivos com a continuidade do tratamento e com a reinserção social e acadêmica. Diante do caso apresentado, qual a estratégia de cuidado mais abrangente a ser proposta após a alta hospitalar para garantir a continuidade do tratamento? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 27 de 75 Alternativas: (alternativa A) Manter internação em enfermaria de longa permanência, avaliando alta conforme recuperação da crítica à condição e à aceitação do tratamento farmacológico com foco na remissão dos sintomas. (alternativa B) (CORRETA) Encaminhar ao CAPS para Projeto Terapêutico Singular multidisciplinar com foco na adesão medicamentosa, psicoeducação familiar e reabilitação para reinserção acadêmica e social. (alternativa C) Propor alta com foco na prescrição de antipsicótico de depósito na UBS e retorno ambulatorial com intervalo de 6 meses, solicitando aos pais e familiares o monitoramento dos sintomas e da adesão. (alternativa D) Priorizar terapia cognitivo-comportamental (TCC) com foco na reestruturação de delírios e manejo de alucinações, além da redução gradual do antipsicótico em um período de 2 meses após a alta. Grau de dificuldade: Difícil Resposta comentada: A melhor estratégia o encaminhamento para um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) pois oferece o Projeto Terapêutico Singular (PTS) e equipe multidisciplinar que garante medicação, apoio familiar e reabilitação psicossocial na comunidade. As demais opções são inadequadas porque: Alta com UBS/6 meses: Insuficiente suporte e acompanhamento muito espaçado. Internação prolongada: Contrária aos princípios da desinstitucionalização e prejudica a reinserção social. TCC/redução de medicação: Medicação é fundamental e a descontinuação precoce é de alto risco para recaídas. Referências: AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR. 5. ed. Texto revisado. Porto Alegre: Artmed, 2023. SADOCK, Virginia Alcott; RUIZ, Pedro. Compêndio de psiquiatria: ciências comportamentais e psiquiatria clínica de Kaplan & Sadock. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Cadernos de Saúde Mental: Política de Saúde Mental. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2013. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 28 de 75 Filtros da questão:[Tema] Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos (transtorno delirante, esquizoafetivo, psicótico) [Subáreas de Conhecimento] Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] AFYA IPATINGA [Habilidades] Realizar encaminhamentos e estratégias de cuidado contínuo e interdisciplinar, promovendo adesão ao tratamento e reinserção social. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 13ª QUESTÃO Código da questão: 141337 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNIGRANRIO Caxias) Um restaurante aciona o SAMU por homem de 48 anos que, durante a refeição, levanta-se abruptamente levando as mãos ao pescoço, com aparente dificuldade para respirar. A equipe chega em 6 minutos e encontra o paciente consciente, em pé, ansioso, incapaz de falar e emitindo apenas sons respiratórios mínimos. Apresenta tosse ineficaz, cianose perioral e sialorreia. Saturação no oxímetro: 82% em ar ambiente; FC 118 bpm; FR 24 irpm com esforço, porém fluxo aéreo muito reduzido. Não há deformidades torácicas, sem obesidade central. Tentativas iniciais de orientação para tossir não produzem melhora. Enquanto um membro da equipe prepara o oxímetro e monitor, outro confirma rapidamente que não há corpo estranho visível na cavidade oral. Diante desse quadro descrito, qual é a conduta emergencial imediata mais apropriada? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 29 de 75 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) Realizar compressões abdominais (manobra de Heimlich) até a desobstrução ou perda de consciência. (alternativa B) Posicionar o paciente em decúbito dorsal e realizar ventilação com dispositivo bolsa válvula- máscara. (alternativa C) Iniciar as compressões torácicas como em uma parada cardiorrespiratória. (alternativa D) Posicionar o paciente em decúbito dorsal, realizar sedoanalgesia e bloqueioneuromuscular para intubação orotraqueal de emergência. Grau de dificuldade: Fácil Resposta comentada: Gabarito oficial: Realizar compressões abdominais (manobra de Heimlich) até a desobstrução ou perda de consciência. Diante de um paciente com obstrução respiratória como o apresentado, com cianose, incapacidade para falar e tosse ineficaz, a manobra de Heimlich deve ser instituída para que haja a desobstrução das vias aéreas num adulto consciente. Se o adulto estiver inconsciente, devemos iniciar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Manobra de Heimlich (compressões abdominais) - Técnica passo a passo (adulto não gestante, sem obesidade central): Posicione-se atrás do paciente e coloque um pé entre os dele para estabilidade. Envolva a cintura; feche um punho e posicione-o logo acima do umbigo e abaixo do apêndice xifoide (linha média). Segure o punho com a outra mão e aplique trações rápidas “para dentro e para cima” (movimento de J). Reavalie após cada compressão; continue até a desobstrução ou até o paciente perder a consciência. Se perder a consciência: acomode no chão com cuidado e inicie RCP (compressões torácicas), checando a boca entre ciclos e removendo corpo estranho visível; tente ventilar após as compressões. Contraindicações/variações: em gestantes e obesidade central, substitua por compressões torácicas no centro do esterno. Analisando as demais alternativas: Posicionar o paciente em decúbito dorsal e realizar ventilação com dispositivo bolsa válvula- máscara: incorreta! Ineficaz em obstrução completa: o ar não passará pelo bloqueio. 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 30 de 75 Risco de insuflação gástrica e vômito/aspiração. BVM só tem papel após desobstrução ou em paciente inconsciente com manobras adequadas de via aérea. Iniciar as compressões torácicas como em uma parada cardiorrespiratória: incorreta. Indicado se o paciente estiver inconsciente (ou em gestantes/obesidade central no lugar do Heimlich). Neste caso, está consciente; a conduta prioritária é Heimlich. Posicionar o paciente em decúbito dorsal, realizar sedoanalgesia e bloqueio neuromuscular para intubação orotraqueal de emergência: incorreta. Quebra do algoritmo recomendado: em engasgo consciente e obstrução completa, a conduta imediata é manobra de Heimlich até desobstruir ou até perda de consciência. Intubação não é primeira linha nesse cenário. Referência: BERNOCHE, Claudia et al. Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 113, n. 3, p. 449–663, 2019. DOI: 10.5935/abc.20190203. Feedback: -- Filtros da questão: [Tema] Vias aéreas básica e avançada (Extraglótica + Via aérea definitiva) [Subáreas de Conhecimento] Emergências respiratórias [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNIGRANRIO CAXIAS [Habilidades] Reconhecer sinais de obstrução de vias aéreas e necessidade de intervenção emergencial, garantindo oxigenação adequada. [Competências (Objetivos)] Emergências metabólicas 14ª QUESTÃO Código da questão: 141276 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 31 de 75 Enunciado: (UNINOVAFAPI) Mulher de 46 anos, previamente hígida, dá entrada no pronto atendimento com febre alta há 2 dias, tosse seca, mialgia intensa, dispneia progressiva e saturação de O₂ em 89% em ar ambiente. Ao exame físico, apresenta frequência respiratória de 32 irpm, uso de musculatura acessória e crepitações em bases pulmonares. A radiografia de tórax mostra infiltrado bilateral difuso. Foi colhido RT-PCR para SARS-CoV-2 e outros vírus respiratórios. Está em ambiente de emergência geral, com outros pacientes em observação clínica. Considerando a suspeita de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por agente infeccioso de alta transmissibilidade, qual deve ser a conduta inicial mais adequada com relação ao manejo clínico e medidas de saúde pública? Alternativas: (alternativa A) Iniciar antibioticoterapia empírica, realizar gasometria arterial e administrar oxigênio por cateter nasal comum, sem necessidade de isolamento respiratório imediato. (alternativa B) Manter paciente em observação clínica com máscara cirúrgica e aguardar resultado do RT-PCR para iniciar medidas de isolamento. (alternativa C) Internar diretamente na UTI e iniciar ventilação mecânica invasiva, independentemente do grau de desconforto respiratório e sem necessidade de notificação imediata. (alternativa D) (CORRETA) Instituir isolamento respiratório com precauções de aerossóis, notificar o caso imediatamente às autoridades de saúde e iniciar suporte com oxigenoterapia conforme necessidade clínica. Grau de dificuldade: Fácil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 32 de 75 Resposta comentada: Gabarito: Instituir isolamento respiratório com precauções de aerossóis, notificar o caso imediatamente às autoridades de saúde e iniciar suporte com oxigenoterapia conforme necessidade clínica. Comentário das alternativas: · Alternativa correta: Diante de quadro sugestivo de SRAG por agente respiratório potencialmente pandêmico (ex. SARS-CoV-2 ou influenza), é obrigatória a instituição imediata do isolamento respiratório com precaução de aerossóis, a notificação compulsória imediata às autoridades sanitárias e o início de suporte ventilatório conforme critérios clínicos. A conduta é preventiva e não depende da confirmação laboratorial. · Aguardar RT-PCR sem isolamento: Essa conduta expõe outros pacientes e profissionais de saúde ao risco de contágio. As medidas de isolamento devem ser pré-testagem,baseadas no quadro clínico e epidemiológico. · Apenas antibiótico e oxigênio comum: O manejo da SRAG exige abordagem sindrômica e epidemiológica, incluindo medidas de isolamento e notificação compulsória. A simples oxigenoterapia e antibiótico empírico sem barreiras de proteção são insuficientes. · Internação imediata em UTI com VM invasiva: Nem todo paciente com SRAG requer ventilação mecânica ou vaga de UTI de imediato. A escalada de suporte depende da gravidade. Além disso, a notificação precoce e o isolamento adequado não devem ser negligenciados. Referência: CORREIA, Vinícius M.; OLIVEIRA, Lucas Lentini Herling de; OLIVEIRA, Vinicius Zofoli de; et al. Manual de condutas na COVID-19. São Paulo - SP: Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555765113. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555765113/. Acesso em: 25 abr. 2024. Cap. 2, p. 18–25. NETO, Rodrigo Antonio B.; SOUZA, Heraldo Possolo de; MARINO, Lucas O.; et al. Medicina de emergência: abordagem prática. São Paulo – SP: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9788520464380. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520464380/. Acesso em: 25 abr. 2024. Cap. 10, p. 413–422. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 33 de 75 Filtros da questão: [Tema] Síndrome respiratória aguda grave [Subáreas de Conhecimento] Emergências respiratórias [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNINOVAFAPI [Habilidades] Adotar medidas de isolamento e notificação compulsória, conduzindo o manejo clínico de casos de SRAG por agentes infecciosos de alta transmissibilidade. 15ª QUESTÃO Código da questão: 141675 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNIDEP) No atendimento em sala de emergência, a identificação rápida de risco iminente é fundamental para garantir a segurança do paciente e da equipe. Qual dos sinais ou sintomas abaixo indica maior risco de comportamento suicida ou agressivo e demanda intervenção imediata? Alternativas: (alternativa A) Presença de rebaixamento do nível de consciência, pupilas contraídas e bradicardia, sem agressividade aparente. (alternativa B) Ideação delirante de grandiosidade, com pensamento desorganizado, mas sem comportamento agressivo. (alternativa C) (CORRETA) Agitação psicomotora, discurso desorganizado, ameaça verbal de suicídio, com plano detalhado e acesso a meios letais. (alternativa D) Manifestação de humor eufórico, loquacidade e aumento da autoestima, sem a presença de sinais de agressividade. Grau de dificuldade: Fácil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 34 de 75 Resposta comentada: Correta: - Agitação psicomotora, discurso desorganizado, ameaça verbal de suicídio, com plano detalhado e acesso a meios letais. - Comentário: São sinais clássicos de risco iminente em urgências psiquiátricas: agitação psicomotora, discurso sem organização e, principalmente, uma ameaça verbal de suicídio acompanhada de plano detalhado e acesso a meios letais. Esses fatores indicam necessidade de intervenção imediata para proteção do paciente e dos outros, pois existe risco elevado de autoextermínio. Incorretas: - Humor eufórico e loquacidade – Comentário: Sintoma sem evidência direta e iminente de risco para si ou para terceiros. - Ideação delirante de grandiosidade, sem sinais de auto ou heteroagressividade – Comentário: Geralmente não vêm acompanhados de risco iminente. - Rebaixamento do nível de consciência, pupilas contraídas, bradicardia – Comentário: Indica urgência clínica, não especificamente psiquiátrica. Referências: Portnoi, J. R., & Diehl, A. “Emergências Psiquiátricas.” In: Tratado de Psiquiatria, 4ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2023. Tintinalli, J. E. Emergências em Psiquiatria. In: Tintinalli, J.E., et al. Medicina de Emergência, 8ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2023. Feedback: -- Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências em psiquiatria [Tema] Emergências em Psiquiatria (tentativa de autoextermínio, crise de ansiedade e surto psicótico) [Validação de autoria] SEM USO DE IA. Este conteúdo foi criado sem o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA). [IES] UNIDEP [Habilidades] Reconhecer os sinais e sintomas de risco iminente nas urgências psiquiátricas, diferenciando comportamentos suicidas, crises ansiosas e surtos psicóticos. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 16ª QUESTÃO 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 35 de 75 Código da questão: 141336 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNIGRANRIO Caxias) Paciente de 65 anos, sem relato de comorbidades, apresentando quadro de coriza nasal, odinofagia e febre há cerca de 4 dias, evoluindo com dor torácica, dispneia e prostração. Foi atendido no serviço de Emergência, apresentando Sa02 76 % em ar ambiente, FR 35 irpm, FC 110 bpm, PA 70/50 mmHg. Cianótico, hipocorado + 1/+ 4. Sonolento, escala de coma de Glasgow: 10. Aparelho respiratório: MVUA com roncos e estertores em bases. Aparelho cardiovascular: RCR 2T BNF sem sopros. Tomografia de tórax com padrão de vidro-fosco difuso em ambos os pulmões. Gasometria arterial com pO2 50 mmHg Sa02 76 %, pH: 7,2 HCO3 24, Pco2 55. Teste para Influenza A positivo. Sobre o quadro clínico e abordagem terapêutica, podemos afirmar que: Alternativas: (alternativa A) temos um quadro de pneumonia viral, sendo indicado internação em Terapia Intensiva e ventilação não invasiva. (alternativa B) temos um quadro de síndrome respiratória aguda grave, sendo indicado admissão em Terapia Intensiva e ventilação mecânica não invasiva. (alternativa C) temos um quadro de pneumonia viral, sendo indicação de internação em enfermaria e suplementação de oxigênio. (alternativa D) (CORRETA) temos um quadro de síndrome respiratória aguda grave, sendo indicação de internação em ambiente de Terapia Intensiva além de ventilação mecânica invasiva. Grau de dificuldade: Médio 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 36 de 75 Resposta comentada: Temos um paciente com síndrome gripal, cuja definição seria a presença de febre, de início abrupto, associada a tosse ou odinofagia e pelo menos um dos sintomas: mialgia, cefaleia ou artralgia. O teste para Influenza foi positivo, mas temos um quadro clínico mais grave, com o paciente apresentando sinais de desconforto respiratório, caracterizando a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A SRAG é definida pela presença de síndrome gripal com dispneia ou os sinais de gravidade, como Sa02 3 L/ min para manutenção de Sa02 > 90 %. Relação P/ FAcesso em: 18 ago. 2025. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 37 de 75 Filtros da questão: [Tema] Síndrome respiratória aguda grave [Subáreas de Conhecimento] Emergências respiratórias [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNIGRANRIO CAXIAS [Habilidades] Avaliar indicações de intubação orotraqueal e ventilação mecânica invasiva, definindo critérios para admissão em UTI em pacientes com síndrome respiratória aguda grave. [Competências (Objetivos)] Emergências metabólicas 17ª QUESTÃO Código da questão: 141277 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (UNINOVAFAPI) Paciente masculino, 25 anos, sem histórico psiquiátrico conhecido, é trazido ao pronto-socorro pela equipe do SAMU após ser encontrado em local público com comportamento agressivo, agitado, gritando frases desconexas e tentando se machucar. Durante a avaliação inicial, recusa-se a fornecer informações, não reconhece os familiares e tenta agredir os profissionais de saúde. A família relata que ele estava há dias sem dormir, muito desconfiado, e que abandonou abruptamente o trabalho. Não há sinais de intoxicação por substâncias no momento, e os sinais vitais estão estáveis. Considerando o caso descrito, qual deve ser a conduta adequada em relação ao processo de internação psiquiátrica deste paciente, conforme a legislação brasileira vigente? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 38 de 75 Alternativas: (alternativa A) Liberar o paciente após estabilização clínica, considerando que ele se encontra consciente e orientado em parte da avaliação. (alternativa B) (CORRETA) Realizar a internação involuntária, sendo esta autorizada por familiar e comunicada ao Ministério Público em até 72 horas. (alternativa C) Encaminhar para acompanhamento ambulatorial no CAPS, já que a internação involuntária só é permitida em quadros crônicos e refratários. (alternativa D) Internar compulsoriamente com autorização da equipe médica local, sem necessidade de autorização judicial. Grau de dificuldade: Difícil 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 39 de 75 Resposta comentada: Gabarito: Realizar a internação involuntária, sendo esta autorizada por familiar e comunicada ao Ministério Público em até 72 horas. Comentário das alternativas: · Alternativa correta: O caso configura grave risco à integridade do paciente e de terceiros, com sinais de psicose aguda, o que justifica a internação involuntária com base na Lei nº 10.216/2001. A internação involuntária deve ser autorizada por familiar ou responsável legal e a unidade de saúde tem a obrigação de comunicar ao Ministério Público em até 72 horas. · Encaminhar para CAPS: O CAPS é um importante recurso na atenção psicossocial, mas a gravidade do quadro exige internação imediata para contenção e estabilização. A recusa do paciente e o risco iminente contraindicam o seguimento ambulatorial imediato. · Internar compulsória sem autorização judicial: A internação compulsória exige autorização judicial. Já a involuntária é a indicada neste caso, desde que autorizada por responsável legal e comunicada ao MP em tempo hábil. · Liberar o paciente após estabilização clínica: A liberação do paciente com comportamento psicótico, agressivo e em surto psicótico agudo, sem avaliação psiquiátrica completa e sem suporte terapêutico, configura negligência e risco ético-legal. Referências: NETO, Rodrigo Antonio B.; SOUZA, Heraldo Possolo de; MARINO, Lucas O.; et al. Medicina de emergência: abordagem prática. São Paulo: Editora Manole, 2023. E-book. ISBN 9788520464380. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520464380/. Acesso em: 25 abr. 2024. Cap. 18, p. 563–573. BRASIL. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10216.htm. Acesso em: 25 abr. 2024. Feedback: -- 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 40 de 75 Filtros da questão: [Subáreas de Conhecimento] Emergências em psiquiatria [Tema] Emergências em Psiquiatria (tentativa de autoextermínio, crise de ansiedade e surto psicótico) [Validação de autoria] USO DE IA - Este conteúdo foi criado usando ferramentas de Inteligência Artificial (IA). Profissionais especialistas humanos revisaram este conteúdo antes da sua publicação. [IES] UNINOVAFAPI [Habilidades] Executar encaminhamentos e internações psiquiátricas involuntárias, respeitando os critérios legais e éticos vigentes. [Competências (Objetivos)] Emergências em psiquiatria 18ª QUESTÃO Código da questão: 141859 Tipo da questão: Múltipla Escolha Unidade de avaliação: N2 INTERNATO Enunciado: (FACIMPA) Homem, 72 anos, tabagista de longa data, alta carga tabágica, portador de DPOC GOLD IV, é admitido na sala de emergência com queixa de dispneia progressiva, sonolência e confusão mental (Glasgow 14) há 1 dia. Está em uso domiciliar de O₂ contínuo. No exame físico: FR 10 irpm, uso de musculatura acessória, SpO₂ 91% com O₂ a 5 L/min, ausculta com roncos difusos e murmúrio vesicular diminuído, mantendo via aérea protegida, sem vômitos/aspiração, hemodinamicamente estável. Gasometria arterial coletada em ar ambiente: pH: 7,28; PaO₂: 58 mmHg; PaCO₂: 66 mmHg; HCO₃⁻: 29 mEq/L; SatO₂: 88%. Considerando o quadro clínico e os achados gasométricos do paciente, qual deve ser a conduta inicial mais adequada? 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 41 de 75 Alternativas: (alternativa A) Suspender imediatamente o oxigênio, devido à hipercapnia, mantendo apenas suporte clínico com broncodilatadores e hidratação venosa. (alternativa B) Iniciar oxigenoterapia com FiO₂ de 100% por máscara não reinalante e observar resposta clínica e gasométrica nas primeiras duas horas. (alternativa C) Realizar intubação orotraqueal imediata, devido ao risco de acidose respiratória descompensada e rebaixamento do nível de consciência. (alternativa D) (CORRETA) Manter suporte ventilatório com VNI (BIPAP), iniciando FiO₂ ajustada para manter SatO₂ entre 88–92%, e reavaliar em até 1 hora. Grau de dificuldade: Médio 000169.610012.dbf510.0c14ea.030055.74ee64.1c4b3e.2881d Pgina 42 de 75 Resposta comentada: Gabarito oficial: "Manter suporte ventilatório com VNI (BIPAP), iniciando FiO₂ ajustada para manter SatO₂ entre 88–92%, e reavaliar em até 1 hora". Interpretação do caso: Trata-se de paciente DPOC GOLD IV, oxigenodependente, tabagista, quadro agudo de dispneia + sonolência/confusão, exame físico: FR baixa (10 irpm → hipoventilação), uso de musculatura acessória, SpO₂ 91% com O₂ suplementar, murmúrio diminuído, roncos difusos. Glasgow 14. Gasometria (ar ambiente): pH: 7,28 → acidose; PaCO₂: 66 mmHg → hipercapnia; HCO₃⁻: 29 mEq/L → aumento (compensação renal crônica → acidose respiratória crônica); PaO₂: 58 mmHg → hipoxemia; SatO₂: 88%; Conclusão gasométrica: acidose respiratória agudizada sobre quadro crônico, com retenção de CO₂ e hipoxemia. Raciocínio clínico: DPOC grave + acidose respiratória descompensada não é indicação automática de IOT se o paciente está hemodinamicamente estável + mantém via aérea protegida + nível de consciência ainda preserva proteção. A VNI (BIPAP) é a intervenção inicial de escolha em exacerbação hipercápnica de DPOC, pois reduz trabalho respiratório, melhora troca gasosa, reduz mortalidade e necessidade de intubação. Análise das alternativas: Iniciar oxigenoterapia com FiO₂ 100% por máscara não reinalante: Incorreta. FiO₂ alta em paciente com DPOC grave pode piorar a retenção de CO₂ por alterar a relação V/Q e reduzir o estímulo ventilatório. Diretrizes recomendam alvo de SatO₂ 88–92%, não hiperóxia. Intubação orotraqueal