A controvérsia sobre a natureza da luz atravessou séculos e envolveu nomes como Newton, Huygens, Young e Fresnel. A disputa entre a teoria corpuscular e a teoria ondulatória não se deu apenas no campo das ideias, mas também refletiu mudanças na forma de se fazer ciência. Newton, com sua autoridade, fortaleceu a teoria corpuscular, enquanto Huygens, com base em analogias mecânicas e argumentos geométricos, defendeu a teoria ondulatória. Experimentos como o da dupla fenda de Young e os estudos de Fresnel sobre interferência e difração foram decisivos para a aceitação da natureza ondulatória da luz. No entanto, mesmo com inconsistências mecânicas, Fresnel manteve sua hipótese do éter, confiando que a ciência futura poderia justificá-la. Esse episódio revela que a ciência não avança apenas por lógica formal, mas também por intuições, disputas de autoridade, aceitação entre pares e contextos históricos.