A dislexia, em sua complexidade, desafia a educação contemporânea a transcender a rigidez de modelos pedagógicos homogêneos e a reinventar-se sob a égide da inclusão e da dignidade humana. Compreender tal condição não se restringe a um exercício técnico, mas configura um gesto ético de reconhecimento da singularidade de cada sujeito. Nesse horizonte, a escola deixa de ser mera reprodutora de conteúdos e se converte em espaço dialógico de acolhimento, no qual o professor assume a tarefa de mediar saberes com sensibilidade e flexibilidade, recriando metodologias capazes de respeitar os diferentes modos de aprender. O apoio especializado, quando integrado à prática pedagógica, revela-se não apenas como recurso instrumental, mas como instância emancipatória que fortalece a autoestima e amplia as possibilidades de êxito do estudante com dislexia. A experiência escolar, assim ressignificada, possibilita a reconstrução da identidade discente, outrora fragilizada pela incompreensão, em direção a uma vivência acadêmica de pertencimento e reconhecimento. Nesse contexto, o Laboratório Pedagógico surge como ferramenta estratégica de formação docente, pois oferece ao educador não apenas informações técnicas, mas também a oportunidade de refletir criticamente sobre sua práxis e de articular teoria e prática em um movimento constante de aperfeiçoamento. A incorporação desse conhecimento, mais do que ampliar repertórios metodológicos, instaura um compromisso ético-político com a diversidade, reafirmando que a verdadeira educação não se limita à