Todo evento comunicativo é estruturado a partir de uma interação entre, pelo menos, dois participantes: um emissor, que elabora uma mensagem com determinada intenção, e um receptor, que a recebe e a interpreta. Essa interação ocorre em um contexto específico, o qual influencia diretamente o conteúdo e a forma da mensagem. Para que a comunicação seja efetiva, o emissor utiliza um código compartilhado com o receptor, como a língua portuguesa, por exemplo, e se apoia em um canal, que pode ser oral, escrito, visual ou digital, para transmitir essa mensagem. A eficácia da comunicação depende, portanto, da articulação desses elementos e da clareza com que a mensagem é construída e decodificada. Com base nesses princípios, o linguista Roman Jakobson (2005) propôs uma teoria segundo a qual, a depender da intenção do emissor, um dos elementos do processo comunicativo ganha destaque, originando diferentes funções da linguagem. Tal perspectiva é importante para a análise de textos, pois evidencia que toda produção linguística carrega uma intencionalidade. Ao compreender qual elemento da comunicação está sendo priorizado, se o código, o canal, o conteúdo, entre outros, o leitor ou o