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O Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26 e do Mandado de Injunção (MI) 4733, decidiu que a conduta de homofobia e transfobia se enquadra no tipo penal definido na Lei nº 7.716/1989 (Lei do Racismo), até que o Congresso Nacional edite lei específica sobre a matéria. A decisão aplicou a técnica da interpretação conforme a Constituição e buscou dar efetividade ao mandado constitucional de criminalização das condutas atentatórias aos direitos e liberdades fundamentais. Fonte: STF. Plenário. ADO 26/DF e MI 4733/DF, Rel. Min. Celso de Mello, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgados em 13/6/2019 (Info 944). A decisão do STF de enquadrar a homofobia e a transfobia como crime de racismo, diante da inércia do Poder Legislativo, representa: Opção A A declaração de inconstitucionalidade da Lei do Racismo por não incluir expressamente a proteção contra a homofobia e a transfobia. Opção B Uma decisão com efeito meramente político, sem qualquer consequência prática na esfera criminal para os agressores. Opção C Uma violação ao princípio da separação dos poderes, pois o Judiciário não pode criar tipos penais, função exclusiva do Legislativo. Opção D A aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal, o que é expressamente permitido pela Constituição Federal em casos de proteção de minorias. Opção E Uma forma de ativismo judicial para dar concretude a um comando constitucional de proteção a grupos vulneráveis, sem, contudo, criar um novo tipo penal.
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Thayna Ribeiro

há 7 dias

Respostas

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há 7 dias

Vamos analisar as alternativas apresentadas em relação à decisão do STF sobre a homofobia e a transfobia: A) A declaração de inconstitucionalidade da Lei do Racismo por não incluir expressamente a proteção contra a homofobia e a transfobia. - Essa alternativa não é correta, pois o STF não declarou a inconstitucionalidade da lei, mas sim a aplicou de forma a incluir essas condutas. B) Uma decisão com efeito meramente político, sem qualquer consequência prática na esfera criminal para os agressores. - Essa alternativa também não é correta, pois a decisão tem consequências práticas, já que enquadra a homofobia e a transfobia como crime. C) Uma violação ao princípio da separação dos poderes, pois o Judiciário não pode criar tipos penais, função exclusiva do Legislativo. - Embora essa alternativa aponte para uma crítica comum, a decisão do STF não cria um tipo penal, mas aplica uma norma existente a novas situações. D) A aplicação da analogia in malam partem no Direito Penal, o que é expressamente permitido pela Constituição Federal em casos de proteção de minorias. - Essa alternativa não é a mais adequada, pois a decisão não se baseou na analogia in malam partem, mas na interpretação da norma existente. E) Uma forma de ativismo judicial para dar concretude a um comando constitucional de proteção a grupos vulneráveis, sem, contudo, criar um novo tipo penal. - Esta alternativa é a mais correta, pois reflete a intenção do STF de proteger grupos vulneráveis e dar efetividade aos direitos fundamentais, sem criar um novo tipo penal. Portanto, a alternativa correta é: E.

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