De acordo com pesquisas acadêmicas recentes, o TDAH, o transtorno desafiador opositivo e o transtorno de conduta lideram a lista dos transtornos mais diagnosticados por neuropediatras e psiquiatras infantis na atualidade, sendo a prevalência destes estimada em 3% a 6% da população infantil e, dependendo do critério utilizado, podendo chegar a 26% da mesma população. Uma análise crítica desse fenômeno permite concluir que
Escolha uma opção:
a. a medicalização da criança em idade escolar decorre de um olhar científico sobre a doença em seus aspectos genéticos e bioquímicos, livre de desvios ideológicos sobre sua dimensão psíquica, histórica ou social.
b. atualmente, a medicalização tem sido utilizada não apenas como a principal forma de tratamento da criança, mas como dispositivo de vigilância e controle que as instâncias tutelares realizam sobre a família e a criança.
c. as descobertas sobre os mecanismos neuroquímicos e o desenvolvimento de novos psicofármacos permitiram diagnósticos mais acurados e tratamentos mais adequados às patologias neuropsiquiátricas da população infanto-juvenil.
d. a escola é o locus privilegiado para o diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e de comportamento das crianças, suprindo a insuficiência ou deficiência da intervenção parental na percepção e manejo destes distúrbios.
Ed
há 2 meses
Vamos analisar as alternativas uma a uma para encontrar a resposta correta: a) A medicalização da criança em idade escolar decorre de um olhar científico sobre a doença em seus aspectos genéticos e bioquímicos, livre de desvios ideológicos sobre sua dimensão psíquica, histórica ou social. - Essa afirmação ignora a complexidade do fenômeno da medicalização, que muitas vezes é influenciado por fatores sociais e históricos. b) Atualmente, a medicalização tem sido utilizada não apenas como a principal forma de tratamento da criança, mas como dispositivo de vigilância e controle que as instâncias tutelares realizam sobre a família e a criança. - Esta opção reflete uma crítica à medicalização, sugerindo que ela vai além do tratamento e se torna um meio de controle social. c) As descobertas sobre os mecanismos neuroquímicos e o desenvolvimento de novos psicofármacos permitiram diagnósticos mais acurados e tratamentos mais adequados às patologias neuropsiquiátricas da população infanto-juvenil. - Embora essa afirmação tenha um fundo de verdade, ela não aborda a crítica à medicalização e suas implicações sociais. d) A escola é o locus privilegiado para o diagnóstico dos distúrbios de aprendizagem e de comportamento das crianças, suprindo a insuficiência ou deficiência da intervenção parental na percepção e manejo destes distúrbios. - Essa opção sugere que a escola assume um papel central no diagnóstico, mas não aborda diretamente a questão da medicalização. A alternativa que melhor reflete uma análise crítica do fenômeno da medicalização, considerando seu uso como controle e vigilância, é: b) atualmente, a medicalização tem sido utilizada não apenas como a principal forma de tratamento da criança, mas como dispositivo de vigilância e controle que as instâncias tutelares realizam sobre a família e a criança.