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o que é transtorno da ansiedade

e um trabalho que eu tenho que fazer para apresentar

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Jéssica Medeiros

transtorno de ansiedade é a ansiedade quando passa a ser patológica, quando compromete a vida da pessoa, quando traz sofrimento siginificativo.

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Luana Cardoso

Transtornos de Ansiedade

A ansiedade é um processo físico e mental ATIVADO em situações de medo, receio, diante do desconhecido e em momentos de tensão emocional. Ela pode ser NORMAL ou PATOLÓGICA.

Ansiedade Normal: Trata-se de um sentimento de receio, aflição, com alterações físicas como taquicardia, sudorese, dilatação de pupila, tremores, etc. Os sintomas são autolimitados, direcionados a uma situação peculiar e são proporcionais ao risco envolvido. Todo mundo se sente ansioso em situações como: dia do casamento, tentativa de assalta, montanha russa, entrevista de emprego, apresentação importante, etc. A ansiedade NORMAL ajuda o ser humano, cria um ambiente cognitivo de apreensão salutar e de tomada rápida de decisões.

Ansiedade Patológica: Ela se torna doença quando passa a ser direcionada a situações comuns do dia-a-dia, ou quando é uma resposta absolutamente desproporcional ao risco, ou mesmo quando é mantida cronicamente. Seja como for, a doença é definida quando surge impacto na qualidade de vida do pessoa. Esse tipo de ansiedade limita a percepção e dificulta a tomada de decisões, evoluindo com restrição social e impactando negativamente diversos aspectos da vida da pessoa.
Como podemos perceber o que diferencia a Ansiedade Normal da Doença é a INTENSIDADE, os DESENCADEANTES e o impacto na FUNCIONALIDADE.

 

Fonte:http://www.leandroteles.com.br/blog/2015/09/04/saiba-mais-sobre-os-transtornos-de-ansiedade/

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Samara Siqueira

O QUE É A ANSIEDADE

 

 

INTRODUÇÃO

 

 De acordo com o DSM V: “Os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada. Assim, embora os transtornos de ansiedade tendam a ser altamente comórbidos entre si, podem ser diferenciados pelo exame detalhado dos tipos de situações que são temidos ou evitados e pelo conteúdo dos pensamentos ou crenças associados.” Ou seja, a ansiedade é multifacetada e pode manifestar-se de diversas maneiras dependendo da situação.

Clarck e Beck (2012), em seu influente livro sobre os transtornos de ansiedade, explicam que a ansiedade é ubíqua à condição humana, ou seja, é onipresente em nosso cotidiano. A ansiedade, como referido anteriormente, é uma condição multifacetada e que pode, portanto apresentar características peculiares, isto vai variar do sujeito em questão a ter sua ansiedade avaliada. É comum que ocorra comorbidade, isto é, a presença de mais um transtorno junto da ansiedade, como por exemplo, a depressão ou TOC (Transtorno Compulsivo e Obsessivo).

A ansiedade é equivocadamente caracterizada como “medo”, “nervosismo” e “preocupação”. Faz-se necessário compreender que ansiedade pode ser bem mais complexa que tais termos, pois apesar do sujeito que sofre de ansiedade exibir comportamentos relacionados aos termos referidos anteriormente, a ansiedade não se resume a isto.   Inclusive, “ansiedade” e “medo”, em qualquer teoria da ansiedade que espera oferecer orientação para pesquisa e tratamento da ansiedade, devem ser nitidamente diferenciados para que esta pesquisa ou tratamento em questão não seja comprometido. Portando, quando falamos em ansiedade, além de não generaliza-la, devemos também diferencia-la do medo.

 

DIFERENCIANDO O MEDO E A ANSIEDADE

 

Segundo Barlow (2002), “o medo é um alarme primitivo em resposta a perigo presente, caracterizado por forte excitação e tendências a ação”, enquanto a ansiedade é definida como “uma emoção orientada ao futuro, caracterizada por percepções de incontrolabilidade e imprevisibilidade sobre eventos potencialmente aversivos e um desvio rápido na atenção para o foco de eventos potencialmente perigosos ou para a própria resposta afetiva do individuo a esses eventos”.

No entanto, os autores Beck, Emery e Greenberg (1985), oferecem outra perspectiva onde afirmam que o medo “é a avaliação de perigo; ansiedade é o estado de sentimento desagradável evocado quando o medo é estimulado”.

Ambas as ideias entram em concordância quando consideram o medo como algo distinto e ansiedade uma resposta subjetiva.

 

Após a diferenciação entre medo e ansiedade, é também necessário diferenciar o que é normal e anormal relação à ansiedade:

 

DIFERENCIANDO O NORMAL DO ANORMAL

 

Clarck e Beck (2012), explicam que quase todas as pessoas em algum momento de sua vida passarão pela experiência de sentir medo ou ansiedade em relação a algum evento importante. Para saber quanto isto pode ser normal ou anormal, os autores sugerem cinco critérios, são eles: o critério de “cognição disfuncional”, que diz que o medo e ansiedade anormais partem da falsa suposição envolvendo uma avaliação errônea de perigo de uma situação nem sequer confirmada por observação direta. O segundo critério é o “funcionamento prejudicado”, que trata sobre ansiedade clínica, onde a mesma interfere diretamente no enfrentamento efetivo e adaptativo diante de uma ameaça percebida e no funcionamento social e ocupacional diário do individuo. Já o terceiro é em relação à “manutenção” onde em condições clínicas a ansiedade persiste muito mais tempo do que seria esperado em condições normais, ou seja, é incomum que o individuo propenso a ansiedade passe por experiência de ansiedade elevada diariamente ao decorrer dos anos. O quarto critério é referente a “alarmes falsos” onde o individuo passa por medo ou pânico acentuado que ocorre na ausência de algum estimulo ameaçador da vida ou ao menor estimulo de ameaça, sendo o ataque de pânico algo bastante inesperado e/ou espontâneo. O quinto e ultimo é a “hipersensibilidade a estímulo”, que ocorre quando os indivíduos se sentem extremamente ameaçados, por variados estímulos levemente ameaçadores, onde coisas simples parecem significantemente mais complicadas.

 

Existe também certa diferença em como se manifesta a ansiedade no indivíduo dependendo do seu gênero:

 

OBSERVAÇÃO DA ANSIEDADE ENTRE OS SEXOS

 

Foram feitas algumas pesquisas ao longo dos anos por grandes estudiosos da ansiedade como: Kesseler et al. (1994), Jenkins et al. (1997), Vazquez-Barquero et al. (1997), Olfson et al. (2000), Adrews et al. (2001), Craske (2003), e todos eles concluíram em comum que as mulheres sofrem significativamente mais de transtornos de ansiedade em relação aos homens. Craske (2003), inclusive tem uma teoria do que ele acredita ser o motivo da ansiedade prevalecer em mulheres, explicando que isto é uma questão de vulnerabilidade aumentada causada por cinco fatores:

 

1-      Afetividade negativa mais alta;

2-      Padrões de socialização diferenciados nos quais as meninas são encorajadas a serem mais dependentes, pró-sociais e empáticas, mas menos assertivas e controladoras de desafios diários;

3-      Ansiedade mais difusa conforme evidenciado por resposta ansiosa menos discriminativa e mais supergeneralizada;

4-      Sensibilidade aumentada a lembretes de ameaça e sugestões de ameaça contextuais; e/ou;

5-      Tendência a mais evitação, preocupação e ruminação sobre ameaças potenciais.

A ansiedade não é um fenômeno que afeta somente o psicológico, também possuí aspectos fisiológicos, cognitivos, comportamentais e afetivos (Clarck e Beck, 2012):

 

AS QUATRO DIMENSÕES DA ANSIEDADE

 

  •          Sintomas fisiológicos: Aumento da frequência cardíaca, palpitações; falta de ar, respiração rápida; dor ou pressão no peito; sensação de sufocação; tontura; sensação de “cabeça vazia”; sudorese, ondas de calor, calafrios; náuseas, dor de estomago, diarreia; tremor, agitação; formigamento ou dormência nos braços e nas pernas; fraqueza, perda de equilíbrio, desmaio; tensão muscular, rigidez; boca seca.

 

  •          Sintomas cognitivos: Medo de perder o controle, de ser incapaz de enfrentar; medo de ferimento físico ou morte; medo da avaliação negativa pelos outros; pensamentos, imagens ou recordações aterrorizantes; percepções de irrealidade ou afastamento; concentração deficiente, confusão distração; estreitamento da atenção, hipervigilância para ameaça; memória deficiente, dificuldade de raciocínio, perda de objetividade.

 

  •          Sintomas comportamentais: Evitação de sinais ou situações de ameaça; esquiva, fuga, busca de segurança reasseguramento; inquietação, agitação, movimentos rítmicos. Hiperventilação; congelamento, imobilidade; dificuldade para falar.

 

  •          Sintomas afetivos: nervoso, tenso, excitado; assustado, temeroso, aterrorizado. Irritável, irrequieto; impaciente, frustrado.

 

Para realizar a medição do nível de ansiedade dos indivíduos é necessário um modelo teórico para aplicação do teste:

 

OS MODELOS TEÓRICOS QUE MEDEM A ANSIEDADE APROVADOS PELO SATEPSI:

 

  •          IDATE - Inventário da Ansiedade Traço-Estado.

 

  •          BAI - Inventário de Ansiedade de Beck (Escalas Beck)

 

____________________________________

 

 

 

 REVISÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS

 

IDATE: Trata-se de um questionário de múltipla escolha com 40 perguntas, onde o sujeito deve responder com sinceridade a todas. As 40 perguntas são divididas em duas partes: 20 perguntas são direcionadas ao chamado “Ansiedade Estado”, e as outras 20 à “Ansiedade Traço”. Na Ansiedade Estado o sujeito deve falar como se sente no momento do teste (no presente), já na Ansiedade Traço o sujeito deve falar como ele geralmente se sente (como vem se sentindo cotidianamente). Utiliza-se 8 itens neste teste, 4 na Ansiedade Estado e mais 4 na Ansiedade Traço, que são as respostas que o sujeito a ser avaliado deve responder (se sim, não, muito, pouco, etc..)

(Kaipper, 2008).

(aprovado pelo SATEPSI desde 2002, apesar de ter sido criado antes disso – Conselho Federal de Psicologia).

 

 

BAI (Escalas Beck):O teste apresenta 4 itens, estes são: NÃO; LEVEMENTE (não incomodou muito); MODERADAMENTE (foi desagradável, mas pude suportar);SEVERAMENTE (quase não suportei).

No total o resultado pode ser no máximo de 63, as categorias de medida são da seguinte forma:

  •          0-7: grau mínimo de ansiedade;
  •          8-15: ansiedade leve;
  •          16-25 ansiedade moderada;
  •          26-63: ansiedade severa.

(Wikipédia, 2013)

 

BAI é considerado o terceiro instrumento de medida de ansiedade mais utilizado. Piotrowski C (1999). (aprovado pelo SATEPSI desde 2003, apesar de ter sido criado antes disso – Conselho Federal de Psicologia).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

CLARK, David A; BECK, Aaron T. Terapia cognitiva para os transtornos de ansiedade. Porto Alegre, RS: Artmed, 2012.

 

PIOTROWSKI, C. The status of the Beck Anxiety Inventory in contemporary research. Psychol Rep, 1999.

 

BARLOW, D.H. Anxiety and its disorders: The nature and treatment of anxiety and panic. (2nd ed.). New York: Guilford Press, p. 104, 2002.

 

BECK, A.T.; EMERY, G.; GREENBERG, R.L. Anxiety disorders and

phobias: A cognitive perspective (rev. paperback ed.). New York: Basic Books, p. 9, 1985.

 

KESSELER, RC et al. Lifetime and 12-month prevalence of DSM-III-R psychiatric disorders in the United States. Arch Gen Psychiatry, p. 8-19, 1994.

 

JENKINS, R.; LEWIS, G.; BEBBINGTON, P.; BRUGHA, T.; FARRELL, MCGILL, B. et al. The National Psychiatric Morbidity Surveys of Great Britain: Initial findings from the Household Survey. Psychological Medicine, p.775-789, 1997.

 

VAZQUEZ-BARQUERO, J.,L.; GARCIA, J.; SIMON, J. A.; IGLESIAS, C.; MONTIJO, J.; HERRAN, A., et al. Mental health in primary care: An epidemiological study of morbidity and use of health. British Journal Of Psychiatry, p. 529-539, 1997.

 

OLFSON, M.; SHEA, S.; FEDER, A.; FUENTES, M.; NOMURA, Y.; GAMEROFF, M.; et al. Prevalence of anxiety, depression and substance use disorders in an urban general medicine practice. Archives of Family Medicine, p. 876-883, 2000.

 

ANDREWS, G.; HENDERSON, S.; HALL, W. Prevelence, comorbidity, disability and service utilization: Overview of the Australian National Mental Health Survey British Journal of Psychiatry, p. 145-153, 2001.

 

CRASKE, M. G. Origins of phobias and anxiety disorders: Why more woman than men? Amsterdam, The Netherlands: Elsevier, 2003.

 

Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: (DSM-V), [American Psychiatnc Association, tradução: NACIMENTO, Maria Inês Corrêa et al.]; revisão

técnica: CORDIOLI, Aristides Volpato et al. – Porto Alegre: Artmed. ISBN 978-85-8271-088-3 9 (2014).

 

KAIPPER, Márcia Balle. Avaliação do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) através da análise de Rasch, Porto Alegre, 2008.

 

LEYFER, O.T.; RUBERG, J.L.; WOODRUFF-BORDEN, J. Examination of the utility of the Beck Anxiety Inventory and its factors as a screener for anxiety disorders. 2006.

 

SATEPSI – Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos. Disponível em: <http://satepsi.cfp.org.br/> Acesso em: 20/05/2016.

 

Wikipédia – A enciclopédia livre. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_ansiedade_de_Beck>  Acesso em: 20/05/2016.

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