A análise institucional é uma abordagem que busca a transformação das instituições a partir das práticas e dos discursos dos seus sujeitos.
Ardoino e Lourau (2003) dividem a A.I. em três categorias: a) A.I. em ato ou socioanálise; b) A.I. generalizada; c) A.I. restrita. A primeira refere-se à prática de intervenção em organizações-cliente como indústrias, administrações, escolas ou formações. A segunda diz respeito ao conjunto de considerações teóricas que forma um reservatório de dados e conceitos para as diversas intervenções institucionalistas.
É um segundo momento na A.I, depois da euforia da intervenção: uma espécie de parada reflexiva. A terceira categoria é relativa a intervenções em instituições específicas: a Igreja, a escola, o Exército. Coulon (apud ARDOINO e LOURAU, 2003) diferencia esses três níveis através dos termos "socioanálise", "leitura institucional" e "A.I. do estabelecimento", respectivamente.
As primeiras intervenções socioanalíticas encabeçadas por Lapassade na década de 1960 colocavam em análise as instituições envolvidas em qualquer estabelecimento/organização, não importando que fossem escolas ou manicômios. Pela predileção pelo paradigma de inspiração marxista do "transformar para conhecer" não é difícil entender por que primeiro desenvolveram-se incursões ao campo e depois uma diminuição da velocidade necessária à produção teórica. As incursões direcionadas ao meio educacional ainda muito ligadas à intervenção psicossociológica calcada no modelo do T-Group dão lugar, já em 1966-1967, a uma socioanálise.
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Alfabetização e Letramento: Fundamentos e Metodologias na Educação Básica
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