Antonio celebrou contrato com a empresa X, em 02/01/2011, em que existia uma cláusula contratual que concedia a Antonio o benefício de uma cesta básica. Acontece que, em 01/06/2016, a empresa deixou de fornecer o referido benefício a Antonio. E Antonio te procura para saber se a conduta da empresa foi (i)legal. Assim, a conduta da empresa X é (i)legal? Justifique e fundamente.
Se a cesta básica é decorrente de contrato (CCT ou ACT) é obrigatório o cumprimento do disposto, sabendo que, em caso de descumprimento, a empresa poderá ser penalizada com multa e ainda com a obrigação do oferecimento do benefício, a menos que, seja de COMUM ACORDO entre as partes a suspensão do benefício e, ainda assim, que este acordo não acarrete prejuízos ao empregado.
Veja o art. 468, CLT.
É ilícita a conduta da empresa, independentemente do fato que originou a prestação do benefício de cesta básica ao trabalhador.
Primeiramente, o benefício pode ter fundamento na legislação ou em acordo ou convenção coletiva. Nestes casos, o descumprimento seria evidente e não gera grandes dúvidas.
Em segundo lugar, contudo, o benefício pode ser estabelecido como liberalidade do empregador. Ocorre que, quando prestado de forma habitual, passa a vincular o tomador de serviços. É o que decorre do princípio da inalterabilidade contratual lesiva, prevista no art. 468, da CLT: "Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia."
Neste caso, ficaria vedada qualquer alteração, ainda que houvesse mútuo consentimento, por resultarem prejuízos ao empregado.
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