Os peptídios, peptídeos ou péptidos são biomoléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos atrávés de ligações péptidicas, estabelecidas entre um grupo amina de um aminoácido, e um grupo carboxilo do outro aminoácido. Os peptídios são resultantes do processamento de proteínas e podem possuir na sua constituição 2 ou mais aminoácidos.
São divididos em:
Nos peptídios está contido um grupo α- amino livre e um grupo α-carboxila livre. Ambos os grupos se ionizam de maneira igual que o fazem nos aminoácidos livres, contudo, os valores numéricos são diferentes nas constantes de ionização, o que é em virtude da ausência, no carbono α, do grupo de carga oposta. Todos aminoácidos constituintes apresentam os grupos α- amino e α-carboxila ligados covalentemente entre si, tornando parte das ligações peptídicas, a qual não se ioniza e, desta forma, não colabora para o comportamento acidobásico global dos peptídios. Porém os grupos R de determinados aminoácidos podem se ionizar contribuindo para as propriedades acidobásicas globais dos peptídios que os contenham. Desta forma, os grupos α- amino livre, α-carboxila livre e a natureza de inúmeros grupos R ionizáveis prevêem o comportamento acidobásico de um peptídio. Os peptídios têm curvas de titulação características e pH isoelétrico característico, assim como os aminoácidos livres, no qual eles não se moverão quando submetidos a um campo elétrico. Em algumas técnicas utilizadas para separar peptídios e proteínas entre si, essas propriedades são exploradas.[1]
Os peptídios participam de reações químicas características. Para liberar os aminoácidos unidos, as ligações peptídicas podem ser hidrolisadas por aquecimento tanto com ácido forte quanto com base forte. Na determinação da composição em aminoácidos da proteína, a hidrólise das ligações peptídicas é um passo necessário. Determinadas enzimas denominadas proteases, que são enzimas proteolíticas, ou seja, clivam as ligações peptídicas das proteínas, podem hidrolisar as ligações peptídicas. Essas enzimas possuem a função de degradar proteínas que se tornaram desnecessárias ou danificadas e também auxiliam na digestão de alimentos protéicos, podendo ser encontradas em todas as células e tecidos.[2]
Alguns polipeptídios pequenos possuem atividade biológica. Existem muitos oligopeptídios e polipeptídios pequenos que acontecem de forma natural, exercendo seus efeitos em concentrações bastante pequenas, mas com atividades biológicas importantes. Peptídios biologicamente importantes possuem poucos resíduos de aminoácidos. Hormônios como a ocitocina, a bradicinina são exemplos de peptídios pequenos de ocorrência natural. As encefalinas, peptídios pequenos, representam os mecanismos do nosso próprio corpo para controle da sensação dolorosa. Determinados venenos de fungos extremamente tóxicos, como a amanitina, e muitos antibióticos são peptídios. Pequenos peptídios são muito difíceis de purificar por estarem em quantidades extremamente pequenas nos organismos que os sintetizam, porém são bastante importantes como reagentes farmacêuticos.
fonte:
ALBERT, L. LEHNINGER, DAVID, L. NELSON, MICHAEL M. COX. Princípios de Bioquímica. Editora: Sarvier, 2ª edição, 1995.
Peptídeos são compostos formados pela união de dois ou mais aminoácidos por meio de ligação covalente para formar ligações peptídicas.
Os peptídeos diferem-se uns dos outros pelo número de aminoácidos e pela sequência dessas moléculas. De acordo com o número de aminoácidos que possuem, podemos classificá-los em dipeptídeos, quando são formados por dois aminoácidos; tripeptídeos, quando são formados por três; tetrapeptídeos, quando são formados por quatro aminoácidos, e assim por diante. Quando temos vários aminoácidos ligados, usamos a denominação polipeptídeo.
Os peptídeos apresentam importantes funções no nosso organismo. Alguns funcionam como hormônios, outros como neurotransmissores, analgésicos e até antibióticos. Em razão de suas importantes propriedades, os estudos científicos nessa área são amplamente realizados e a síntese desses compostos em laboratório é cada vez mais frequente.
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/peptideos.htm. Acesso em 03 de agosto de 2018.
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