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amigos, vocês teriam um trabalho sobre hábitos saudáveis crianças de 9 a12 anos.

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lyvia.maria sampaio.pinto

Desenvolvimento Social e Afetivo de crianças de 6 a 12 anos

Neste trabalho, vamos demonstrar como é o desenvolvimento social e da personalidade das crianças em idade escolar, que acompanha seu crescimento cognitivo. Conforme as crianças crescem, elas se tornam mais independentes e mais envolvidas com outras pessoas, descobrindo assim seus próprios valores, atitudes e habilidades.

Auto-conceito: é o conhecimento do que fomos e fizemos, e tem a função de orientar para decidirmos o que queremos ser no futuro; portanto, auxilia na compreensão de nós mesmos e o controle do ajuste de nosso comportamento.

 


Afetivo e Social das Crianças em Relação aos Amigos

Desde a pré- escola as crianças tem relações com outras crianças a quem chamam de amiguinhos, mas é entre 6 e 12 anos que o grupo de amizade começa a influenciar.

Pontos positivos

Em pesquisas concluíram que as crianças se desenvolvem psicologicamente em três maneiras em relação a atividades com amigos.

Primeiro: elas desenvolvem habilidades para sociabilidade e intimidade, aprimoram relacionamento e são pertinentes.

Segundo: são motivadas para atingir uma noção de identidade.

Terceiro: aprendem.

Aprendem como conversar oferecem oportunidade para os relacionamentos, enquanto atividades competitivas como algum esporte servem para ajudar a criança a identificar aspectos que só ela tem.

É entre outras crianças que as crianças mais novas desenvolvem seus conceitos e formam sua auto- estima. Apenas dentro de um grupo grande de companheiros á que as crianças chegam a perceber o quanto são inteligentes e quanto sua personalidades são diferentes. Então, o grupo de colegas ajuda as crianças a escolher valores de acordo com os quais viverão.

O grupo de companheiros também oferece segurança emocional. As vezes, outra criança pode oferecer apoio que adulto não consegue dar.

O grupo de amigos ajuda as crianças a conviver em sociedade – quando ceder, quando manter sua posição e como ajudar aos outros.

No aspecto positivo, o grupo de companheiros abre novos caminhos, contrabalança a formar um auto conceito e a desenvolver habilidades sociais.

Pontos Negativos: Conformidade

Por um lado, o grupo de companheiros pode oferecer alguns valores indesejáveis e algumas crianças podem não ter força para resistir a eles. As crianças entre 7 e 10 anos são mais sensíveis à pressão para agir com regras estabelecidas.

Os efeitos da conformidade podem ser sérios. A influência dos colegas é mais forte quando as questões tem vários sentidos. E, embora os grupos de amigos façam tantas coisas boas juntos, geralmente é na companhia desses amigos onde começam a fazer coisas erradas e agirem de maneiras anti sociais. Alunos de 5ª série que são classificados como mais “voltados para os companheiros” relatam ter mais comportamento anti-social do que “voltados para os pais”.

Para crianças certo grau de conformidade aos padrões do grupo é uma coisa saudável de adaptação. É prejudicial quando se torna destrutivo ou faz com que as crianças passem a agir contra sua própria vontade.

Atividades Importantes e Prevalentes Conforme Classificadas por Alunos de 5º e 6º série
Atividades Mais Comuns   Atividades Mais Importantes
Conversação   Esportes que não exigem contato
Reunir-se com amigos   Assistir a TV ou ouvir discos
Andar pela escola   Conversar
Conversar pelo telefone   Conversar pelo telefone
Ir e voltar da escola   Jogos físicos
Assistir à TV ou ouvir discos   Ir a festas
Jogos físicos   Reunir-se com amigos
Comportamentos Mais Apreciados
Convites para participar   Compartilhar
Desempenhar-se admiravelmente   Facilitar desempenho
Ajudar fisicamente   Ser simpático ou amigável
Cumprimentar ou encorajar   Instruir
Lealdade   Ajudar
Humor   Ausência de comportamento desagradável
Dar permissão    
Comportamentos Mais Indesejados
Agressão física   Incomodar ou amolar
Interferir no desempenho   Expressar raiva
Agressão verbal   Deslealdade
Desonestidade   Avareza ou autoritarismo
Provocar   Violar regras
Criticar   Criticar


Como os Grupos de Companheiros Geralmente se formam?

Os grupos de companheiros se naturalmente entre crianças que vivem perto umas das outras ou cão à escola juntas. As crianças que brincam juntas geralmente têm idade próxima, com diferença de um ou dois anos, embora um grupo ocasional da vizinhança possa se formar, incluindo crianças pequenas e mais velhas. Uma variação muito grande na faixa etária traz problemas com as diferenças em tamanho, interesses e níveis de habilidade.

Na média infância (entre 6 e 12 anos), os grupos de colegas geralmente são todos meninas ou meninos. As crianças de mesmo sexo têm interesses comuns, as meninas geralmente são mais maduras que os meninos, e as meninas e os meninos desenvolvem estilos diferentes de brincar e conversar.

Amizade

As crianças podem gastar muito de seu tempo livre em grupos, mas apenas como indivíduos elas formam amizade. As idéias das crianças sobre amizade mudam amplamente durante os anos de escola primária. Entre 6 e 12 anos, um amigo é alguém com quem uma criança se sente à vontade, gosta de compartilhar atividades e pode dividir sentimentos e segredos. A amizade torna as crianças mais sensíveis e amorosas, mais capazes de dar e receber respeito. As crianças não podem ser verdadeiras amigas ou ter amigos de verdade até que atinjam a maturidade cognitiva para considerar os pontos de vista e as necessidades de outras pessoas.

Robert Selman traçou formas de amizade que mudam através de cinco estágios que se superpõem, com base em entrevistas com mais de 250 pessoas entre 3 e45 anos (Selman & Selman, 1979). A maioria das crianças em idade escolar está no estágio 2 ou 3. Os amigos são tipicamente do mesmo sexo e têm interesses comuns (Hartup,1989) Os estágios de Selman são os seguintes, todas as idades são aproximadas:

  • Estágio O: Colegas temporários de (3 a 7 anos). Este é o nível indiferenciado de amizade, quando as crianças são egocêntricas e têm dificuldade considere o ponto de vista de outra pessoa; tendem a pensar somente no que querem de um relacionamento. A maioria das crianças mais novas define seus amigos em termos da proximidade em que vivem (“Ela mora em minha rua”)e valorizam-nas por seus atributos materiais ou físicos (“Ele tem um Super-Homem gigante”).
  • Estágio: 1 Assistência unidirecional (de 4 a 9 anos). Neste nível unilateral, um “bom amigo” faz o que a criança quer que o amigo faça (“Ela não é mais a minha amiga, porque não foi comigo quando eu quis” ou “Ele é meu amigo, porque sempre diz quando quero emprestar a borracha dele”).
  • Estágio 2: Cooperação bidirecional nos bons momentos (de 6 a 12 anos). O nível reciproco superpõe-se ao estágio 1. Envolve dar e receber, mas ainda serve a muitos interesses distintos, e não a interesses comuns dos dois amigos (“Somos amigos; fazemos as coisas um para o outro” ou Um amigo é alguém que brinca com você quando você não tem ninguém mais para brincar”).
  • Estágio 3: Relacionamentos íntimos, compartilhados mutuamente (de 9 a  13 anos). Neste nível mutuo, as crianças vêem uma amizade como tendo vida própria. É um relacionamento continuo, sistemático, de compromisso, que incorpora mais do que fazer coisas um para o outro. Os amigos tornam-se possesivos e exigem exclusividade (“Demora muito tempo para se fazer um amigo íntimo, então você realmente se sente mal se descobre que seu amigo está tentando fazer outras amizades também”). As meninas tendem a fazer apenas uma ou duas amigas intimas; os menino têm mais amizades, menos íntimas.
  • Estágio 4: Interdependência autônoma (começando aos 12 anos). Neste estágio interdependente, as crianças respeitam as necessidades dos amigos tanto por dependência quanto por autonomia (“Uma boa amizade é um compromisso real, um risco que você tem que assumir; você tem que apoiar, confiar e dar, mas tem de ser capaz de deixar o caminho livre, também”).


A criança na família

A criança em idade escolar, hoje, passa mais tempo fora de casa do que nunca. Escolas, amigos, jogos e entretenimentos as separa da família. A grande preocupação dos pais passa a ser a escola, pois podem ter que lidar com uma criança que se queixa do professor, finge estar doente par deixar de ir à escola ou cabula aula. Outra preocupação dos pais, são as amizades de seus filhos, se são boas ou más companhias, onde e com quem seus filhos estão fora da escola.

Todos os pais se esforçam para dar uma boa educação à seus filhos, por isso, têm que desenvolver métodos eficazes de disciplina, para ensinarem o caráter, o autocontrole e o comportamento moral.

Muitas técnicas disciplinares incluem o raciocínio, como educar a criança apelando para a auto-estima, o senso de humor, os valores morais ou a valorização através de exemplos que a criança entenda facilmente. É importante deixar claro que ela sofrerá as conseqüências de tudo que fizer.

Esta abordagem se torna típica quando as crianças ganham consciência cognitiva, onde não se submetem apenas ao poder, mas reconhecem a razão de seu pais. Assim, nesta fase, é menos improvável que os pais imponham suas vontades.

O controle de comportamento muda gradualmente na média infância (início da adolescência), quando pais e filhos compartilham o poder (os pais continuam a exercer controle geral de supervisão, enquanto as crianças começam a exercitar a auto-regulação de cada momento).

A co-regulação aparece à medida que as crianças começam a coordenar seus próprios desejos com as demandas sociais, mas só ocorre se pais e filhos se comunicarem claramente. Assim, os pais precisam influenciar seus filhos quando estão junto deles e monitorar seu comportamento quando estão longe. E, mais importante, as crianças precisam aprender a monitorar seu próprio comportamento (adotar padrões aceitáveis, evitar riscos indevidos e reconhecer quando precisam de apoio ou orientação dos pais).



Filhos do divórcio

Não importa o quanto os pais briguem, uma separação vem sempre como um choque para a criança, que se sente culpada pelo ocorrido e geralmente mudam seu comportamento, podendo ficar deprimidas, hostis, desobedientes, irritáveis, sozinhas, etc., perdendo o interesse pela escola e pela vida social.

Há seis tarefas que emergem como cruciais ao desenvolvimento emocional das crianças nessa situação: reconhecer a realidade da ruptura conjugal (geralmente reconhecem a separação após um ano de ocorrido); afastar-se do conflito e sofrimento dos pais e retomar seus próprios objetivos; resolver a perda (se adaptar para a nova forma de viver); resolver a raiva e a própria culpa; aceitar a permanência do divórcio (não ficar imaginando uma possível reconciliação); conquistar esperança realista em relação a relacionamentos (não acreditam em relacionamentos duradouros para si).

A longo prazo, a maioria das crianças conseguem superar o divórcio dos pais, mas ainda assim, carregam marcas para o resto da vida, principalmente nos meninos. Muitos fatores influenciam na adaptação das crianças ao divórcio: estilos de paternidade (filhos de pais que os educaram com autoridade se ajustam melhor do que os que tiveram pais autoritários ou permissivos); novo casamento da mãe (ajuda os meninos a se ajustarem melhor, mas as meninas têm mais problemas com seu próprio casamento); relacionamento com o pai; acesso aos pais (é melhor a criança ficar com o pai do mesmo sexo, porém, ela deve ter contato com o outro pai freqüentemente).


Famílias com um único genitor

Em geral, as crianças com um único genitor são mais autônomas e responsáveis quanto as tarefas domésticas, porém, há mais conflitos entre irmãos e menos coesão familiar, menos apoio, controle ou punição dos pais. Na maioria dos divórcios, a custódia dos filhos é da mãe, mas atualmente, muitos pais ficam com a custódia de seus filhos e geralmente se dão muito bem com a nova situação.

No início do divórcio, há um “esquecimento” do filho e das rotinas da casa, mas com o tempo, as coisas voltam ao normal.

Um estudo comprovou que crianças de único genitor tendem a ir pior na escola, devido ao fato que normalmente estes possuem menor renda. Outros fatores que influenciam o aproveitamento escolar de uma criança são as expectativas que os pais têm na criança e o número de livros em casa. Mas em relação a auxiliar a criança em casa, os pais solteiros apresentam a mesma eficiência dos casados, mesmo quando trabalham.


Famílias substitutas

Com o alto índice de divórcios, várias crianças vêem-se com padrastos e madrastas, e muitas vezes, a lealdade ao pai/mãe ausente dificulta a formação de laços com seus pais substitutos. Um estudo verificou que as mães continuam tão envolvidas com seu filhos depois do segundo casamento, quanto eram antes. A maioria dos meninos aceitam bem o padrasto, o que não ocorre com tanta facilidade com as meninas.


Relacionamentos entre irmãos

Os irmãos se influenciam diretamente, através da forma que interagem e, indiretamente através de seu impacto sobre o relacionamento de cada um com seus pais.

Os relacionamentos entre irmãos também são um laboratório para resolver conflitos. Os vínculos de sangue e a proximidade física impelem irmãos e irmãs a fazer as pazes depois de uma briga, uma vez que eles não podem deixar de se ver todos os dias. Eles aprendem desde cedo que a raiva que expressam não acabam um relacionamento. Uma vez que as brigas entre irmãos freqüentemente dizem respeito a bases de poder desiguais, os mais novos principalmente podem se tornar mais hábeis para perceber as necessidades das outras pessoas, negociando o que querem e assumindo compromissos. As crianças mais velhas tendem a ser mandonas, têm mais probabilidade de atacar, interferir, ignorar ou subornar seus irmãos. Os filhos nascidos em segundo lugar imploram, ponderam e bajulam, ou às vezes, pegam as coisas dos irmãos mais velhos.

As crianças têm mais probabilidade de brigar com irmãos do mesmo sexo e a ser conciliatórias com os do outro sexo. Os irmãos aprendem a lidar com a dependência mútua. Muitas vezes, o irmão mais velho cuida e auxilia o mais novo em suas tarefas escolares. As meninas conversam mais com seus irmãos mais novos do que os meninos, possivelmente por se identificarem com suas mães.

Uma influência indireta se revela na maneira como seus pais dividem seu tempo com seus filhos. Provavelmente, devido ao fato de as meninas serem mais eficientes com seus irmãos mais novos, as mães tendem a conversar mais com seu filho (menino) mais velho.


Distúrbios Emocionais na Infância

Cerca de 1 em 5 crianças com problemas emocionais recebe ajuda. Estas conclusões perturbadores emergem de diversos levantamentos de saúde mental infantil. Um deles, em Pittsburgh, verificou que 22% de 789 crianças entre 7 e 11 anos que iam ao pediatra tenham tido problemas psiquiátricos durante os anos anteriores. Outros estudos constataram uma percentagem mais baixa de crianças com problemas – de 5 a 15% – mas isto envolve cerca de 3 a 9 milhões de crianças.

 

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lyvia.maria sampaio.pinto


Famílias substitutas

Com o alto índice de divórcios, várias crianças vêem-se com padrastos e madrastas, e muitas vezes, a lealdade ao pai/mãe ausente dificulta a formação de laços com seus pais substitutos. Um estudo verificou que as mães continuam tão envolvidas com seu filhos depois do segundo casamento, quanto eram antes. A maioria dos meninos aceitam bem o padrasto, o que não ocorre com tanta facilidade com as meninas.


Relacionamentos entre irmãos

Os irmãos se influenciam diretamente, através da forma que interagem e, indiretamente através de seu impacto sobre o relacionamento de cada um com seus pais.

Os relacionamentos entre irmãos também são um laboratório para resolver conflitos. Os vínculos de sangue e a proximidade física impelem irmãos e irmãs a fazer as pazes depois de uma briga, uma vez que eles não podem deixar de se ver todos os dias. Eles aprendem desde cedo que a raiva que expressam não acabam um relacionamento. Uma vez que as brigas entre irmãos freqüentemente dizem respeito a bases de poder desiguais, os mais novos principalmente podem se tornar mais hábeis para perceber as necessidades das outras pessoas, negociando o que querem e assumindo compromissos. As crianças mais velhas tendem a ser mandonas, têm mais probabilidade de atacar, interferir, ignorar ou subornar seus irmãos. Os filhos nascidos em segundo lugar imploram, ponderam e bajulam, ou às vezes, pegam as coisas dos irmãos mais velhos.

As crianças têm mais probabilidade de brigar com irmãos do mesmo sexo e a ser conciliatórias com os do outro sexo. Os irmãos aprendem a lidar com a dependência mútua. Muitas vezes, o irmão mais velho cuida e auxilia o mais novo em suas tarefas escolares. As meninas conversam mais com seus irmãos mais novos do que os meninos, possivelmente por se identificarem com suas mães.

Uma influência indireta se revela na maneira como seus pais dividem seu tempo com seus filhos. Provavelmente, devido ao fato de as meninas serem mais eficientes com seus irmãos mais novos, as mães tendem a conversar mais com seu filho (menino) mais velho.


Distúrbios Emocionais na Infância

Cerca de 1 em 5 crianças com problemas emocionais recebe ajuda. Estas conclusões perturbadores emergem de diversos levantamentos de saúde mental infantil. Um deles, em Pittsburgh, verificou que 22% de 789 crianças entre 7 e 11 anos que iam ao pediatra tenham tido problemas psiquiátricos durante os anos anteriores. Outros estudos constataram uma percentagem mais baixa de crianças com problemas – de 5 a 15% – mas isto envolve cerca de 3 a 9 milhões de crianças.

Meninos, crianças negras e crianças de famílias pobres correm riscos extremamente elevados, bem como aqueles que sofreram recentemente um evento estressante na vida, que repetiram um ano na escola, ou cujos pais estão tendo dificuldades ou têm um problema psiquiátrico. Alguns problemas parecem estar associados a uma fase específica da vida da criança e desaparecem sozinhos, mas outros precisam ser tratados para impedir problemas no futuro. Já discutimos problemas de sono, tiques, gagueira e hiperatividade; agora examinaremos alguns outros problemas da infância.

Três Tipos de Distúrbios Emocionais

comportamento exibicionista

As dificuldades emocionais das crianças freqüentemente transparecem no comportamento. Elas mostram pelo que fazem que precisam de ajuda. Brigam, mentem, roubam, destroem propriedades e violam regras. Estas são formas comuns de comportamento exibicionista – mau comportamento que é uma manifestação de uma perturbação emocional.

Evidentemente, quase todas as crianças fingem ou mentem ocasionalmente para evitar punição. Mas quando as crianças passam dos 6 ou 7 anos e continuam contando histórias inventadas, estão, freqüentemente, indicando insegurança. Precisam inventar histórias fantásticas sobre si mesmas para ganhar atenção e auto-estima ou, quando mentira se torna habitual ou evidente, podem estar mostrando hostilidade em relação a seus pais.

Pequenos roubos ocasionais também são comuns. Embora seja necessário lidar com isso, não é necessariamente um sinal de problema sério. Mas quando as crianças roubam repetidamente de seus pais ou roubam tão claramente dos outros que são facilmente pegas, freqüentemente estão mostrando hostilidade – às vezes os itens roubados parecem ser ” sinais simbólicos do amor paterno, poder ou autoridade” dos quais a criança se sente privada. Qualquer comportamento anti-social crônico precisa ser considerado o máximo possível um sintoma de um desequilíbrio emocional profundo.

distúrbios de ansiedade

Dois distúrbios de ansiedade que começam na infância são a ansiedade de separação e a fobia de escola.

  • distúrbio da ansiedade de separação – uma condição envolvendo ansiedade excessiva por pelo menos duas semanas, em relação à separação das pessoas a quem a criança está ligada. A criança pode recusar-se a visitar ou dormir na casa de um amigo, dar uma volta ou ir a um acampamento ou à escola; pode “se agarrar” a um genitor e segui-lo como sombra pela casa toda; e pode ter dores de estômago, de cabeça, náusea e vomitar antes ou durante a separação. A condição afeta meninos e meninas igualmente e pode começar no início da infância e persistir através dos anos de escola, até a faculdade. As crianças com distúrbio tendem a vir de famílias muito unidas e preocupadas e a desenvolver a ansiedade depois de um estresse na vida como a morte de um animal de estimação, uma doença ou mudança de casa.
  • fobia à escola – o medo irrealista que impede as crianças de ir à escola – pode ser uma forma de distúrbio de ansiedade de separação. É marcada por sintomas similares e parece estar mais relacionada ao medo de deixar a mãe do que à escola em si. Praticamente nenhuma pesquisa foi feita na situação de escola com crianças com fobia à escola e, assim, sabemos muito pouco sobre suas percepções da escola ou como elas convivem lá. Se há um problema na escola – um professor sarcástico, um valentão no pátio ou um trabalho difícil demais – os medos da criança podem ser reais; o ambiente pode precisar de mudança, e não a criança.

O que sabemos sobre crianças com fobia à escola? Primeiro, não são cabuladores de aula; seus pais geralmente sabem quando faltam. Tendem a ter inteligência média ou superior e a ser alunos médios ou bons. Suas idades são distribuídas igualmente de 5 a 15 anos têm igual probabilidade de ser meninos ou meninas. Seus pais têm mais probabilidade do que um grupo de controle de serem deprimidos, sofrer de distúrbios de ansiedade e de relatar um funcionamento familiar desequilibrado.

Tipicamente, crianças com fobia à escola acordam de manhã queixando-se de algum mal-estar físico, como náusea, dores de estômago ou de cabeça. Logo depois de terem permissão para ficar em casa, o sintoma desaparece. Isso pode continuar dia após dia, e quanto mais ficarem tímidas e inibidas Dora de casa, mas voluntariosas, teimosas e exigentes com seus pais.

O elemento mais importante no tratamento é um retorno breve – mas gradual – à escola. Geralmente as crianças voltam à escola sem muita dificuldade, uma vez que o tratamento tenha começado. Os estudos que seguiram essas crianças anos mais tarde, no entanto, não determinam claramente se o tratamento as ajudou em seu ajustamento geral.

depressão infantil

“Ninguém gosta de mim” é uma queixa comum entre 6 e 12 anos, quando as crianças tendem a ser conscientes da popularidade. Mas quando essas palavras foram proferidas a um diretor de escola por um menino de 8 anos cujos colegas tinham-no acusado de roubo, era sinal de perigo. O menino prometeu nunca mais voltar a escola – e nunca mais voltou. Dois dias depois, ele se enforcou com um cinto, amarrado no estrado da cama beliche de cima.

Felizmente, crianças deprimidas raramente chegam a extremos. Como podemos perceber a diferença entre um período inofensivo de “tristeza” ( que todos nós temos às vezes) e um distúrbio afetivo importante – ou seja, um distúrbio de humor? Os sintomas básicos de um distúrbio afetivo são similares na infância e na fase adulta, mas alguns aspectos são específicos da idade.

A falta de amizade é apenas um sinal da depressão infantil. Outros sintomas são a inabilidade para se divertir ou para se concentrar e uma ausência de reações emocionais normais. Crianças deprimidas estão freqüentemente cansadas, são extremamente ativas ou inativas. Choram muito, têm dificuldade para se concentrar, dormem demais ou muito pouco, perdem o apetite, começam a ir mal na escola, têm aparência triste, queixam-se de doenças, expressam culpa, sofre de ansiedade de separação severa (como à fobia à escola), ou pensam freqüentemente na morte ou em suicídio. Bastam quatro sintomas para acusar uma depressão, principalmente quando eles são uma mudança marcante do padrão usual de uma criança. Nem sempre os pais reconhecem problemas “menores” como distúrbios de sono, perda de apetite e irritabilidade como sinais de depressão, mas as crianças freqüentemente são capazes de descrever como se sentem.

Ninguém sabe a causa exata da depressão em crianças e adultos. Há certa evidência para predisposição bioquímica, que pode ser desencadeada por experiências específicas. Os pais e filhos deprimidos têm grande probabilidade de ser depressivos também, sugerindo um possível fator genético, um reflexo de estresse geral em famílias doentes, ou o resultado de práticas paternas inadequadas por parte de pais com distúrbios.

A depressão, de moderada a severa, é muito fácil de identificar; formas mais leves são mais difíceis de diagnosticar. A presença de qualquer um dos sintomas acima deveria ser seguida atentamente; se os sintomas persistirem, a crianças deve obter ajuda psicológica.


Técnicas de Tratamento

A escolha de tratamento para um determinado distúrbio depende de muitos fatores: a natureza do problema, a personalidade da criança, qual a disposição da família para participar, o que pode pagar, qual a disponibilidade da comunidade e, freqüentemente, a orientação do profissional consultado.


Tipos de Terapia

O tratamento psicológico pode assumir várias formas. Na psicoterapia individual, um terapeuta vê uma criança em separado, ajuda-a a obter insights sobre sua própria personalidade e relacionamentos e interpreta os sentimentos e o comportamento. Isso pode ser útil em um período de grande estresse na vida da criança, como a morte de um pai, mesmo quando uma criança não tenha mostrado sinais de distúrbio. O terapeuta pode usar materiais lúdicos ( como bonecas representando membros da família) para ajudar uma criança a expressar seus sentimentos. Ele mostra a aceitação dos sentimentos da criança – e do direito da criança a eles. Uma psicoterapia infantil geralmente é muito mais eficiente quando combinada com aconselhamento dos pais.

Às vezes os pais participam com a criança de uma terapia familiar. O terapeuta familiar vê a família como um todo, observa como os membros agem entre si e aponta seus padrões de funcionamento – tanto os padrões de crescimento e produção quanto os inibidores e destrutivos. Às vezes a criança cujo problema leva a família para terapia é, ironicamente, a mais saudável, respondendo a uma situação familiar conturbada. A terapia freqüentemente ajuda os pais a confrontar suas diferenças e a começar a resolvê-las – o primeiro passo para também resolver os problemas das crianças.

terapia comportamental, ou a modificação de comportamento, usa princípios da teoria da aprendizagem para alterar o comportamento – para eliminar comportamentos indesejáveis como crises de birra ou para desenvolver aqueles que são desejáveis, como fazer lições de casa. Um terapeuta comportamental não procura razões subjacentes para o comportamento e tipicamente não tenta oferecer a uma criança esclarecimentos de sua situação. Tem como objetivo simplesmente mudar o comportamento. O terapeuta pode usar o condicionamento operante para encorajar um comportamento como colocar roupas sujas em um roupeiro. Toda vez que a criança faz isso, ele ou ela recebe uma recompensa, como um elogio, um agrado ou um vale para ser trocado por brinquedos.

Durante a década de 1980, ocorreu um aumento no uso da terapia com medicamentos para tratar problemas emocionais infantis. Atualmente, são prescritos comumente antidepressivos para crianças com enurese noturna, estimulantes para crianças hiperativas e antipsicóticos para problemas psicológicos severos.


Estresse e Flexibilidade

Veja as fontes estressantes que fazem parte da vida de qualquer criança :

  • Doença, o nascimento de um irmão, a frustração e a ausência temporária dos pais, o divórcio, a morte dos pais, a hospitalização e a pressão constante da pobreza.
  • Episódios violentos como raptos e ataques a crianças em playgrounds fazem as crianças perceber que seu mundo nem sempre é seguro e que os pais nem sempre pode protegê-las.

Outra pressão á criança, é a mudança constante de casa ( a criança tendo assim mais probabilidade de mudar de escolas e de amigos ,e menos probabilidade de conhecer muitos adultos).

O psicólogo infantil David Elkind, chamou a criança de hoje de ” criança apressada “. Ele se preocupa com o fato de que as pressões da vida de hoje fazem com que as crianças “cresçam” cedo demais e estão tornando sua infância muito estressante.

Elas são pressionadas a ter sucesso na escola, a competir nos esportes e a atender ás necessidades emocionais dos pais. São expostas a muitos problemas adultos na televisão e na vida real, antes dos problemas da infância.

Não são pequenos adultos … sentem e pensam como crianças , e precisam desses anos de infância para o desenvolvimento saudável.

Às vezes, o desenvolvimento saudável é impedido pelas próprias pessoas que se esperaria , que deveriam ajudá-la – seus pais, em que sujeitam seus filhos a agressão física ou a maus-tratos psicológicos.


Lidando com o Estresse: a Criança Resiliente

* Crianças Resilientes – são aquelas que se recompõem de circunstâncias desastrosas que teriam alto impacto negativo no desenvolvimento emocional na maioria das crianças. Elas vão em frente e se destacam como profissionais

Os efeitos do estresse são imprevisíveis, porque as pessoas são imprevisíveis. As reações podem depender como o evento entre si ( as crianças respondem diferentemente á morte de um pai ou divórcio ), a idade da criança ( pré-escolares e adolescentes têm reações diferentes) e o sexo da criança ( meninos são mais vulneráveis do que as meninas ).

São as crianças negligenciadas ou violentadas que vão adiante para formar relacionamentos íntimos, ser bons pais para seus filhos e levar a vidas realizadoras. Apesar de má sorte que tiveram, estas crianças são vencedoras, criativas, desembaraçadas, independentes e companhias agradáveis.

Estudos identificaram os ” fatores de proteção “, que podem operar para reduzir os efeitos de acontecimentos estressantes como: seqüestro, receber cuidados inadequados dos pais e de vítimas de abuso.


Fatores que contribuem para a resistência das crianças:

  • Personalidade: Crianças resilientes tendem a ser adaptáveis. São geralmente positivas, amigáveis, sensíveis ás outras pessoas e independentes, sentem-se competentes e têm alta auto estima.
  • Inteligência: São bons alunos , parecem se sair melhor.

São capazes de diminuir a importância de seus problemas pela forma como os encaram.

  • Família : As resilientes têm bons relacionamentos com os pais que lhes dão apoio emocional e também apoiam um ao outro, ou, não conseguindo isto, têm um relacionamento íntimo pelo menos com um dos pais. Se não tem nem isso, provavelmente têm intimidade pelo menos com um adulto que mostra interesse por elas e demonstra se importar como elas, e em quem confiam.

Crianças que sofreram violência e são resilientes provavelmente tenham sido vítimas apenas de um dos genitores , e não dos dois, e tenham tido um relacionamento afetuoso, encorajador com um genitor ou um adotivo durante seu crescimento.

  • Experiências de Aprendizagem: as resilientes provavelmente tenham tido experiência em resolver problemas sociais. Elas viram pais, irmãos mais velhos, ou outros lidando com a frustração e tirando o melhor de uma situação ruim.

Enfrentaram desafios, trabalharam soluções e aprenderam que podem exercer certo sobre suas vidas.

  • Risco Reduzido: Crianças que foram expostas apenas a um de inúmeros fatores com um distúrbio psicológico ( como: um desentendimento entre os pais, baixo status social, lar superlotado, uma mãe perturbada, um pai criminoso e uma experiência com adoção ou instituição).

São capazes de superar o estresse. Mas quando dois ou mais desses fatores estão presentes, o risco de as crianças desenvolverem um distúrbio emocional aumenta 4 vezes mais.

Quando as crianças não são atacadas por todos os lados, podem conseguir lidar com circunstâncias adversas.

  • Experiências compensadoras: Um ambiente escolar estimulante e experiências bem-sucedidas nos esportes, na música ou com outras crianças ou adultos interessados, podem ajudar superar uma vida familiar desoladora.

Quando adultos, um bom casamento pode compensar os relacionamentos pobres que tiveram anteriormente.

Esta pesquisa, não significa que o que acontece na vida de uma criança não importa. Em geral, as crianças de origem desfavorecidas tem mais problemas do que as com origem favorecida.

O reconhecimento das experiências na infância não determinam necessariamente o resultado da vida de uma pessoa em que muitas pessoas tem força para superar as circunstâncias mais difíceis.

As crianças de hoje, sabem mais do que as das gerações anteriores, quanto a tecnologia, sexo e violência.

As que vivem em lares com um único pai ou têm de considerar os programas de trabalho dos pais, provavelmente arcam com responsabilidades de adultos.

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