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Como é o procedimento de arrecadação de bens de ausente, em caso de herança jacente?

na arrecadação de bens de ausente, após a sentença que declara a sucessão provisória, o CC dispõe que: Art. 28, § 2º: Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823 (herança jacente). Nesse caso, o procedimento da herança jacente é "dentro" do processo de arrecadação de bens? Ou se dá em autos apartados? Se for "dentro" da arrecadação de bens, converte-se o procedimento de arrecadação em herança jacente? E como faz depois, para declarar a sucessão definitiva? Converte de novo o procedimento? Sucessão provisória e sucessão definitiva são declaradas no processo de Arrecadação de Bens? Herança jacente e inventário são feitos também no processo de Arrecadação, ou em autos apartados? Estou com dúvidas em relação a essas minúcias do procedimento. Desde já agradeço a atenção.

💡 2 Respostas

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

Decorrido o prazo para arrecadação de bens do ausente, será determinada a abertura da sucessão provisória, com o regramento dos arts. 26 e ss, do CC.

Mas e se for herança jacente? Então o art. 28, §2º, do CC determina que "Não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1819 a 1823".

Esses artigos regulam a herança jacente. A sucessão acima passa a ser de herança jacente.

É bem simples assim: aberta a sucessão provisória sem herdeiro ou interessado comparecer, em 30 dias, vamos paras os arts. 1819 a 1823, do CC, ou seja:

"Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.

Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.

Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança.

Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.

Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.

Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante."

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