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Socorro urgente, alguém poderia me ajudar responder essa, não acho nem modelo parecido

Socorro urgente, alguém poderia me ajudar responder essa, não acho nem modelo parecido

O CONCRETO
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras
indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
CARLOS, funcionário público de um determinado Ente Federativo, auxiliado por
seu irmão SÉRGIO, vendedor autônomo, no dia 14 de janeiro de 2016, apropriouse,
em proveito de ambos, de alguns Notebooks pertencentes à repartição pública
em que se achava lotado, os quais eram utilizados, diariamente, para a realização
de suas tarefas administrativas. Levado o fato ao conhecimento da autoridade
policial, instaurou-se o competente inquérito, restando indiciados CARLOS e
SÉRGIO, sendo o primeiro como incurso no art. 312, caput, e o segundo no art.
168, ambos do Código Penal. Pergunta-se: Está correta tal classificação?

💡 6 Respostas - Contém resposta de Especialista

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Passei Direto

Para um entendimento bem claro do caso, vamos analisar caso a caso.

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Carlos cometeu crime de apropriação indebita, haja vista que detinha a posse do bem, em razão do oficio, disso não há duvidas, há que se observar que ainda pode-se observar que :

- O Código Penal, ao prescrever em seu art. 29 que“quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade”,adotou a teoria monista (ou unitária), no sentidode que o crime é sempre único e indivisível.

 "Para o reconhecimento do concurso de agentes, não é necessário que todos pratiquem os mesmos atos executivos, bastando o encontro de vontades para a prática do fato punível" (TACrimSP, in RJDTACrim 23/98).

 

CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Aumento de pena

  • - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

- em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

Com relação a Sergio, o artigo supra não se aplica, afinal como vendedor autonomo ele não detinha a posse do bem, então está incorreta a classificação. No crime de furto, temos a palavra SUBTRAIR.

Esta, no dispositivo legal, consiste em tirar; retirar de outrem, bem móvel sem a permissão com o ânimo definitivo de ficar com a coisa. É a retirada do bem sem o consentimento de quem detém ou possui o bem. A coisa não está com o sujeito ativo.

Já no crime de apropriação indébita, temos as palavras APROPRIAR-SE, POSSE E DETENÇÃO.

Ressalto que todas as palavras, aqui citadas, estão sendo analisadas, brevemente, dentro do dispositivo legal de cada uma.

Apropriar-se significa fazer sua coisa alheia como se sua fosse. Neste caso, o sujeito ativo tem, legitimamente, a posse ou detenção da coisa, ou seja, o bem está com ele, só que em momento posterior não a restitui (devolve) para quem de direito. Dessa forma, não há de se falar em subtração.

Posse significa retenção ou fruição, legitimamente, da coisa (alheia). Está em seu poder. Mais uma vez, é nítido que a coisa se encontra em poder do agente ativo.

A diferença entre furto e apropriação indébita fica bem clara quando analisamos os dois dispositivos. No furto, a coisa alheia móvel é subtraída, ou seja, a rés não está com o agente ativo, diferente da apropriação indébita em que o agente ativo já possui a posse ou detenção da coisa.

Por outro lado:

Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

  • 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
  • 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
  • 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico.


Furto qualificado


  • 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:

    I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;

II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;

III - com emprego de chave falsa;

IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

Aplica-se o artigo 155 Furto qualififcado, haja vista a existencia do concurso de pessoas.

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Milena Carvalho

O crime de peculato é um crime próprio, onde o tipo penal exige uma situação de fato ou de direito deferenciada por parte do sujeito ativo, mas podem ser praticados em coautoria, na impede seja um crime próprio cometido por uma epssoa que preecha uma situação fática ou jurídica pela lei em concurso com terceira pessoa, sem essa qualidade, ambos respondem por peculato. 

Essa conclusão se coaduna com a regra traçada pelo art. 30 do código penal por ser a condição de funcionário público elementar do peculato, comunica-se a quem participa do crime, desde que dela tenha conhecimento.

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Renato Bianchini Júnior

Deus te pague Milena muito obrigado!

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suelyn mello

 O Código Penal em seu art. 312 diz: ”Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio.”

Esta é a descrição do crime de peculato. Pela definição do Código, somente o funcionário público pode cometer este crime, via de regra.

Existe uma hipótese em que uma pessoa que não ocupe tal função pode praticar este delito: se esta pessoa praticar o crime em concurso com um funcionário público.

O concurso de agentes ou pessoas acontece quando dois ou mais agentes (pessoas) praticam em conjunto a conduta criminosa. A Teoria Monista (também chamada de Unitária) diz que: ”todos aqueles que colaboram para a prática de um crime respondem por esse mesmo crime.” Esta teoria foi adotada pelo Instituto Repressor. Sendo assim, se por exemplo, um funcionário público pratica o peculato em conjunto com outra pessoa que não o é, ambos respondem pelo mesmo crime, afinal, não podemos esquecer de que um dos requisitos para que haja o concurso é a unidade do crime, ou seja, devemos estar diante da prática de um único crime.

Essa questão é excelente para ser cobrada em concursos e provas, por isso, achamos interessante a sua abordagem em nosso espaço.

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