Está na Constituição e está expressamente previsto no texto da CF/88. (Art. 5º XXXIX)
O princípio da legalidade estabelece que não deve haver crime ou pena sem que haja uma lei anterior.
A ideia da legalidade era de justamente limitar o poder do soberano, impedindo que o cidadão fosse pego de surpresa com um conceito de crime. Ou seja, só existiria crime se houvesse lei e essa lei teria que ser antes da ocorrência do crime. Isso acontecia para que se evitasse que o conceito de crime ficasse ao controle do rei, pois a ideia era trazer uma segurança aos cidadãos.
Para que o princípio da legalidade, para que tenha uma eficácia completa, se divide em três:
* Reserva Formal
* Taxatividade
* Anterioridade
A regra é que a capacidade de legislar, é com o Poder Legislativo. Só que, no Brasil, outros poderes também podem criar leis.
A ideia de reserva formal é limitar a lei a uma espécie legislativa. Não é qualquer lei que vai ter conteúdo penal, algumas leis apenas. A reserva formal é a lei em sentido formal, discutida, aprovada e votada pelo Poder Legislativo apenas da União.
Além da reserva formal, a legalidade precisa atender a ideia de taxatividade.
Pela taxatividade, não basta que eu tenha uma lei em sentido formal, é necessário que essa lei descreva adequadamente o núcleo da proibição.
Ou seja, a lei tem que estabelecer exatamente a conduta incriminada.
A ideia é que o tipo penal não seja estabelecido de forma vaga.
A anterioridade é a impossibilidade da lei mais grave retroagir. Ou seja, a lei mais grave tem que ser anterior ao crime. Ex nunc.
A ideia é que o cidadão tenha possibilidade de escolha entre o licito e o ilícito e que você não persiga ‘’bodes expiatórios’’ ou seja, vi que o sujeito fez e crio a lei para poder incrimina-lo.
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