Respostas
Legitimidade: está baseada nos valores e crenças de uma determinada sociedade,em uma determinada epóca, que presidem a manifestação do concedimento e da obidiencia.
Legalidade: o poder é legalquando adquirido e exercido de acordo com a lei.
Obs: os conceitos de legitimidade e legalidade são diferentes,permanecendo diferentes mesmo no Estado de Direito,toda via, neste tipo de estado, a legitimidade se baseia na legalidade.
A autoridade só existe com a legitimidade, segundo Max Weber.
WOLKMER assinala que "a legalidade reflete fundamentalmente o acatamento a uma estrutura normativa posta, vigente e positiva", e que a legitimidade "incide na esfera da consensualidade dos ideais, dos fundamentos, das crenças, dos valores e dos princípios ideológicos". Sua aplicação envolve, como concepção do direito, "a transposição da simples detenção do poder e a conformidade do justo advogados pela coletividade".
A legalidade está relacionada à forma, enquanto a legitimidade está relacionada ao conteúdo da norma.
A legalidade, como acatamento a uma ordem normativa oficial, não possui uma qualidade de justa ou injusta. A ideologia legalista, por sua vez, parte da noção de legalidade para distorcê-la e, aí sim, servir como instrumento de injustiça.
Básicamente, distinguem-se no sentido de que LEGITIMIDADE pode ser interpretada como CAPACIDADE (de ser parte, de legislar, de praticar ato administrativo, de produzir efeitos, enfim... de PODER SER/FAZER ALGO em razão de quem/o que se "É", por atender a requisitos previstos em lei); enquanto que LEGALIDADE, pode ser entendida como a própria PREVISÃO OU ÂMPARO NA LEGISLAÇÃO POSITIVA até que esta perca sua validade, ou seja substituída.
Ao que parece, Kelsen buscava superar o 'ideal de legitimidade',identificando o Estado com o Direito, entendido como ordenamento coercitivo da conduta humana, sobre o qual a moral e a justiça nada têm a dizer, com o que restringia o Princípio da Legitimidade à questão da competência dos órgãos ou da validade das normas, sempre dependentes de uma norma superior do ordenamento" (Ricardo Lobo Torres, A Legitimidade Democrática e o Tribunal de Contas, Revista de Direito Administrativo 194, página 31).
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