Principais diferenças, conforme o site OAB_DICAS:
No caso de Dação em pagamento, sempre deverá existir o consentimento do credor em aceitar coisa diversa de dinheiro.
No caso de Novação, uma nova dívida é contraída, eliminando a anterior, o objeto da nova obrigação poderá ser o mesmo da obrigação antiga.
Vale lembrar que para identificar de qual instituto o examinador está falando, é preciso analisar cuidadosamente o animus, ou seja, a intenção do sujeito. Se a intenção for de resolver a obrigação, estamos diante do animus solvendi, por outro lado, se a intençãoNÃO for de extinguir a obrigação e sim criar outra para substituí-la, estamos diante doanimus novandi.
Bons estudos!
Conforme os ensinamentos de Carlos Roberto Gonçalves (fonte: Direito Civil Esquematizado, 2011) dação em pagamento é um acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do qual o primeiro concorda em receber do segundo, para exonerá-lo da dívida, prestação diversa da que lhe é devida. Em regra, o credor não é obrigado a receber outra coisa, ainda que mais valiosa (CC, art. 313).
Já no direito romano se dizia: aliud pro alio, invito creditore, solvi non potest (uma coisa por outra, contra a vontade do credor, não pode ser solvida). No entanto, se aceitar a oferta de uma coisa por outra, caracterizada estará a dação em pagamento. Tal não ocorrerá se as prestações forem da mesma espécie.
Preceitua o art. 356 do Código Civil:
“O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.”
Já a novação objetiva ou real se dá “quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior” (CC, art. 360, I). Ocorre, por exemplo, quando o devedor, não estando em condições de saldar dívida em dinheiro, propõe ao credor, que aceita, a substituição da obrigação por prestação de serviços. Para que se configure, todavia, faz-se mister o animus novandi, sob pena de caracterizar-se uma dação em pagamento, na qual o solvens não mais seria devedor. Já na novação, este continua a sê-lo. Produz, assim, a novação a mudança de um objeto da prestação em outro, quando não seja imediatamente transferido, como na dação.
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