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Dação em Pagamento - Direito Civil

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CC - Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002
Institui o Código Civil.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
§ 1º A assembleia-geral da companhia incorporadora, se aprovar a operação, deverá autorizar o aumento do capital, a ser realizado com as ações a serem incorporadas e nomear os peritos que as avaliarão; os acionistas não terão direito de preferência para subscrever o aumento de capital, mas os dissidentes poderão retirar-se da companhia, observado o disposto no art. 137, II, mediante o reembolso do valor de suas ações, nos termos do art. 230.
Lembramos que a Lei das S/A's exige que a avaliação dos bens sejam feitas por 3 (três) peritos ou empresa especializada, nomeados em assembleia geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira convocação com a presença de subscritores que representem metade, pelo menos, do Capital Social, e em segunda convocação com qualquer número.
Além disso, os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens avaliados, e estarão presentes à assembleia que conhecer do laudo, a fim de prestarem as informações que lhes forem solicitadas.
Base Legal: Art. 8º, caput, § 1º da Lei nº 6.404/1976
Dação em Pagamento
     A dação em pagamento é uma causa de extinção das obrigações para além do cumprimento.
 
     Efetivamente, o cumprimento é a causa de morte natural das obrigações. Porém, para além do cumprimento existem ainda outras causas que fazem extinguir as dívidas.
 
     Ora, a dação em pagamento é uma dessas causas e ocorre quando o devedor realiza uma prestação diferente daquela que era devida, com o assentimento do credor.
 
 
     Muitas vezes, quando os particulares se encontram com dificuldades em pagar o seu crédito à habitação propõem à Instituição Financeira a dação em pagamento, transferindo-se a propriedade do imóvel para o Banco e como contrapartida o devedor fica liberto desse crédito.
 
     Acontece que, o Banco tem a faculdade de aceitar ou recusar a dação em pagamento. Por outro lado, quando o devedor propõe esta saída o Banco terá que proceder a uma avaliação do valor dos imóveis através de um perito por si contratado.
Dois pontos importantes da lei federal é que a dação "será precedida de avaliação judicial do bem ou bens ofertados", e que isso será feito "segundo critérios de mercado", apontam os tributaristas. Segundo, isso significa que a avaliação será feita por um perito judicial e que a apuração do valor do imóvel tende a chegar num preço justo. 
Assunção de divida 
A assunção de dívida ou cessão de débito, assim também denominada por parte da doutrina, é matéria tratada na parte especial do Novo Código Civil, de modo que o velho Código Civil de 1916 era omisso nessa matéria. Tal instituto é regulado pelo direito das obrigações, no Capítulo II do Título II nos artigos 299 a 303. É, portanto, uma forma de transmissão das obrigações onde há uma alteração subjetiva, substituindo-se a parte passiva da relação obrigacional.
Dispõe o art. 299 do Código Civil
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Espécies de assunção de dívida:
 a. Privativa ou liberatória: O cedente é completamente substituído. Apenas esta é prevista no Código Civil (arts. 299 a 303, CC).
b. Cumulativa: Insere mais um devedor no polo passivo (ampliação do polo passivo da obrigação, reforçando o débito). Não é prevista pelo Código Civil, mas admitida em virtude do exercício da autonomia da vontade.
c. Por expromissão (assunção externa): Ocorre quando a cessão decorre de negócio realizado entre o terceiro e o credor sem a participação ou anuência do devedor. É a forma mais comum, embora não tenha sido prevista pelo legislador do Código de 2002.
d. Por delegação (assunção interna): Ocorre quando a cessão decorre de negócio realizado entre o terceiro (delegado) e o devedor (delegante) com a concordância do credor (delegatário). Afirma-se que apenas esta foi prevista pelo Código Civil brasileiro pela redação dada ao art. 299, CC.
Requisitos da assunção de dívida :
 a. Podem ser objeto de cessão dívidas presentes e futuras. Por se tratar de negócio jurídico exige os elementos de validade do art. 104, CC. Não podem ser objeto de cessão as obrigações personalíssimas.
b. Anuência expressa do credor, uma vez que a transmissão ao novo devedor dependente da idoneidade patrimonial deste (art. 299, CC).
b.1. Não se admite (em regra) anuência tácita, mas o art. 303, CC, admite-a no caso de adquirente de imóvel hipotecado.
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entenderse-á dado o assentimento.
b.2. O consentimento pode ser prévio, simultâneo ou posterior, mas é elemento de validade e deve ser expresso. O silêncio do credor deve ser considerado como recusa.
b.3. Não há forma específica para o consentimento que, inclusive, pode ser verbal (lembrar a limitação do art. 299, CC).
c. Solvência do novo devedor ao tempo da assunção da dívida.
c.1. Pergunta-se: seria lícita a cláusula contratual exoneratória da responsabilidade do devedor primitivo quando o novo devedor for insolvente ao tempo da assunção? Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves de Farias entendem que sim (2008, p. 243), em virtude do risco assumido pelo credor.
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo.
Características da assunção de dívida:
a. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo (art. 302, CC). Pode apenas opor as exceções pessoais que lhe dizem respeito diretamente. 
b. A cessão extingue as garantias especiais (cauções reais e fidejussórias) originariamente dadas pelo devedor primitivo, salvo consentimento expresso do cedente ou dos garantidores (art. 300, CC).
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
c. Sendo a cessão anulada, restaura-se o débito com todas as suas garantias (art. 301, CC), salvo as prestadas por terceiros (exceto se tinham conhecimento do vício).
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação.
d. A lei não admite a exoneração do devedor se o terceiro (assuntor) era insolvente e o credor ignorava esta condição. Art. 299.
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Como negócio jurídico bilateral deve preencher os requisitos de validade do art. 104, CC, restringindo-se, no entanto, a contratos bilaterais.

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