Grava a inserção, no território nacional, de bens procedentes de outros países, segundo o disposto no artigo 19 do CTN.
O ente federativo para instituir tal imposto é a União, conforme previsto no artigo 153, I da CRFB.
É considerado extrafiscal em sua função, pois é regulado não por motivos de arrecadação, mas por razões de política econômica e fiscal, consistindo em importante instrumento para esta regulação, e por isso mesmo sua alíquota pode ser alterada por decreto presidencial, havendo mitigação do princípio da legalidade, não incidindo a anterioridade.
“Art. 1º - O Imposto sobre a Importação incide sobre mercadoria estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no Território Nacional”.
Segundo Eduardo Sabbag, “o fato gerador do imposto em comento é a entrada real ou ficta do produto estrangeiro no território nacional, cabendo ao intérprete assimilar o elemento temporal do fato gerador, à luz de uma ficção jurídica, como o momento do início do despacho aduaneiro, assim entendido o momento da apresentação ou registro da Declaração de Importação ou documento que lhe faça substituir (e demais documentos pertinentes ao desembaraço), perante a autoridade aduaneira (Receita Federal do Brasil) para a liberação da mercadoria estrangeira entrepostada ou depositada”.
O Imposto sobre a exportação também deve ser instituído pela União (art. 153, II da CRFB).
Sua função também é predominantemente econômica e extrafiscal, incidindo sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados. Sua alíquota pode ser alterada por decreto presidencial, havendo mitigação do princípio da legalidade, não incidindo a anterioridade.
“Art. 23. O imposto, de competência da União, sobre a exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional.”
Segundo Sabbag, "o fato gerador do Imposto de Exportação é a saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados, cabendo ao intérprete assimilar o elemento temporal do fato gerador como o momento da liberação pela autoridade aduaneira ou a data de embarque ou saída constante na Declaração de Exportação. Portanto, o fato gerador é a saída do território, mas o momento (ficção jurídica) em que se materializa é o da expedição da guia de exportação ou documento equivalente, podendo sua exigibilidade acontecer mesmo antes que se opere a saída do produto, a critério da Receita Federal, nos termos do artigo 1º, § 1º, do Decreto-lei nº 1.578/77”.
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