sobre a relaçao entre escola e sociedade?
A escola enquanto aparelho ideológico do Estado
Distinção entre aparelhos repressivos de Estado: governo, administração, exército, polícia, etc. que agem pela força e violência. Aparelhos ideológicos de Estado: família, igreja, escola, político, informação, etc. que agem pela ideologia, discurso.
A escola como violência simbólica
Reforça as relações de poder por meio da violência simbólica da cultura, ou seja, de modo dissimulado, inclusive na ação pedagógica.
A escola dualista
No modo de produção capitalista existem 2 redes distintas de educação acordo com a divisão social de classe: burguesia e proletariado. A PP (primária profissionalizante) destina-se às camadas pobres. A SS (secundária superior) destina-se à burguesia.
A escola na época do período militar também foi considerada um instrumento de reprodução da ideologia expressa na política governamental, sobre a educação, Silva e Silva (2006, p. 24), afirmam que,
Nessa época, a escola é utilizada como veículo de inculcação dos ideais da “revolução” (Brasil: ame-o ou deixe-o). Também nesse mesmo período transfere-se o protagonismo do Planejamento Educacional dos educadores para os tecnocratas, isso, em termos organizacionais, visto que o Ministério da Educação é subordinado ao Ministério do Planejamento, cujos corpos técnico e dirigente, eram oriundos da área de Ciências Econômicas. Dessa forma, os Planos para a educação estavam diretamente ligados aos Planos Nacionais de Desenvolvimento (PNDs) do país, ganhando a denominação de Planos Setoriais de Educação e Cultura. Isto mostra que o Planejamento Setorial da Educação estava relacionado por lei às diretrizes e normas do Plano Geral do Governo.
Concluindo, no período que compreende o Movimento dos Pioneiros da Escola Nova até o início da Nova República, após o governo militar, a concepção de planejamento foi mudando, de acordo com a hegemonia e forças do grupo que ocupa o poder político, passando de um enfoque “tecnicista para uma dimensão política; de uma concepção normativo/prescritiva da realidade futura, para a dimensão estratégica, com definição de diretrizes orientando a transformação da realidade e de objetivos e metas como apostas da caminhada rumo ao futuro desejado e possível”. (BRASIL, 2011).
Com isso, o planejamento nas instituições de ensino superior ficou à deriva desses movimentos, ora com menos autonomia e, por isso, adotando as tendências, prescrições legais e orientações dos órgãos responsáveis pela normatização da educação brasileira, de caráter burocrático e de controle, ora com maior autonomia procurando se firmar como espaço de identidade própria, construindo seu projeto pedagógico de acordo com suas peculiaridades e inserção social.
Portanto, a preocupação com o planejamento e o plano como instrumentos que permitem diagnosticar, acompanhar e avaliar o processo de ensino e de aprendizagem do aluno bem como a prática pedagógica do professor é muito recente na história da educação brasileira.
O entendimento da importância do planejamento e do plano, elaborado a partir do debate empreendido no momento do planejamento, exige a postura reflexiva por parte do professor, levando-o a se tornar autor da sua ação pedagógica e, portanto a pessoa que deve ter maior interesse em ter autonomia na busca de respostas para os desafios que defronta no cotidiano da sala de aula.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Fundamentos da Filosofia e Educação
•UP
Compartilhar