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Teorias do Conhecimento na Antiguidade

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Prof. Tadeu Santos
UNIDADE II
Fundamentos de Filosofia 
e Educação
Platão
 Nascido numa família ateniense nobre, Platão tinha parentesco com membros do governo 
aristocrático dos Trinta Tiranos (404-403 a.C.).
 Em sua maioria, as obras de Platão têm a forma de diálogos e são tradicionalmente divididas 
em diálogos iniciais, médios e tardios. 
 Os diálogos iniciais têm Sócrates como protagonista e 
considera-se que retratam bem o pensamento do seu mentor. 
Nos diálogos médios começa a desenvolver doutrinas 
positivas. Os diálogos tardios são críticas às teorias 
anteriores formuladas. 
O problema do conhecimento
A teoria do conhecimento na antiguidade e na Idade Média
 Platão pensava que as coisas percebidas pelos sentidos estão sempre se tornando outra 
coisa. Por mais duradouras que sejam, os fatos sobre a realidade física um dia cessarão. 
 Mas o conhecimento, concluiu ele, tem que ser daquilo que é plenamente, o que significa 
que não podemos ter, de fato, conhecimento do mundo dos sentidos. 
 Platão divide a realidade em dois reinos, o mundo físico do “vir-a-ser” e um mundo do ser, 
constituído por ideias eternas e perfeitas. 
A teoria do conhecimento na antiguidade
 Para Platão, em geral, temos apenas conhecimento implícito das ideias e cabe à filosofia 
levar o conhecimento latente em nós à consciência. Portanto, aprender não é realmente 
descobrir algo novo, mas recordar.
 Para Platão, o mundo sensível é o nosso mundo material, é o mundo das aparências, que é
múltiplo, mutável – regido pela doxa (opinião). Já o mundo das ideias é idêntico e 
permanente, regido pela episteme (conhecimento). Dessa forma, é necessário sair do mundo 
das aparências e ascender até o mundo verdadeiro das ideias. 
A teoria do conhecimento na antiguidade
 Segundo Platão, atingir o conhecimento implica converter o sensível ao inteligível, ou seja, 
despertar, reviver e relembrar esse conhecimento esquecido. Dessa forma, a alma se liberta 
das aparências.
 Em A República, a caverna é uma alegoria ao modo como homens permanecem antes da 
filosofia, tal como sua subida ao mundo superior. O homem comum, prisioneiro de hábitos, 
preconceitos, costumes e práticas que adquiriu desde a infância, é um homem que está na 
caverna e só consegue enxergar as coisas de maneira parcial, limitada, incompleta e 
distorcida, como “sombras”. Na caverna, só veriam as sombras, ou seja, estariam presos 
nas correntes da ignorância, não entendendo o mundo em que vivem. 
A teoria do conhecimento na antiguidade
A ideia de que existe uma ordem eterna sob o mundo cambiante das aparências teve profundo 
impacto sobre Platão. Essa ideia pode ser atribuída a:
a) Parmênides.
b) Heráclito.
c) Anaximandro.
d) Sócrates.
e) Aristóteles.
Interatividade
A ideia de que existe uma ordem eterna sob o mundo cambiante das aparências teve profundo 
impacto sobre Platão. Essa ideia pode ser atribuída a:
a) Parmênides.
b) Heráclito.
c) Anaximandro.
d) Sócrates.
e) Aristóteles. 
Resposta 
 Filho de um médico da família real da Macedônia, Aristóteles foi frequentador da Academia 
Ateniense, sendo o mais prestigiado discípulo de Platão. No entanto, Aristóteles não pôde 
assumir a liderança da Academia porque era meteco, isto é, não era ateniense. Devido à sua 
fama, Aristóteles, em 333 a.C., foi convidado por Felipe da Macedônia a encarregar-se da 
educação de seu filho Alexandre, futuro senhor do mundo. 
 Aos 49 anos, Aristóteles fundou, perto do templo de Apolo Lício, sua escola, o Liceu, rival da 
Academia de Platão. 
A teoria do conhecimento na antiguidade – Aristóteles 
 Aristóteles foi um severo crítico de Platão. O ponto central de sua contestação consiste na 
rejeição do dualismo – mundo sensível e mundo inteligível – representado pela teoria 
das ideias.
 Para Aristóteles, todo conhecimento principia com os sentidos ou as sensações (aisthesis), 
de maneira que não há “nada no intelecto que não estivesse antes nos sentidos”: 
a sensação, portanto, não é o engano ou a mentira, como dizia Platão. 
A teoria do conhecimento na antiguidade – Aristóteles 
 É a partir da memória que retemos dados do mundo sensorial e, assim, criamos experiências 
a partir das quais estabelecemos relações entre os dados sensoriais e aquilo que está na 
memória. A partir das experiências passamos a elaborar os conceitos e, com a repetição de 
dados sensoriais, o homem cria conclusões e expectativas.
 A partir disso, a etapa seguinte é a techné, isto é, a arte ou técnica. A techné significa saber 
“o porquê das coisas”, as regras que nos permitem produzir determinados resultados, o que 
nos dá a possibilidade de ensinar. Para Aristóteles, de modo geral, quem conhece as regras, 
isto é, possui a techné, é superior a quem apenas possui a técnica.
A teoria do conhecimento na antiguidade – Aristóteles 
 A última etapa do conhecimento, a mais elevada para Aristóteles, é a episteme, quer dizer, a 
ciência ou o conhecimento: trata-se do conhecimento do real em seu sentido mais abstrato e 
genérico, quer dizer, as leis da natureza ou do cosmo. É um saber gratuito, uma finalidade 
em si mesma, que satisfaz uma curiosidade natural no homem, o desejo de conhecer, sem 
objetivos práticos imediatos. 
A teoria do conhecimento na antiguidade – Aristóteles 
Leonardo da Vinci e Michelângelo – Escola de Athenas 
Fonte: Arquivo pessoal.
Com os filósofos gregos, estabeleceram-se alguns princípios gerais do 
conhecimento verdadeiro:
 As fontes e as formas de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, 
linguagem, raciocínio e intuição intelectual;
 A distinção entre o conhecimento sensível e o conhecimento intelectual;
 A diferença entre opinião e saber;
 A diferença entre essência e aparência;
 Distinção de campos do saber de acordo com Aristóteles; teorético, prático e técnico. 
Princípios gerais
Aristóteles tem uma famosa obra: Ética a Nicômaco. A ética é um campo de que 
conhecimento?
a) Teorético.
b) Prático. 
c) Técnico.
d) Moral.
e) Teórico. 
Interatividade
Aristóteles tem uma famosa obra: Ética a Nicômaco. A ética é um campo de que 
conhecimento?
a) Teorético.
b) Prático. 
c) Técnico.
d) Moral.
e) Teórico. 
Resposta
 A Idade Média abrange o período entre o século V (queda do Império Romano do ocidente) e 
o século XV (queda do Império Romano do oriente, quando Constantinopla foi tomada 
pelos turcos). 
 A Igreja desponta como a grande herdeira do patrimônio cultural da antiguidade clássica. Ela 
é detentora da escrita e do conhecimento, e, nos mosteiros, encontram-se abrigadas as 
grandes bibliotecas. 
A filosofia medieval: patrística e escolástica 
 Uma das principais questões discutidas nesse tempo é a relação entre teologia e filosofia, ou 
seja, entre fé e razão.
 No período de decadência do Império Romano, quando o cristianismo se expande, a partir 
do século II – portanto ainda na Antiguidade –, surge a filosofia dos Padres da Igreja, 
conhecida também como patrística. 
 Os padres recorrem inicialmente à filosofia platônica por intermédio do neoplatonismo de 
Plotino (204-270) e realizam uma grande síntese com a doutrina cristã, adaptando o 
pensamento pagão. 
A filosofia medieval: patrística e escolástica 
 O principal nome da patrística é Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona, cidade do 
norte da África. Agostinho retoma a dicotomia platônica “mundo sensível e mundo das 
ideias”, mas substitui este último pelas ideias divinas. 
 A partir do século IX, desenvolve-se a escolástica, filosofia cristã que atinge seu apogeu no 
século XIII, com São Tomás de Aquino. Nesse período continua a aliança entre razão e fé, 
em que a razão é sempre considerada a “serva da teologia”. 
A filosofia medieval: patrística e escolástica 
 São Tomás de Aquino (1225-1274) utiliza traduções de Aristóteles feitas diretamente do 
grego e faz a síntesemais fecunda da escolástica, que será conhecida como filosofia 
aristótelico-tomista. 
 Embora continuasse a valorizar a fé como instrumento do conhecimento, Tomás de Aquino, 
devido à influência aristotélica, nem por isso desconsidera a importância do 
conhecimento natural. 
A filosofia medieval: patrística e escolástica 
São Tomás de Aquino recuperou o pensamento original de Aristóteles na Idade Média, fez 
adaptações à visão cristã e escreveu uma monumental obra chamada:
a) Suma Teológica. 
b) A República.
c) Giotto.
d) O Príncipe.
e) A Dialética. 
Interatividade
São Tomás de Aquino recuperou o pensamento original de Aristóteles na Idade Média, fez 
adaptações à visão cristã e escreveu uma monumental obra chamada:
a) Suma Teológica. 
b) A República.
c) Giotto.
d) O Príncipe.
e) A Dialética. 
Resposta
 As transformações trazidas no bojo do Renascimento – antropocentrismo, heliocentrismo, 
tendência à laicização do saber, individualismo – levarão pensadores do século XVII a 
questionar a própria capacidade humana de conhecer. Qual o método adequado para 
adquirir conhecimento? Como garantir que o conhecimento obtido é de fato verdadeiro? 
 Se a preocupação anterior era uma preocupação metafísica do conhecimento do ser 
enquanto ser, agora há uma preocupação epistemológica de como se processa o 
conhecimento do ser. 
A teoria do conhecimento na Idade Moderna 
 As principais correntes que na Idade Moderna buscam explicar o processo de conhecimento 
na relação sujeito e objeto são a do racionalismo e a do empirismo. 
 Os racionalistas têm seu grande representante em Descartes. De um modo geral, priorizam 
a razão no processo de conhecimento e aceitam a existência de ideias inatas, independentes 
da experiência. 
 Já os empiristas, entre eles Bacon, Locke e Hume, enfatizam o importante papel da 
experiência sensível para a aquisição do conhecimento. 
A teoria do conhecimento na Idade Moderna 
Racionalismo 
 René Descartes é responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano, segundo o 
qual o homem não pode alcançar a verdade pura através de seus sentidos: as verdades 
residem nas abstrações e em nossa consciência, na qual habitam as ideias inatas. 
 O objetivo de René Descartes é obter um conhecimento verdadeiro, no qual não reste 
nenhuma possibilidade de incerteza, passa a utilizar a dúvida como método, levando esta às 
últimas consequências. 
A teoria do conhecimento na Idade Moderna 
Empirismo
 John Locke, em seu ensaio acerca do entendimento humano, critica a teoria das ideias 
inatas de Descartes. Ele concebe que a alma é como uma lousa sem inscrições, como uma 
lousa em branco, e, dessa forma, o processo de conhecimento só se inicia na relação com 
os objetos, na experiência sensível. 
 Para Locke, a experiência sensível, a experiência com o 
mundo material exerce um papel fundamental na aquisição do 
conhecimento. Enquanto Descartes enfatiza o papel do sujeito 
no processo de conhecimento, Locke enfatiza o papel da 
experiência sensível nesse processo. 
A teoria do conhecimento na Idade Moderna 
Kant
 Para ele, o conhecimento é constituído de forma e matéria. A forma do conhecimento é dada 
pela razão, que é uma estrutura a priori, isto é, anterior à experiência e independente dela. 
Já os seus conteúdos são empíricos, ou seja, a matéria do conhecimento depende da 
experiência que temos com os objetos. 
 Enquanto os racionalistas privilegiam a razão no processo de conhecimento e os empiristas 
a experiência sensível, Kant realiza uma espécie de síntese entre as duas concepções. 
A teoria do conhecimento na Idade Moderna 
Enquanto o pensamento medieval é predominantemente teocêntrico (centrado na figura de 
Deus), o homem moderno coloca a si próprio no centro. Esse movimento é conhecido como:
a) Heliocentrismo.
b) Antropológico.
c) Antropocentrismo.
d) Ceticismo.
e) n.d.a.
Interatividade
Enquanto o pensamento medieval é predominantemente teocêntrico (centrado na figura de 
Deus), o homem moderno coloca a si próprio no centro. Esse movimento é conhecido como:
a) Heliocentrismo.
b) Antropológico.
c) Antropocentrismo.
d) Ceticismo.
e) n.d.a.
Resposta
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. São Paulo: 
Moderna, 1993.
CHAUI, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1997.
CHAUI, M. Introdução à história da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. São Paulo: 
Brasiliense, 1994. 
GUIA DO ESTUDANTE. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/rene-
descartes/. Acesso em: 22 set. 2021. 
Referências
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