A Boa-Fé objetiva compõe-se de regras gerais de conduta impostas pela sociedade como um todo, levando transparência entre as relações, caracterizada como “um dever de agir de acordo com determinados padrões, socialmente recomendados, de correção, lisura e honestidade”. Não se faz necessário para a validade de um negócio jurídico a mera inexistência de vícios do consentimento ou vícios sociais. Devem estes estar de acordo com a cláusula geral da Boa-fé objetiva.
O princípio da boa-fé objetiva é paradigma do Código Civil de 2002 e remete ao espírito de cooperação, lealdade, confiança, zelo, solidariedade, probidade, dentre outras tantas características fundamentais ao relacionamento público e privado. Vejamos a justificativa de adoção da boa-fé objetiva enquanto princípio civilista.
Vem previsto em diversas passagens, mas como cláusulas gerais podemos citar: arts. 113, 187 e 422
"Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé."
O princípio da boa-fé objetiva possui três funções: interpretativa, integrativa e de controle.
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