É resolvido conforme a interpretação do artigo 13 e seu §1º ambos do Código Penal que dispõem:
Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Superveniência de causa independente
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Quando a causa é superveniente absolutamente independente o agente não responde pelo resultado gravoso e sim, em tese pela forma tentada do crime. Ex.: A coloca veneno na comida de B e esse por sua vez após a refeição é morto por vários tiros provenientes da arma de C. Nesse caso A responderá por tentativa de homicídio.
Quando a causa é superveniente relativamente independente deve ser verificado que essa causa por si só causou ou não o resultado danoso. Se ela por si só causou o resultado mais grave o agente responderá pelo resultado menos grave.
Ex. 1 causa superveniente que por si só causou o o resultado: A defere um tiro em B. B dentro da ambulância a caminho para o hospital morre depois que uma carreta bateu na ambulância em questão. Nesse caso A responderá apenas por tentativa de homicídio, pois, a carreta por si só causou o resultado morte em B.
Ex. 2 causa superveniente que por si só não causou o resultado: A defere um tiro em B. Esse é levado ao hospital e morre em virtude de uma infecção por causa dos ferimentos. Nesse caso o resultado morte é atribuído a A, pois, a infecção é previsível no acontecimento em questão.
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