Mário ajuizou demanda de cobrança em face de Risonho, sob o argumento de que havia firmado contrato de mútuo com o réu, o qual continha previsão de pagamento do dinheiro emprestado em 16/05/2014. Requereu a condenação em R$ 170.000,00, consistentes no valor emprestado, correção monetária e demais encargos previstos legal e contratualmente. Ao sentenciar, o juiz julgou improcedente a demanda, tecendo inúmeras considerações sobre a inexistência de provas nos autos. O autor interpôs recurso de apelação, cuja petição simplesmente reiterou os argumentos de sua inicial, sem qualquer cotejo com o fundamento da sentença. Há alguma ofensa aos princípios atinentes aos recursos? Explique.
Sim. Há clara ofensa ao princípio da dialeticidade, constatada pela mera reprodução dos argumentos deduzidos no primeiro grau, devendo o Relator ao receber o recurso, não conhecê-lo, nos moldes do art. 932, do CPC/15. Frise-se que o STJ tem firmado entendimento recente de que a mera reprodução dos argumentos não ofende o principio da dialeticidade recursal, desde que haja ao menos, menção da sentença recorrida.
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Direito Processual Civil IV
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