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Caso prático - Coisa julgada

Pedro (menor) representado por sua mãe entra com ação de alimentos contra João. A ação é somente de alimentos. Durante a instrução probatória diversas foram as provas de que João tivera um caso com a mãe de Pedro. Testemunha disseram, inclusive, que a mãe de Pedro nunca sequer chegou a ter contato com outro homem. O juiz condena Jão a pagar alimentos, transitando em julgado. Pergunto..... João ser o pai transitou em julgado? João pode ingressar com ação para dizer que não é o pai?

💡 4 Respostas

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CARLOS ALBERTO CERQUEIRA DOS SANTOS

A questão versa sobre os limites objetivos da coisa julgada. Como se sabe, a delimitação do que será reputado como imutável pela coisa julgada é o objeto do processo, isto é, o pedido que fora devidamente provido pelo julgador, ou, em outras palavras, a parte dispositiva da decisão, não seus fundamentos.

A medida do que se percebe no caso proposto, não houve pedido de reconhecimento forçado da paternidade. o deslinde da demanda considerou a paternidade como materia prejudicial que constou do fundamento da decisão, mas não obteve o preceito declaratório. dessa forma não lhe sobreveio o manto da coisa julgada. Para tanto seria necessário o pedido declaratório incidental, reconhecidamento possivel tanto pelo autor quanto pelo réu, sendo para o ultimo uma ação contraposta.

Tendo em vista a inexistencia de demanda declaratória incidental, figura-se possivel a rediscussão da paternidade, agora em ação própria intentada por João negando tal atribuição. Mais: É possivel que neste writ seja comprovada a negativa de paternidade e declarada pelo juiz, tendo cobertura pela coisa julgada e divergindo dos fundamentos da demanda anterior, possibilitando a solução de continuidade da obrigação alimentar, tanto pela via da AR quanto pela Ação de Exoneração.

Abç. 

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Luna D'eça

Estão ligados ao rpocedimento e seu desenvolvimento é valido até o final. Por serem vicios graves, a ofensa dos pressupostos tambem podem acarretar , a nulidade absoluta reconhecivel, entretanto até o prazo de dois anos da ação resisória. Tal descrição presente pela gradação esta prevista no Artg 485,Ia V ; 

O ordenamento veta dois julgamentos de merito sobre a mesma demanda ,inquinando de nulo a segunda decisão. ( coisa julgada) 

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Eliana Naomi Kawakita

A dispeito da questão em deslinde, há que se atentar que João acabou produzindo provas contra si mesmo, a este âmbito, o que transitou em julgado foi a concessão de alimentos a Pedro e não quanto a João ser o "pai", porém, nesta questão apresentada, deve-se verificar que na pratica, é aplicável uma analogia a este respeito, pois se João fora condenado ao pagamento de alimentos, não fora por mera presunção do Juiz, e somente com oitiva de testemunhas não seria composta o rol de provas, afinal, qual requerido ao pagamento de alimentos não pediria exame de DNA?? Ou seja, se acaso, chegar alguém com um bebê nos braços e disser que é seu, você simplesmente chama seu vizinho, o cara da esquina e a dona da padaria que você vai todo dia de manhã comprar pão para simplesmente comprovar por oitiva de testemunhas que você não teve relações com a "fulana de tal"???

Resumindo: A grosso modo, em pratica se pede o reconhecimento de paternidade juntamente com o pedido apresntado de pretensão de alimentos ao João. E não, a respeito de João ser o pai da criança, se não houve o pedido, não teve transito em julgado, afinal o juiz não pode julgar nada ou conceder nada que não esteja nos pedidos dos autos, neste caso ele não pode agir ex officio. 

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