DOLORES, 43 anos, mãe da adolescente JANAÍNA, de 16 anos, flagra a menina, sozinha, chorando em seu quarto. Instada a explicar o motivo de sua tristeza, a jovem relata à mãe que, por duas semanas consecutivas vem sendo assediada por FELISBERTO, guarda municipal com lotação e atribuição local, prestando serviços de vigilância e ronda escolares. Segundo a adolescente, notadamente na esquina do quarteirão da escola, FELISBERTO espera sua passagem para proferir palavras como “gostosa”, “quero sair com você”, “vamos curtir um cinema” e etc. Indignada com o acontecido, DOLORES combina com JANAÍNA que no dia seguinte vai acompanhá-la à escola, no entanto, em uma distância razoável objetivando constatar in loco as investidas de FELISBERTO. Dessa maneira, no dia seguinte, quando JANAÍNA chega ao quarteirão da escola já encontra FELISBERTO se aproximando dela, ocasião em que, DOLORES, vindo um pouco atrás, empunha um revólver 38 que traz consigo, disparando três tiros certeiros nas costas de FELISBERTO que vem a óbito imediatamente em decorrência das respectivas lesões.
Considerando o caso aventado, realize, fundamentadamente, a adequação típica pertinente.
homicidio doloso. Simples, assim.
Não necessita divagar acerca do assunto, uma vez que a DOLORES já tinha premeditado o acerto de contas. Alem do mais não foi legitima defesa putativa ou de terceiros, até porque não houve ameaça alguma.
Nesse caso Dolores cometeu o crime de homicídio privilegiado-qualificado conforme o artigo 121 1º, 2º IV do Código Penal, pois a autora agiu impelida por motivo de relevante valor moral (Felisberto ficava constrangendo sua filha de 16 anos) e utilizou de um meio que impossibilitou a defesa do ofendido.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar