Sim, qualquer pessoa física ou jurídica pode ser caracterizado como consumidor desde que o produto ou serviço sejam facilmente encontrados no comércio em geral e sejam empregados e consumidos nas atividades meios destas pessoas.
Exemplo uma turbina para uma usina hidroelétrica não pode ser considerada abrangida pelo CDC porque é um bem que não encontra-se no comércio em geral, é uma enconmenda especial de engenharia e portanto o contrato é empresárial.
Já uma impressora é um produto que está no comércio e uma pessoa jurídica privada ou pública que utilize esse bem como consumidor final está abrangida pelo CDC.
Esta matéria está melhor explicada no livro Curso de Direito do Consumidor. do Rizato Nunes.
Sim, mas o produto ou o bem deve ser fácilmente encontrado no comércio, ser fabricado em série, estar numa rede de distribuição e oferecido com ofertas por meios de comunicação em massa, ou seja e ser feito e estar disposto para e em uma "relação de consumo".
A chave é estar caracterizada a "relação de consumo".
Rizzato Nunes assim define:
"O Código de Defesa do Consumidor regula situações e que produtos e serviços são oferecidos ao mercado de consumo para que qualquer pessoa as adquira, como destinatária final. Há, por isso, uma clara preocupação com bens típicos de consumo, fabricados em série, levados ao mercado numa rede de distribuição, com ofertas sendo feitas por meio de dezenas de veículos de comunicação, para que alguém em certo momento os adquira. Aí está o caminho indicativo para a solução. Dependendo do tipo de produto ou serviço,aplica-se ou não o Código, idependentemente de o produto ou serviço estar sendo usado ou não para a "produção" de outros.
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NO entanto, pode acontecer - e ocorre mesmo, na realidade - de um produto ser típico de produção e ser adquirido por um consumidor para seu uso pessoal. É o caso de um grande avião, digamos, um Boeing 737. Não há dúvidas de que esse avião é típico de produção, (utilizado no transporte comercial de cargas e passageiros), porém há milionário que o adquire para seu uso pessoal. Nessa hipótese, temos de aplicar, pela via de exceção, a regra geral do destinatário final - consumidor. É que no caso atuando como comprador-consumidor que quer o bem para uso próprio, mesmo que ele não tenha sido planejado, projetado e montado para o fim de consumo, foi vendido e adquirido para tal. Daí nessa relação jurídica específica também incidem as regras da Lei 8.078/90."
Concluíndo, não importa qual pessoa é destinatária do bem, pode ser natural ou jurídica privada ou pública, se configurou a "relação de consumo" aplica-se o CDC. Mas é claro que sempre teremos casos concretos que despertem dúvidas devido sua ocorrência fora dos padrões normais do cotidiano.
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