muita dúvida ...

Rangel partindo do pressuposto que ato ílicito é tudo que a lei definir como tal, em sentido unicamente formal sua afirmação está correta. Inclusive uma visão exclusivamente positivista do ordenamento jurídico, conforme já ensinava Hans Kelsen.

Inclusive no art. 1.210 § 1º também do código civil, diz que: "O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse." Mas neste mesmo dispositivo legal, notamos que o legislador limitou o agir do possuidor turbado ou esbulhado dizendo que suas ações para recuperação da posse não poderiam ir além do insdispensável, ou seja, temos que correlacionar com os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. 

Pois caso venhamos a exagerar respoderemos civilmente, por possíveis danos morais e materiais, e criminalmente pois estaremos comentendo crime de Exercício arbitrário das próprias razões como está previsto no art. 345 do Código Penal.

Interpretando o artigo, é retratado de uma forma explícita de que é previsto o uso da força mediante situação de legítima defesa(art. 1.210 § 1º Código Civil), mediante esbulho. Entretanto, deixa de ser legítima defesa , o ato de exagero de força bruta para a restituição da posse (art.345 Código Penal), estará sujeito a responder civil e criminalmente perante tal fato.