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1. Sobre os conceitos de legitimidade e legalidade, assinale a resposta incorreta Legalidade: o poder racionalmente justificado se manifesta tão somente pela racionalidade da lei, e não, pela autoridade do líder. Legitimidade: o Estado nem sempre precisa formular políticas governamentais para legitimar seu poder. Legalidade: regras permanentes e válidas que abrigam os indivíduos de conduta arbitrária e imprevisível dos governantes Legitimidade: segundo o governo absolutista de Thomas Hobbes, o soberano representa com legitimidade os três poderes. Legitimidade: segundo Max Weber, o Estado, na qualidade de detentor do poder soberano, tem monopólio legítimo do uso da força.

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taina cristiany

BATEU UMA DOR D CABEÇA

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LR

RESPOSTA: Legitimidade: segundo o governo absolutista de Thomas Hobbes, o soberano representa com legitimidade os três poderes.

JUSTIFICATIVA: No absolutismo descrito por Hobbes só há dois poderes de grande força: o poder soberano e o poder religioso. O poder religioso, por representar a única ameaça real ao poder soberano não pode estar em mãos se não do próprio soberano, é neste sentido que Hobbes faz sua defesa a um Absolutismo sem teologia.

Ao definir Estado, Hobbes faz uma metáfora, onde o Estado é representado por Leviatã, um Deus Mortal e abaixo do Deus Imortal, segue passagem: “A única maneira de instituir um tal poder comum, capaz de defende-los das invasões dos estrangeiros e das injúrias uns dos outros, garantindo-lhes assim uma segurança suficiente para que mediante seu próprio labor e graças aos frutos da terra, possam alimentar-se e viver satisfeitos, é conferir toda sua força e poder a um homem, ou a uma Assembleia de homens, que possa reduzir suas diversas vontades, por pluralidade de votos, a uma só vontade. (…) Feito isso, à multidão unida numa só pessoa se chama Estado, em latim civitas. É esta a geração daquele grande Leviatã, ou antes (para falar em termos mais reverentes) daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa. Pois graças a esta autoridade que lhe é dada por cada indivíduo no Estado, é-lhe conferido o uso de tamanho poder e força que o terror assim inspirado o torna capaz de conformar as vontades de todos eles, no sentido da paz em seu próprio país, e de ajuda mútua contra os inimigos estrangeiros. É nele que consiste a essência do Estado, a qual pode ser assim definida: Uma pessoa de cujos atos uma grande multidão, mediante pactos recíprocos uns com os outros, foi instituída por cada um como autora, de modo a ela poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum.” (HOBBES, 1988: 105-106); “Àquele que é portador dessa pessoa se chama soberano, e dele se diz que possui o poder soberano. Todos os restantes são súditos.” (HOBBES, 1988: 106).

A grande defesa de Hobbes era por um Absolutismo sem teologia: “é partidário do poder absoluto e admite, ao mesmo tempo, o pacto social.”. Ou seja, o filósofo não vê um antagonismo entre o pacto social e o absolutismo, vê em realidade que “o pacto conduziria necessariamente ao absolutismo”(HOBBES, 1988: XVI). Para Hobbes, quando o poder está divido em diversos locais na sociedade, a finalidade do pacto, que é a de garantir a paz entre os homens, se finda impossível de ser concretizada. Hobbes entende que há na religião um grande poder e que este poder se distingue da soberania civil. Havendo a coexistência do poder cuja a origem vem da soberania civil, ou seja, do Estado, e um poder distinto que provêm da religião, o conflito, segundo a teoria hebbesiana, é inevitável: “Hobbes não vê solução para esses conflitos a não ser pela entrega de toda a autoridade religiosa ao soberano absoluto; caso contrário, a religião ameaçaria a paz civil” (HOBBES, 1988: XVII). Ao soberano, tento em vista que havia na época a experiencia de reis católicos que governavam súditos protestantes, havia a necessidade de colocar suas opiniões pessoais de lado em prol da manutenção da paz, pois independente da fé particular do soberano, e neste caso o Estado se faz maior do que o soberano, o Estado deveria “instituir um culto único e obrigatório: ‘porque, caso contrário, seriam encontradas em uma mesma cidade as mais absurdas opiniões referentes à natureza divina e as mais impertinentes e ridículas cerimonias jamais vistas’.” (HOBBES, 1988: XVII). Se há no pacto a necessidade de garantir a paz, tal paz só pode ser estabelecida a partir da ordem, ou seja, do estabelecimento de regras de condutas, as chamadas leis civis. O poder religioso não poderia por si transpor para o status de lei o que apenas é fé: “O pecado, o justo, o injusto, só têm sentido na medida em que recebem sua existência das leis civil. Por outro lado, os preceitos do evangelho – segundo Hobbes – não são leis, mas chamados à fé; nos evangelhos não haveria regra alguma que permitisse distinguir entre ‘o teu e o meu’, como também eles não estabelecem quaisquer regras do intercambio comercial ou outras análogas. Em suma, só ao soberano caberia distinguir entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.” (HOBBES, 1988: XVIII)

Referência bibliográfica:

HOBBES, Thomas. Leviatã: Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988. (Volumes I e II).

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