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Ventilação Mecânica Resumo

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Paolla Sanches

VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA

Ventilação: Ação pela qual o sistema respiratório renova o ar alveolar disponibilizando para troca gasosa

O indivíduo realiza sozinho utilizando a musculatura respiratória = ventilação espontânea.

O indivíduo necessita de um dispositivo externo para que a ventilação seja realizada = ventilação mecânica.

Ventilação mecânica

Método de suporte para tto de paciente com insuficiência respiratória aguda ou crônica aguzada.

Conceito:

  • Complacência: capacidade de distensão; (deformidade torácica e fibrose)
  • Elastância: capacidade de retornar a posição inicial; (fibrose)
  • Resistência: força que se opõem ao fluxo aéreo.

Objetivo

Manutenção ou melhora das trocas gasosas;

Reduzir o trabalho da musculatura respiratória;

Reverter ou evitar fadiga muscular respiratória;

Reduzir o consumo de oxigênio (sistêmico ou miocárdico);

Permitir aplicação de terapêuticas específicas (sedação, anestesia, cirurgia, bloqueio neuromuscular).

Classificação

Ventilação mecânica invasiva (intubação oro-traqueal = somos responsáveis pela ventilação principalmente)

Foto do quadro de parâmetros

Frequência respiratória junto com a insuficiência (esforço respiratório) é um indicio de que algo não está normal.

Ventilação mecânica não-invasiva

A ventilação artifial ocorre por meio da aplicação de pressão positiva nas vias aéreas.

Ventilação mecânica

Circuito: temos a peça Y, umidificador/filtro (algumas vezes conecta o cateter para aquecer) ou filtro barreira (permite que passe umidificado, o aquecimento acontece nesse processo, não utilizado em paciente com muita secreção devido valor, utilizando 3 dias a 7 dias dependendo do local, é conectado após o Y, vantagem é o custo e não contaminação; desvantagem: pacientes com secreção muito espessa) e tubo oro traqueal.

Peças

  • Ramo inspiratório e expiratório conectado ao y
  • Sensor de temperatura e umidificador
  • Dreno ou copo coletor de agua
  • Válvula inspiratório e expiratorio
  • Sensor pressorio
  • Blender (regulação da FiO

Parâmetros ventilatório

Fase da ventilação mecânica

  • Fase inspiratório;
  • Mudanças de fase inspiratório para expiratório (ciclagem);
  • Fase expiratório;
  • Mudança de fase expiratória para inspiratória (disparo).

Obs: O ventilador se adapta ao paciente.

Disparo (fluxo/pressão) = fase inspiratória = ciclagem (volume/tempo) = fase expiratória = disparo (fluxo/pressão).

Pressão = adulto

Fluxo = criança e neonatal (mais fisiológico)

Tempo = maioria

Ciclagem pode iniciar no momento em que encontra o volume ou pode-se programar um tempo inspiratório.

Volume corrente (VC)

  • Quantidade de gás insuflado em cada inspiração;
  • 4 a 6 ml/kg (Baseado no peso IDEAL e não no real) (4 a 6 criança) (6 a 8 adulto);
  • Algumas doenças pulmonares exigem VC menor; (menor VC na SARA e maior VC em doenças neurológicas (10ml/Kg))

Se o paciente retém o oxigênio

Pressão inspiratória

  • Pressão positiva aplicada nas vias aéreas para geração VC
  • <35 cmH2O (não deve passar)

Quadro

Ventilador vai até o pico de pressão

Existe um momento que se pode colocar uma pausa inspiratória (tempo no qual o alvéolo fica aberto realizando troca gasosa) e a pressão de platô (pressão em que faz o alvéolo fica aberto).

Período de pausa depende da relação de tempo entre inspiratório e o tempo expiratório.

Complacência: VC/Pplat (pressão de platô) – PEEP

Resistencia: Ppico (pressão pico) – Pplat / fluxo.

PEEP

  • Pressão positiva mantida no final de expiração
  • Valor mínimo a ser utilizado: 5cmH2O (adulto) 4a 6 (crianças)
  • Impede o colabamento alveolar em pacientes intubados
  • Muito utilizada para o tratamento da hipoxemia (valores mais altos que o fisiológico)

Também utilizado para troca gasosa, auxilio na melhora da saturação do paciente.

Efeitos desejados da PEEP:

  • Melhora da oxigenação
  • Redução da lesão causada pelo ventilador mecânico
  • Redução do auto-PEEP (Mais que o fisiológico, quando não volta ao normal ex: ele é 5 e só volta até 7)
  • Diminuição da resistência das vias aéreas

Efeitos indesejados da PEEP:

  • Diminuição do retorno venoso, podendo comprometer o debito cardíaco
  • Risco de hiperinsuflação
  • Fistula broncopleural

A utilização de valores elevados de PEEP deve ser feita com cuidado

  • Contraindicado: Instabilidade hemodinâmica, hipertensão intracraniana.

PEEP elevada acima de 10

Frequência respiratória

  • Número de insuflação por minuto: 10 a 14 cpm (12)

VC x FR = Volume minuto

VC = 500ml             VM= 0,5 x 12 = 6 L/min

FR= 12

Ajusto o volume minuto (ou seja, a FR e/ou o VC) de acordo com a Paco2 e o pH da gasometria arterial (35 a 45).

Valores de gasometria aumentado retendo O2, pode ser corrigido pela FR ou pressão respiratória.

  • Tempo inspiratório (TI) + tempo expiratório (TE) = ciclo respiratório
  • Tempo inspiratório (TI) / Tempo expiratório (TE) = Relação I:E

Normalmente 1:2

Doenças obstrutivas: 1/3, 1/4

A relação I: E depende da FR, do VC e do Fluxo.

Importante cuidar do tempo inspiratório pois ele que controlara maioria das coisas

Sensibilidade

  • Esforço realizado pelo paciente para disparar uma nova inspiração assistida pelo ventilador
  • -0,5 (criança) a -2,0 (adulto) cmH2O ou +3 a +4 (L/min) (treino para fortalecimento

Concentração de 0² no ar inspirado (FiO2)

  • 21 a 100% (inicio geralmente em 100%)
  • Reduzir progressivamente
  • Mínimo que mantenha SpO2 > 90%
  • Alvo: FiO2 < 50% (acima disso, há efeito toxico o uso prolongado do oxigênio).

 

Ventilador mecânico

  • Volume corrente
  • Fluxo inspiratório
  • Pressão inspiratória
  • PEEP
  • Frequência respiratória
  • Ti controla pela relação I/E
  • FiO2
  • Sensibilidade

Modos ventilatórios

Modos controlados a volume:

Quando não ocorre por pressão

  • Determino o Fluxo e o Volume Corrente
  • A ciclagem ocorre quando o VC programado é atingido
  • A pressão na via aérea é pura consequência da mecânica respiratória do paciente
  •  Aumento da impedância pulmonar leva a valores excessivos de pressão nas vias aéreas

Modo controlado a pressão

  • Determina a Pressão Inspiratória Positiva
  • A ciclagem ocorre quando a PIP é atingida
  • O fluxo e o VC serão pura consequência da mecânica respiratória do paciente
  • Aumento da impedância do sistema respiratório pode levar a valores reduzidos de VC

Ventilação controlada

Todos os ciclos ventilatórios são disparados pelo ventilador mecânico (ciclos controlados ou mandatórios).

Paciente totalmente passivo (geralmente sedado).

Ventilação assisto-controlada

A FR pode variar de acordo com esforço inspiratórios realizados pelo paciente (ciclos controlados + ciclos assistidos).

O paciente realiza o esforço respiratório, o ventilador detecta e libera p ar para o paciente neste momento, além dos ciclos controlados que foram predeterminados.

Se o paciente não realizar nenhum esforço inspiratório, funcionará como um modo de Ventilação Controlada

Ventilação mandatório intermitente sincronizado (SIMV)

Permite que os ciclos mandatórios predeterminados sejam sincronizados com os esforços inspiratório do paciente (acontece quando começar a inspiratório)

O ventilador “espera” para perceber se o paciente vai realizar um esforço inspiratório ou não

Se houver esforço inspiratório por parte do paciente, o ventilador libera um ciclo assistido (uma “ajuda” para o paciente)

Se o paciente permanece um período de tempo sem realizar nenhum esforço inspiratório, o ventilador volta a realizar ciclos mandatórios (controlados)

 

Ventilação com Pressão de suporte (PSV)

Modo de ventilação mecânica espontânea

O dispara e a ciclagem são sempre realizadas pelo paciente

O ventilador apenas “ajuda” o paciente com uma pressão positiva “extra” durante a inspiratório (Pressão de Suporte)

O paciente controla tudo: FR, VC e TI

Utilizando apenas em pacientes com drive respiratório adequado

*Última etapa para que ocorra a retirada do tubo

O paciente pode cansar fazendo com que caia a FR, VC

 Complicações associada a ventilação mecânica

  • Pneumonia (paciente mais suscetível a infecção respiratória, perda de suas defesas naturais.)
  • Atelectasia (intubação seletiva, obstrução do TOT ou mesmo das VVAA inferiores por secreção)
  • Barotrauma e Volutrauma(lesão alveolar devido a pressões e/ou volumes excessivas)
  • Disfunção muscular respiratório(devido ao desuso, especialmente se houver período prolongado de Ventilação Controlada)

Desmame Ventilação mecânica

Processo de transição da ventilação mecânica para a ventilação espontânea

Teste de respiração espontânea:

  • Ventilação espontânea com tubo “T” com 3 saídas 1 no tubo do paciente 1 no tudo na parede e conecta uma máscara de venturi e a outra saída expiratória.
  • 30 minutos de teste para ver se ocorreu com sucesso. Se elevar muito volta para ventilação e espera 2 dias. Se ocorreu com sucesso no máximo de 2 horas tira-se.
  • Ventilação com Pressão de Suporte (PSV) = Teste de respiração espontâneo OK – EXTUBAÇÃO.
  • Coloca durante 30 min se ocorreu aumento da FR, instabilidade volta.

Testes de respiração espontâa

  • Ventilação compressão de Suporte (PSV)

 Inicia-se com valor de PS suficiente para o paciente manter FR< 25cpm (ou seja, mantendo VC adequado)

Redução gradual da PS (2 a 4 cmh20 por vez)

Quando atingir OS= 7 cmh2o (o valor mínimo para vencer a resistência do circuito do ventilador) o paciente estará em Teste de Respiração espontânea

O paciente é considerado apto a ser extubado se permanecer 2 horas em PSV com PS= 7cmh2o sem apresentar critérios para interrupção do teste

*Quadro de critérios para interromper o Teste

 

Extubação

Retirada do tubo orotraqueal, após a interrupção da ventilação mecânica

  • Reintubação: necessidade de reinstituir a via aérea artificial
  • Reentubação precoce: ocorre em menos de 48hrs após a extubação
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