O direito ambiental é um direito transindividual (metaindividual) e sua proteção enquanto macro-bem é um direito difuso.
A doutrina atribui a Ulpiano a dicotomia público x privado. No entanto, a doutrina, notadamente a partir de grandes ensaios publicados na decada de 70, percebeu que existem direitos que não são públicos nem privados, ou melhor, não chegam a ser o bem comum (público), mas também não são interesses individuais. Os direitos transindividuais são intermediários.
Os direitos transindividuais podem ser difusos, coletivos ou individuais homogeneos. Difusos são aqueles de objeto indivisível, titularizados por uma coletividade indeterminada e indeterminável, originados de uma relação predominantemente fática.
Quando o MP ingressa com uma ação civil pública em razão do derramemento de
oleo em um rio, pedindo a recuperação ambiental, ele está requerendo a tutela de direito difuso. Sem qualquer rigor ténico, mas apenas para facilitar a visualização... o dinheiro não vai para o Estado e nem para as pessoas!!! Quem foi lesado pela degradação ambiental? é uma coletividade interminada de pessoas (pode ser eu, você, seus filhos, quem está passando por ali... enfim...x). Então quem receberá? a solução encontrada foi a criação de um FUNDO DE REPARAÇÃO DO BEM LESADO.
obs: vamos complicar um pouco... pegue o mesmo fato (poluição do rio). Uma ação foi proposta com 2 pedidos: 1) reparação do meio ambiente e 2) indenização dos 5 pescadores que perdem a fonte de renda pela morte dos peixes. Veja que o pedido 1 está relacionado a um direito difuso. já o pedido 2 é um pedido indivdual. por isso, um mesmo fato pode gerar direitos difusos, coletivos e individuais homogeneos!
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