A excreção de um fármaco por via renal depende de três eventos: filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular.
A reabsorção tubular ocorre por difusão passiva do fármaco não ionizado do lúmen tubular em direção a circulação sistêmica. Moléculas ionizadas não seguem esse caminho pois as células tubulares são impermeáveis a elas. Logo, a reabsorção de alguns fármacos dependerá do pH urinário e, consequentemente, de sua ionização.
No caso de uma droga ácida que esteja no lúmen tubular, sua reabsorção é diminuída pela alcalinização da urina, pois, nessa condição, a droga perderá prótons ionizáveis para o meio e ficará na sua forma ionizada (negativa), ficando impossibilitado de atravessar as membranas das células tubulares. Assim, sua excreção é favorecida.
Portanto, a afirmação é verdadeira.
Fonte: Brunton, L.L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2012
A urina normalmente tem um pH ácido,o que faria que a droga administrada se tornasse não ionizável(lipossúvel),logo seria absorvida no néfron.Na tentativa de excretar tal droga,pode-se utilizar uma substância que eleve o ph da urina,como por exemplo,o bicarbonato,onde a droga com Pka ácido nesse meio alcalino se tornaria ionizável(hidrofílico),logo seria excretado na urina.
Fármacos ácidos são mais bem absorvidos em meios ácidos, assim como fármacos básicos são mais bem absorvidos em meios básicos. Dessa forma, em uma intoxicação por fármaco ácido como AAS pode-se utilizar a alcalinização da urina para deixar o ambiente que o fármaco está, como o túbulo renal, básico, o que dificulta a reabsorção do fármaco para a corrente sanguínea, assim, o mesmo será excretado.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Compartilhar