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drogas adrenergicas


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Farmacologia 
Caso 3 
Drogas Adrenérgicas 
Introdução 
As três catecolaminas endógenas são a noradrenalina (ou 
norepinefrina), adrenalina (ou epinefrina) e a dopamina. Elas 
são substâncias agonistas endógenas por serem produzidas 
pelo organismo e terem que se ligar e estimular seus 
receptores para produzirem seus efeitos. 
Sinapses do SNA Simpático 
Síntese de Noradrenalina 
A partir do aminoácido tirosina, nas terminações de fibras 
pós-ganglionares do SNA simpático, é sintetizada a 
noradrenalina por meio de várias etapas. A tirosina é 
inicialmente convertida em DOPA (por uma reação de 
hidroxilação), que se torna dopamina (ocorre uma 
descarboxilação) que é convertida em noradrenalina. 
Liberação da Noradrenalina 
Uma vez sintetizada, a NA fica armazenada em vesículas e, 
após estímulos para a liberação, o potencial de ação que 
chega na terminação altera a permeabilidade da membrana, 
há um influxo de cálcio para dentro da terminação e isso 
desencadeia a exocitose das vesículas com NA. As vesículas 
se fundem com a membrana celular e a catecolamina é 
lançada na fenda sináptica. 
A NA lançada na fenda deve encontrar seus receptores 
(chamados de adrenérgicos) presentes na víscera efetora. 
Após se ligar, a NA desencadeia toda uma cadeia de reações 
no receptor e estruturas adjacentes que vão provocar 
alguma resposta nas células da víscera efetora. 
Vale lembrar que um pouco da NA liberada na fenda se 
difunde para vasos sanguíneos, onde será inativada por 
enzimas (como a monoaminoxidase, ou MAO) presentes na 
corrente sanguínea e fígado por exemplo. Além desse 
destino, grande parte da NA liberada na fenda não é nem 
difundida para o sangue nem conectada aos receptores da 
víscera efetora, mas sim recaptada pela própria terminação 
nervosa por transporte ativo (o transportador é chamado de 
NAT), onde parte dela será degradada em metabólitos 
inativos pela MAO e outra parte será novamente 
armazenada em vesículas. 
Esse processo de receptação pela terminação pré-sináptica 
recebe o nome de Recaptação 1. Quando a noradrenalina é 
captada pelos tecidos, processo chamado de Recaptação 2, 
ela será degradada pela enzima COMT (catecol-O-metil-
transferase). 
Note que são enzimas diferentes que degradam a 
noradrenalina na terminação pré-sináptica e nos tecidos. 
Além disso, é importante perceber que não existe nenhuma 
enzima que degrada noradrenalina na fenda sináptica, 
somente na terminação nervosa e na víscera efetora. 
Glândula Adrenal 
Também chamada de glândula suprarrenal, ela apresenta 
duas porções muito distintas, o córtex da adrenal e a medula 
da adrenal, que é um gânglio simpático modificado. 
Em condições normais, a adrenal vai liberar pequenas 
quantidades de adrenalina, a chamada secreção basal. Em 
determinadas situações, como stress, luta ou fuga, a glândula 
adrenal recebe estímulos que vão desencadear uma 
secreção muito mais intensa de adrenalina. 
Adrenalina 
Na medula da adrenal, a noradrenalina passa por uma reação 
de metilação e é convertida em adrenalina, substância com 
meia vida muito maior que a da noradrenalina. O efeito da 
adrenalina é mais geral, não tão localizado como o da 
noradrenalina. 
Receptores Adrenérgicos 
Os receptores adrenérgicos são moléculas de proteínas 
localizadas nas membranas celulares sobre as quais a 
adrenalina e noradrenalina exercem seus efeitos. Esses 
receptores são divididos em receptores adrenérgicos Alfa e 
Beta. Os dois grupos ainda podem ser divididos em 
subgrupos Alfa 1, Alfa 2, Beta 1 e Beta 2. Os receptores Alfa 
1 são subdivididos em Alfa 1A, Alfa 1 B e Alfa 1 D, enquanto os 
receptores Alfa 2 são subdivididos em Alfa 2A, Alfa 2B e 
Alfa 2C. 
*Existem também os Beta 3 que são receptores bem específicos 
do tecido adiposo e se relacionam com a lipólise. 
Os receptores Alfa 1, Beta 1 e Beta 2 são pós-sinápticos, pois 
se encontram nas células da víscera efetora. Algumas 
estruturas apresentam apenas um tipo de receptor, já outras 
apresentam mais de um tipo. 
Receptores Alfa 1 
São receptores encontrados principalmente no musculo liso 
dos vasos sanguíneos. São receptores que promovem 
vasoconstrição e, com isso, aumentam a resistência vascular 
periférica e a PA consequentemente. A NA, adrenalina e a 
dopamina (somente em altas concentrações) têm afinidade 
por esses receptores. 
Além desse tecido, os receptores Alfa 1 se encontram no 
músculo liso do trato geniturinário onde promovem 
contração dessa musculatura, e também no fígado, onde 
promovem a glicogenólise e a gliconeogênese. 
Receptores Alfa 2 
Esses receptores são estimulados principalmente pela NA, 
mas podem ser estimulados pela adrenalina também. Eles se 
encontram principalmente nas terminações nervosas (com 
isso são pré-sinápticos), onde realizam auto-regulação 
inibitória. 
*Podem ser encontrados também nas ilhotas pancreáticas 
onde promovem a diminuição da secreção de insulina. 
Quando a NA se liga nesses receptores ela promove dois 
efeitos que vão produzir a auto-regulação inibitória. O 
primeiro efeito é estimular a reabsorção da NA pela 
terminação nervosa, e o outro é, quando se tem muita NA 
na fenda, inibir a secreção de NA. Com base nisso, pode-se 
dizer que esses receptores diminuem a atividade simpática. 
Receptores Beta 1 
São estimulados pela NA, adrenalina e dopamina (apenas em 
grandes concentrações). Se encontram principalmente no 
coração, onde promovem aumento da frequência cardíaca 
(efeito cronotrópico positivo) e da força de contração do 
coração (efeito inotrópico positivo). São encontrados 
também nas células justaglomerulares dos rins, onde 
estimulam a liberação de renina, substância que converte 
angiotensinogênio em angiotensina 1, que se torna 
angiotensina 2, que é o mais potente vasoconstritor 
endógeno. 
Receptores Beta 2 
São receptores que só são estimulados pela adrenalina. No 
musculo liso dos vasos, esses receptores promovem 
relaxamento da musculatura. É importante se atentar aqui 
pois esses receptores fazem o efeito inversos dos Alfa 1 que 
também se encontram na musculatura lisa dos vasos, porém, 
os receptores Alfa 1 são predominantes. 
Outros locais desses receptores são: musculo liso dos 
brônquios onde promovem relaxamento (broncodilatação), 
músculo liso do trato gastrointestinal onde promovem 
relaxamento, músculo estriado esquelético onde promovem 
tremor, fígado onde promovem glicogenólise e 
gliconeogênese, pâncreas onde aumentam a secreção de 
insulina e na musculatura uterina onde promovem 
relaxamento. 
*A adrenalina é o principal broncodilatador endógeno 
Drogas Adrenérgicas 
Também chamadas de drogas simpatomiméticas, 
compreendem um grupo farmacológico que produz 
respostas teciduais semelhantes àquelas provocadas por 
neurotransmissores do SNA simpático. Essas drogas são 
classificadas de acordo com o seu tipo de ação, que pode 
ser ação direta, indireta ou mista. 
Drogas adrenérgicas de Ação Direta 
Os grupos de drogas adrenérgicas que possuem ação direta 
são as agonistas B1 seletivos, agonistas B2 seletivos, agonistas 
A1 seletivos e agonistas A2 seletivos. Existem drogas 
chamadas de catecolaminas endógenas que também são 
consideradas adrenérgicas de ação direta. 
O mecanismo de ação (farmacodinâmica) de todas essas 
substâncias é o estímulo direto dos receptores adrenérgicos, 
tanto os presentes na terminação pós-sináptica quando os 
da pré-sináptica. 
Catecolaminas Endógenas 
As catecolaminas endógenas são a adrenalina, noradrenalina 
e dopamina, sendo que as três são produzidas pelo 
organismo. A indústria farmacêutica produziu substâncias que 
imitam os efeitos dessas três catecolaminas e deu o mesmo 
nome das substâncias endógenas para suas drogas 
correspondentes. 
Adrenalina 
A droga adrenalina é muito usada na clínica por via parenteral 
e seus efeitos adversos mais comuns são a cefaleia 
geralmente pulsátil, o tremor (graças aos receptores B2 
presentes nos mm. esqueléticos) e a taquicardia (graças ao 
seu efeito cronotrópico quando se liga a receptores B1 do 
coração). 
A adrenalinaé usada no choque anafilático, que é uma 
reação de hipersensibilidade a uma substância que pode 
evoluir para um edema de glote e levar à morte por asfixia. 
Nessa situação, a adrenalina se liga aos receptores B2 dos 
brônquios promovendo broncodilatação. Essa 
broncodilatação vai ser associada com um relaxamento de 
toda a musculatura de via aérea, por esse motivo a adrenalina 
será usada nessa situação. 
*Na prova pode ser apresentado um caso clínico e ser solicitado 
qual o tratamento adequado para ele. Deve-se incluir a 
farmacodinâmica na explicação mencionando o receptor e o local 
de ação da droga naquela situação descrita. 
Outro uso da adrenalina é na parada cardíaca, pois essa droga 
vai agir nos receptores B1 do coração promovendo um 
cronotropismo e um inotropismo positivos, com isso é 
esperado que os batimentos cardíacos sejam restaurados. 
Nas hemorragias superficiais se usa adrenalina por ela se 
ligar a receptores A1 no músculo liso dos vasos promovendo 
vasoconstrição para conter a hemorragia. 
Por fim, a adrenalina pode ser usada em associação com 
anestésicos locais pois, ao se ligar aos receptores A1 do 
músculo liso dos vasos e promover vasoconstrição, ela pode 
prolongar o efeito desses anestésicos. 
Noradrenalina 
A droga noradrenalina tem como efeitos adversos a 
hipertensão (pode ser grave) e a taquicardia reflexa. Ela é 
usada em condições em que é necessário aumentar ou 
manter a pressão do paciente sob certas condições de 
cuidado intensivo, como no choque circulatório, que é a 
situação em que ambas as pressões do paciente se 
encontram muito baixas, o que pode levar à morte pela baixa 
perfusão de sangue para os tecidos. 
A NA é usada nessa condição pois ela vai se ligar a 
receptores Alfa 1 nos vasos e Beta 1 no coração e rins. Nos 
vasos essa droga promove vasoconstrição, no coração um 
aumento do débito cardíaco (por aumentar a frequência 
cardíaca e a força de contração do coração) e a secreção 
de renina pelas células justaglomerulares dos rins (para que 
no final seja aumentada a quantidade de angiotensina 2 
circulante) 
*A adrenalina não é usada nessa situação pois ela também se liga 
a receptores Beta 2 dos vasos (onde promove vasodilatação), 
com isso a vasoconstrição não é tão evidente 
Dopamina 
A droga dopamina tem como efeitos adversos náuseas, 
cefaleia, taquicardia e hipertensão. Ela é a droga usada na 
insuficiência cardíaca grave (também chamada de 
descompensada) e como droga alternativa no choque 
circulatório. Esse tipo de insuficiência acontece quando um 
paciente já é portador de insuficiência cardíaca e ele 
descompensa, apresentando geralmente um débito cardíaco 
reduzido. 
Na insuficiência cardíaca só se pode usar dopamina (que tem 
um efeito inotrópico positivo importante) em pacientes 
internados e ela deve ser usada a curto prazo somente. Ela 
consegue cumprir essas funções pois, em grandes 
concentrações, vai ter afinidade por receptores Alfa 1 dos 
vasos e Beta 1 do coração. 
*É importante se atentar pois no choque quase não se usa 
dopamina, o tratamento padrão é a noradrenalina. 
Agonistas Beta 1 Seletivos 
São representados pela Dobutamina, que é uma substância 
com afinidade pelos receptores Beta 1 principalmente (mas 
pode agir em receptores Alfa 1 também). Essa droga é usada 
na insuficiência cardíaca grave pois, ao se ligar a receptores 
Beta 1 do coração promove um aumento do débito cardíaco 
(por aumentar a frequência cardíaca e a força de contração 
do coração) e ao se ligar a receptores Beta 1 dos rins 
promovendo a secreção de renina pelas células 
justaglomerulares (para que no final seja aumentada a 
quantidade de angiotensina 2 circulante). Os efeitos adversos 
são o aumento da PA e da frequência cardíaca. 
O efeito inotrópico positivo promovido pela Dobutamina é 
muito maior que o efeito cronotrópico positivo, com isso a 
frequência cardíaca não aumenta muito, porém a 
contratilidade do coração fica bem aumentada. Isso é positivo 
pois o coração na insuficiência já se encontra em exaustão, 
aumentar a frequência pode não ser um efeito tão bom. 
Agonistas Beta 2 Seletivos 
Como na farmacologia nenhuma droga é 100% seletiva, 
geralmente a seletividade desses agonistas vai depender da 
dose (quanto maior a dose, menor a seletividade), deve-se 
conhecer todas as possíveis ações desses agonistas para 
evitar efeitos indesejados. .
Dentre esses agonistas, existem os de ação curta (4 a 6 
horas) como o salbutamol e o fenoterol, e os de ação 
duradoura (12 horas) como o salmeterol e o formoterol. O 
principal efeito que essas drogas vão promover é a 
broncodilatação graças ao relaxamento da musculatura lisa 
dos brônquios. Dessa forma, esses agonistas são usados no 
tratamento da asma e da DPOC. Os efeitos adversos são 
tremores musculares e taquicardia (pois em grandes 
quantidades, esses agonistas perdem a seletividade e podem 
agir em receptores Beta 1 do coração também). 
A ritodrina é um agonista Beta 2 seletivo que age 
principalmente na musculatura uterina promovendo seu 
relaxamento. Essa droga é importante na clínica para se 
evitar partos prematuros diminuindo as contrações uterinas. 
Os efeitos colaterais são tremores e taquicardia 
Uma observação importante sobre esses agonistas é que 
eles podem promover dessensibilização dos receptores Beta 
2 quando usados por períodos prolongados. A célula 
realização regulação para baixo e começa a absorver os 
receptores, removendo eles da membrana, se tornando 
menos sensível aos agonistas Beta 2 e diminuindo o efeito 
terapêutico deles. 
Agonistas Alfa 1 Seletivos 
Os receptores Alfa 1 são encontrados principalmente no 
músculo liso dos vasos sanguíneos, dessa forma, esse grupo 
de drogas atua principalmente nessas estruturas 
promovendo vasoconstrição. 
Os principais exemplos de agonistas A1 seletivos são a 
nafazolina e a fenilefrina. Ambos atuarão como 
descongestionantes nasais e têm como efeito adverso a 
possibilidade de aumentar a PA (por isso hipertensos devem 
tomar cuidado com essas drogas, principalmente quando os 
efeitos são sistêmicos). 
É importante lembrar que a congestão nasal em reações 
alérgicas é causada por edema de mucosa nasal, o qual é 
causado por uma vasodilatação dos vasos que irrigam essa 
mucosa. Por esse motivo os agonistas Alfa 1 promovem 
descongestão. 
Assim como os agonistas Beta 2, os agonistas Alfa 1 podem 
promover dessensibilização de seus receptores pelo mesmo 
mecanismo. 
Agonistas Alfa 2 Seletivos 
Os principais exemplos de drogas que fazem parte desse 
grupo são a metildopa e clonidina, cujos usos terapêuticos 
são na HAS na gravidez e a HAS refratária (é a hipertensão 
em que pelo menos 3 grupos de drogas não foram eficazes 
para regular ela) respectivamente. A clonidina não será usada 
em monoterapia, mas sim em associação com o grupo de 
drogas que já está sendo usado mesmo ele sendo ineficaz. 
Um efeito adverso de ambas as drogas é a sedação, a 
metildopa pode causar também hepatotoxicidade e a 
clonidina tontura e hipotensão. 
A clonidina tem ação direta sobre os receptores Alfa 2 
(diferentemente da metildopa) promovendo a inibição da 
secreção de NA, e reduzindo, assim, a atividade simpática. 
Metildopa 
A metildopa tem um mecanismo de ação diferente da 
clonidina. A metildopa é captada pelos neurônios do SNA 
simpático e ela é reconhecida pelas enzimas celulares como 
se ela fosse o aminoácido tirosina. As enzimas começam a 
metabolizar a metildopa como se ela fosse a tirosina, por isso 
essa droga é chamada de falso neurotransmissor. 
Após a metabolização a metildopa se torna 
metilnoradrenalina e essa substância será armazenada nas 
vesículas como se fosse a própria NA. Quando o neurônio é 
estimulado, a célula libera a metilnoradrenalina na fenda e ela 
vai agir nos receptores Alfa 2 (lembrando que eles são pré-
sinápticos) promovendo a inibição da secreção de NA e a 
diminuição da atividade simpática consequentemente. 
Por esse motivo essa droga é usada na hipertensão, pois 
diminuindo a atividade simpática se diminuios estímulos aos 
receptores Alfa 1 dos vasos, Beta 1 no coração e rins 
principalmente, o que vai diminui a PA consequentemente. 
Drogas Adrenérgicas de Ação Indireta 
São drogas que NÃO se ligam a receptores adrenérgicos, e 
atuam por meio do aumento da disponibilidade de 
neurotransmissor na fenda sináptica. Essas drogas fazem isso 
por serem de um dos seguintes grupos: inibidores da MAO, 
inibidores da COMT, inibidores da recaptação neuronal de 
catecolaminas, estimulantes da liberação de NA e dopamina. 
Estimulantes da liberação de NA e dopamina 
Como o próprio nome já diz, são drogas que vão estimular 
a exocitose das vesículas de NA (principalmente) e dopamina 
pelas terminações nervosas. Com aumento das 
catecolaminas na fenda, a ação simpática será intensificada 
consequentemente. 
*Um mecanismo de ação secundária, pouco relevante, dessas 
drogas é a inibição da Receptação 1 
É o grupo mais importante de drogas adrenérgicas de ação 
indireta. Os principais exemplos são o metilfenidato (ritalina), 
anfetaminas (possuem um efeito muito intenso, por isso têm 
reações adversas muito intensas também e a prescrição é 
proibida) e o dimesilato de lisdexanfetamina (venvanse). Essas 
drogas tem uma ação estimulante potente do SNC, elas 
aumentam o estado de alerta, a autoconfiança e a 
capacidade cognitiva. 
.
Essas drogas são usadas na narcolepsia (sono patológico) e 
no Transtorno de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH). 
Os efeitos adversos são a ansiedade, fadiga, depressão, 
hipertensão, arritmias, náuseas, vômito, perda de apetite e 
outros. 
*Náuseas e vômito são decorrentes do aumento da dopamina 
Inibidores da recaptação neuronal de catecolaminas 
Esse grupo é representado pelos antidepressivos e pela 
cocaína. Essas drogas inibem a Recaptação 1 realizada pelos 
transportadores de dopamina e noradrenalina presentes na 
terminação pré-sináptica. Ao diminuir a recaptação, essas 
drogas promovem um aumento da disponibilidade das 
catecolaminas na fenda. 
Inibidores da MAO e da COMT 
Os inibidores da MAO inibem a MAO, que é a principal 
enzima que degrada as catecolaminas na terminação pré-
sináptica. Quando essa enzima é inibida, menos catecolaminas 
são degradadas e mais são novamente armazenadas em 
vesículas para serem secretadas em seguida. Os inibidores 
da COMT atuam da mesma forma, pois ao inibirem essa 
enzima, fazem com que menos catecolaminas sejam 
degradadas. 
Drogas Adrenérgicas de Ação Mista 
Existem apenas duas drogas representando esse grupo, a 
efedrina e a pseudoefedrina. Essas drogas vão atuar de 
maneira direta se ligando a receptores adrenérgicos e 
indireta principalmente como estimulantes da liberação de 
NA e dopamina. Seu principal uso terapêutico é como 
descongestionantes nasais e elas têm muitos efeitos 
colaterais (por terem os dois tipos de ação) quando 
direcionadas para outros usos.