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Farmacologia 
Caso SI 4 
1. Identificar as vias de administração, princípio ativo, forma 
farmacêutica, grupo farmacológico, mecanismo de ação, 
indicações de uso e reações adversas do Buscopan 
Buscopan 
●Via de Administração: Oral ou endovenosa 
●Princípio Ativo: butilbrometo de escopolamina 
●Forma farmacêutica: solução injetável, drágea ou solução 
oral. 
●Grupo farmacológico: A escopolamina é um derivado de 
amônio quaternário que pertence ao grupo de drogas 
anticolinérgicas. 
●Mecanismo de Ação: A escopolamina produz seus efeitos 
tanto inibindo receptores colinérgicos em gânglios 
parassimpáticos presentes dentro de vísceras ocas quanto 
inibindo receptores muscarínicos de musculatura lisa. Dessa 
forma, exerce um efeito espasmolítico na musculatura lisa 
do trato gastrointestinal, geniturinário e vias biliares. 
*Escopolamina não atravessa a barreira hematoencefálica, com 
isso não produz efeitos anticolinérgicos no SNC. 
●Indicações de uso: Alívio de sintomas agudos como dores, 
cólicas ou desconfortos abdominais, incluindo cólicas do trato 
gastrointestinal, vias biliares e trato geniturinário. 
●Reações adversas: distúrbios da acomodação visual, 
taquicardia, tontura, boca seca, dispneia, eritema, prurido, 
rubor, desidrose, retenção urinária, midríase e aumento da 
pressão intraocular. 
2. Relacionar o uso de anti-inflamatórios com o agravamento 
e desenvolvimento de úlceras pépticas. 
Influência Local 
Os AINEs podem agredir a mucosa gastrointestinal por meio 
de efeitos locais e sistêmicos. No suco gástrico ácido, os 
AINEs fracamente ácidos apresentam-se na forma não 
ionizada, podendo penetrar livremente nas células gástricas. 
No ambiente neutro intracelular, os íons H+ se dissociam, 
tornando a carga da molécula do medicamento negativa que 
se concentra no interior da célula, uma vez que não pode 
cruzar a membrana. Lesões superficiais da mucosa podem 
ocorrer minutos após a ingesta de AINEs por esse motivo. 
Influência Sistêmica 
O uso de cápsulas com proteção entérica e a administração 
parenteral ou retal não parecem reduzir o risco de úlceras 
gastrointestinais, sugerindo que a formação delas decorre 
principalmente da ação sistêmica dos AINEs. 
A fisiopatologia da lesão induzida por AINEs baseia-se na 
supressão sistêmica da síntese de prostaglandinas por meio 
da inibição das cicloxigenases. O mecanismo envolvido nessa 
situação se refere a agregação de neutrófilos às células 
endoteliais da microcirculação gástrica, que reduz o fluxo 
sanguíneo gástrico efetivo, bem como a produção de muco 
prostaglandina-dependente e o comprometimento da 
capacidade de migração epitelial de células adjacentes à área 
lesada. 
A circulação da mucosa e a capacidade de defesa celular 
ficam comprometidas e a mucosa torna-se vulnerável à 
agressão de fatores intraluminais, como ácido clorídrico, 
pepsina, sais biliares, H. pylori e medicamentos. 
Resumindo 
Os AINEs inibem as cicloxigenases, reduzindo o pool de 
prostaglandinas que atuam na proteção gástrica e na 
reparação do epitélio. Inibição da síntese de prostaglandinas 
resulta em redução da secreção epitelial de muco e 
bicarbonato, diminuição do fluxo sanguíneo, menor 
reparação da mucosa e suscetibilidade ao dano péptico. 
.
3. Descreva as drogas anticolinérgicas 
Anticolinérgicos 
Como já foi visto, antagonistas são aquelas drogas que tem 
afinidade por um receptor, mas que não tem atividade 
intrínseca, isto é, não provocam efeito algum no interior da 
célula. Os efeitos dessas drogas são fruto do impedimento 
dos agonistas agirem nos receptores que se encontram 
ocupados. 
Também chamadas de drogas parassimpatolíticas, são 
drogas que antagonizam os efeitos da estimulação 
parassimpática e se ligam principalmente a receptores 
muscarínicos (onde realizam antagonismo competitivo com 
a acetilcolina), por esse motivo também podem ser 
chamadas de antagonistas muscarínicos. 
Existem vários exemplos de drogas desse grupo, sendo os 
principais a atropina, escopolamina, ipratrópio, tiotrópio, 
pirenzepina, biperideno, oxibutinina e benzatropina. Tanto a 
atropina quanto a escopolamina podem ser encontradas em 
plantas, como a Atropa belladonna e a figueira do inferno. 
Ambas são compostos de amônio quaternário que 
atravessam facilmente o TGI e a conjuntiva. 
Efeitos das drogas anticolinérgicas 
●No SNC, o biperideno reduz os sintomas do mal de 
Parkinson, principalmente o tremor, graças ao bloqueio dos 
receptores muscarínicos presentes nos músculos 
esqueléticos. 
●Nas glândulas sudoríparas, pelo bloqueio dos receptores 
M3, essas drogas diminuem a sudorese. Nos olhos, pelo 
bloqueio de receptores M3, há o relaxamento do músculo 
esfincteriano da íris, que é a chamada midríase. Note que 
esse efeito diminui a drenagem do humor aquoso por isso 
exige atenção em pacientes com glaucoma de ângulo 
estreito 
*Além desses efeitos sobre o olho, essas drogas ainda causam 
cicloplegia, que é a paralização da acomodação do cristalino. 
●No aparelho cardiovascular, pelo bloqueio de receptores 
M2, anticolinérgicos aumentam a frequência cardíaca e ainda 
facilitam a condução de impulsos elétricos nele. No aparelho 
respiratório, pelo bloqueio de receptores M3, essas drogas 
causam broncodilatação (ipratrópio é a droga usada aqui) e 
reduzem as secreções, o que resseca as vias respiratórias. 
●No TGI há um bloqueio de receptores M3 que provoca 
redução da motilidade e das secreções, principalmente a 
salivar. No trato geniturinário também há um bloqueio de 
receptores M3, que causa relaxamento da musculatura lisa. 
Por fim, essas drogas também agem em receptores M3 
relaxando a musculatura lisa uterina. 
Usos Terapêuticos 
As anticolinérgicas são muito usadas na oftalmologia, 
principalmente colírios de tropicamida, para que se provoque 
midríase e cicloplegia e facilite alguns exames. Nas situações 
de asma brônquica e DPOC geralmente se usam ipratrópio 
e tiotrópio para relaxamento da musculatura brônquica e 
facilite a respiração. 
No infarto agudo do miocárdio se usa a atropina para 
reverter a bradicardia pós-infarto provocada por excesso de 
tônus vagal. No mal de Parkinson se usa biperideno, 
triexifenidil e benzatropina para redução do tremor muscular. 
Em anestesias se usa anticolinérgicos para reduzir as 
secreções do trato respiratório e promover broncodilatação. 
Na enurese infantil se usa tolterodina e oxibutinina porque ao 
relaxar a musculatura da bexiga se reduz a micção. Em 
cólicas menstruais se usa principalmente a butilescopolamina 
para relaxar a musculatura uterina e diminuir a dor. 
Por fim, em intoxicações por anti-colinesterásicos (drogas 
colinérgicas de ação indireta) também se usa anticolinérgicos 
para impedir que o excesso de acetilcolina se ligue a 
receptores colinérgicos.

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