O Código Penal arquiteta uma posição denominada de garante, o qual será obrigado, pela ordem normativa, a impedir um resultado danoso. Esse grupo restrito de pessoas, garantidores, terão o dever de agir, impedindo que um dano ocorra.
A figura do garantidor está prevista no parágrafo 2º do artigo 13 do Código Penal que dispõe:
Relação de causalidade
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
Relevância da omissão
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.
O fundamento para essa responsabilização é o dever específico de proteção que o agente possui em virtude da lei, isto é, ele pode estar obrigado legalmente em virtude de sua profissão (Policial, Bombeiro) ou pode estar obrigado em virtude de um fato por ele criado (alguém que por brincadeira joga outra pessoa dentro do rio que não sabe nadar, se não houver o salvamento por esse agente ele responderá em virtude de sua omissão).
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Direito Penal I
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