com a expulsão dos jesuítas em 1759, o Marquês de pombal instituiu em Portugal e suas colonias o sistema de aulas régias. Por uqe as aulas régias eram chamadas dessa forma?
A expulsão dos jesuítas do Brasil e as reformas pombalinas na Educação Não é possível entender a expulsão dos jesuítas nem tampouco as reformas pombalinas na educação brasileira, se não compreendermos o contexto histórico no qual elas aconteceram. Para isto, é preciso entender um pouco sobre a história de Portugal, mesmo que de uma maneira bem simplista. Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, foi primeiro-ministro de Portugal de 1750 a 1777, com a missão de reerguer o país da decadência na qual se encontrava diante de outras potências europeias na época. Como um país católico, Portugal condenava o juro. Enquanto outras nações como Inglaterra e França promoviam as manufaturas, Portugal permaneceu atrelado a uma mentalidade medieval, o que contribuiu para retardar a implantação do capitalismo e colaborar com a decadência. Segundo, Aranha (2006): Além disto, enquanto a Europa renascentista se preparava para o livre pensar que se consolidaria no Iluminismo do século XVIII, Portugal permanecia cioso da herança cultural clássico-medieval, preservando o latim, a filosofia e a literatura cristã. Mas, a partir do século XVIII, a vida intelectual portuguesa começou a mudar e se abrir para as ideias iluministas por meio de vários debates acerca da educação, que aconteceram principalmente com o lançamento da obra Apontamentos para a educação de um menino nobre (1734), de Martinho de Pina e Proença, em cujas páginas o autor recomendava aos professores que se preocupassem também com Geografia, História, Matemática e Direto, revelando uma nítida inspiração de autores iluministas como Locke e Fénelon. Além disto, Marquês de Pombal tinha grande apreço para com os ideais iluministas e com sua chegada ao poder e preocupação de modernizar a administração pública e maximizar os lucros com a exploração colonial, a própria coroa portuguesa sofreu influência dos princípios iluministas. Os debates travados sobre educação repercutiram imediatamente sobre as atividades educacionais dos jesuítas, pois eles detinham o monopólio da educação superior em Portugal e da educação nas colônias portuguesas espalhadas pelo mundo. Eram considerados defensores de uma educação tradicional, abstrata, sem fundamento utilitário, portanto inadequada para a realidade do momento. Assim, por meio do Alvará Régio de 28 de junho de 1759, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, como primeiro-ministro de Portugal (1750 a 1777) expulsou, ao mesmo tempo, os jesuítas de Portugal e de suas colônias, suprimindo as escolas e colégios jesuíticos. Pombal empreendeu um extenso programa de transformações administrativas tanto em Portugal como no Brasil. As reformas educacionais pombalinas tiveram que acontecer, pois, com a extinção dos colégios, tal responsabilidade deveria ser assumida pelo governo. 72 Unidade IV Revisão: Amanda - Diagramação: Fabio - 22/02/11 -||- 2ª Revisão: Amanda - Correção: Fabio - 10/03/2011 As principais modificações feitas por Pombal foram: • Criação das aulas régias ou avulsas, autônomas e isoladas, com professor único de latim, grego, Filosofia e Retórica. • Criação da figura do diretor geral dos estudos, para nomear e fiscalizar a ação dos professores. • Implantação do subsídio literário, imposto colonial para custear o ensino. Há certo consenso entre os estudiosos da História da Educação no Brasil em afirmar que a reforma pombalina foi algo desastroso, fazendo com que adentrássemos o século XIX com uma educação caótica. Segundo Fernando de Azevedo, as ações de Pombal significaram a destruição do único sistema de ensino existente no país e foi a primeira grande e desastrosa reforma de ensino no Brasil, atingindo muito superficialmente a vida escolar, imprimindo na educação meio século de decadência e transição. Em concordância com Fernando de Azevedo, Arnaldo Niskier (2001) afirma: A organicidade da educação jesuítica foi consagrada quando Pombal os expulsou, levando o ensino brasileiro ao caos, através de suas famosas “aulas régias”, a despeito da existência de escolas fundadas por outras ordens religiosas, como os beneditinos, os franciscanos e os carmelitas. Esta situação de caos e precariedade no ensino brasileiro só começa a sofrer alguma mudança com a chegada da família real ao Brasil em 1808.
Após a expulsão dos jesuítas em 1759, o estado português criou as aulas régias, que por sua vez foi o primeiro sistema de ensino público e laico do país de Portugal. O sistema de ensino criado possuía esse nome pois tinha o objetivo de se assemelhar ao ensino da Europa, que era o melhor sistema de ensino da época.
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