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OS JESUÍTAS SEGUNDO BARGUIL Inácio Lopes de Loyola (1491-1556), militar espanhol, preocupado com o avanço das crenças mulçumanas, criou a Companhia de Jesus em 1534, aprovada pelo papa Paulo III, em 1540, tendo como ardor missionário divulgar a fé cristã, num momento em que a Igreja formulava a Contrarreforma. Diante da dificuldade de converter os adultos, os dirigentes da Congregação se dedicaram à educação das crianças, de modo a renovar o mundo. Com a “descoberta” de novos mundos por espanhóis e portugueses, os Jesuítas, desde a primeira hora, acompanharam as missões de colonização. Em razão do sucesso da primeira escola, aberta em Messina (1548), o próximo destino foi Roma (em 1551), que serviu de modelo para as que se seguiram. No primeiro momento, as escolas atendiam somente aqueles que pretendiam seguir a carreira missionária. Posteriormente, as matrículas foram abertas para todos os que assim pretendessem se submeter aos rígidos padrões estabelecidos. Objetivando uniformizar a organização e funcionamento dos colégios, foi elaborada a Ratio Studiorum, cuja primeira versão data de 1552. Após ter sido submetida a críticas e sugestões por quase meio século, sua publicação definitiva ocorreu em 1599, contendo quatrocentas e sessenta e seis (466) regras, que tratam de várias questões: formação dos professores, plano de estudos, metodologia de trabalho com os alunos, regime de avaliação, regras administrativas e disciplinares etc. Após cerca de cento e cinquenta (150) anos de intenso prestígio em inúmeros países europeus, os Jesuítas começaram a sofrer pesadas críticas, em virtude do intenso poder econômico que tinham conquistado. Em pouco menos de dez (10) anos, eles são expulsos de Portugal e das colônias (1759), da França (1764) e Espanha e colônias (1767). O golpe mais duro, porém, ainda estava por vir: a dissolução da Companhia, em 1773, pelo papa Clemente XIV em todo o mundo, com exceção da Prússia e parte da Rússia. Somente em 1814, pelas mãos do pontífice Pio VII, ela foi restaurada. Extraído de Barguil (2006, p. 200-201). Havia uma acentuada distinção entre a Educação destinada aos descendentes dos colonizadores – com uma forte influência escolástica, com o fito de seguirem fielmente os preceitos da Igreja e de formação da elite colonial – e aos nativos – reduzida a dois aspectos: Religioso Para a formação de novos adeptos do catolicismo. Econômico Para a docilização da mão de obra. Descrição da tabela: Religioso:Para a formação de novos adeptos do catolicismo. Econômico:Para a docilização da mão de obra. 6