A corrente majoritária entende que ele faz parte do direito privado, uma vez que se trata da relação entre partes privadas: patrão e empregado, e visa o contrato de trabalho.
A Teoria do Direito Privado discorre que a raiz do Direito de Trabalho encontra-se no Direito Civil, nas locações de serviços. O entendimento é de que embora existam normas cogentes sobre a matéria, as mesmas não afastam a natureza privada da relação jurídica, considerando-se que os contratantes (empregador e empregado) são livres para estipular as regras de seu contrato de emprego, sendo certo que a maioria das normas da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) são de natureza privada.

Trata-se de matéria muito discutida na doutrina do Direito do Trabalho. Mas, o que se pode concluir é que, embora haja uma interferência grande e presente do direito público no direito do trabalho, a natureza jurídica do direito do trabalho ainda permanece sendo de direito privado e cada vez mais vem se tornando mais clara tal premissa. Isto porque cada vez mais vem sendo garantido dispositivos para garantir a liberdade das partes de modo a limitar a atuação estatal (podemos citar como exemplo a possibilidade de autotutela, que, inclusive, evita uma demanda na Justiça do Trabalho, em que o Estado, na figura do juiz irá decidir acerca da demanda).