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QUESTÕES SOBRE - DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO (DPI)

Sobre a Convenção de Viena que trata das relações diplomáticas é incorreto afirmar:

  • a) os privilégios e imunidades conferidos aos agentes diplomáticos não objetivam privilegiar a indivíduos, mas, sim, garantir o eficaz desempenho de suas funções, na qualidade de representantes do Estado;
  • b) a imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição no Estado acreditante;
  • c) a Convençãp prevê hipótese que pode ser entendida como denúncia tácita à imunidade de jurisdição;
  • d) confere exclusivamente ao Estado acreditante o poder de renunciar, de forma expressa, à imunidade de jurisdição conferida ao agente diplomático;
  • e) a renúncia à imunidade de jurisdição, no tocante às ações civis e administrativas, atinge automaticamente as medidas de execução de sentença.

💡 2 Respostas

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Tiago Jeronimo Lopes

A) os privilégios e 
imunidades conferidos aos agentes diplomáticos não objetivam privilegiar a 
indivíduos, mas, sim, garantir o eficaz desempenho de suas funções, na qualidade 
de representantes do Estado;

 

 

RESPOSTA: CORRETA

 

 

Não há um artigo 
específico que indique o expresso na alternativa, contudo é a ideia que a 
Convenção passa, a exemplo:

 

 

Artigo 31

 

 

1. O agente 
diplomático gozará da imunidade de jurisdição penal do Estado acreditado. 
Gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser que 
se trate de:

 

 

a) uma ação sobre imóvel privado situado no território do 
Estado acreditado, salvo se o agente diplomático o possuir por conta do Estado 
acreditante para os fins da missão;

 

 

 b) uma ação sucessória na qual o agente 
diplomático figure, a título privado 
e não em nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro 
ou legatário;

 

 

c) uma ação referente a qualquer 
profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente diplomático no 
Estado acreditado fora de suas funções 
oficiais.

 

 

 

B) a imunidade de 
jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da 
jurisdição no Estado acreditante;

 

 

RESPOSTA: CORRETA

 

 

Artigo 31

 

 

4. A imunidade de 
jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da 
jurisdição no Estado acreditante.

 

 

 

C) a Convenção prevê hipótese que pode ser entendida como denúncia tácita à imunidade de 
jurisdição;

 

 

RESPOSTA: CORRETA

 

 

Artigo 32

 

 

3. Se um agente 
diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição nos termos do 
artigo 37 inicia uma ação judicial, não 
lhe será permitido invocar a imunidade de jurisdição
 no tocante a uma 
reconvenção diretamente ligada à ação principal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D) confere 
exclusivamente ao Estado acreditante o poder de renunciar, de forma expressa, à 
imunidade de jurisdição conferida ao agente diplomático;

 

 

RESPOSTA: CORRETA

 

 

Artigo 32

 

 

1. O Estado 
acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes 
diplomáticos e das pessoas que gozem de imunidade nos termos do artigo 37.

 

 

 

E) a renúncia à 
imunidade de jurisdição, no tocante às ações civis e administrativas, atinge 
automaticamente as medidas de execução de sentença.

 

 

RESPOSTA: INCORRETA

 

 

Artigo 32

 

 

4. A renúncia à 
imunidade de jurisdição no tocante às ações cíveis ou administrativasnão implica renúncia à imunidade quanto às 
medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária.

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Paduan Seta Advocacia

a) os privilégios e imunidades conferidos aos agentes diplomáticos não objetivam privilegiar a indivíduos, mas, sim, garantir o eficaz desempenho de suas funções, na qualidade de representantes do Estado;

Correto. A Convenção de Viena em nenhum momento tende a privilegiar a pessoa física dos agentes diplomáticos, e sim utilizar os privilégios e imunidades como forma de garantir a qualidade e eficácia do seu desempenho.

 

b) a imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição no Estado acreditante;

Correto. Conforme previsto no artigo 31 da Convenção:

4. A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o isenta da jurisdição do Estado acreditante.

 

c) a Convenção prevê hipótese que pode ser entendida como denúncia tácita à imunidade de jurisdição;

Correto. Conforme previsto no artigo 32 da Convenção:

3. Se um agente diplomático ou uma pessoa que goza de imunidade de jurisdição nos têrmos do artigo 37 inicia uma ação judicial, não lhe será permitido invocar a imunidade de jurisdição no tocante a uma reconvenção ligada à ação principal.

 

d) confere exclusivamente ao Estado acreditante o poder de renunciar, de forma expressa, à imunidade de jurisdição conferida ao agente diplomático;

Correto. Conforme previsto no artigo 32 da Convenção:

1. O Estado acreditante pode renunciar à imunidade de jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das pessoas que gozam de imunidade nos têrmos do artigo 37.

 

e) a renúncia à imunidade de jurisdição, no tocante às ações civis e administrativas, atinge automaticamente as medidas de execução de sentença.

Incorreto. Conforme previsto no artigo 32 da Convenção:

4. A renuncia à imunidade de jurisdição no tocante às ações civis ou administrativas não implica renúncia a imunidade quanto as medidas de execução da sentença, para as quais nova renúncia é necessária.

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