Empresa nacional de grande porte em franco crescimento, disputa a liderança de mercado com apenas um concorrente. O diretor administrativo tinha por hábito reunir-se com seus gerentes, quinzenalmente, para discutir resultados e traçar metas e ações. Em uma das reuniões um dos gerentes fez o seguinte comentário:

“Senhor Diretor, a empresa está indo muito bem, os resultados são satisfatórios e apontam para o crescimento e lucratividade. Mas além do planejamento, das metas cumpridas e das ações de qualidade, quais são os outros fatores que estão contribuindo para esta boa fase que estamos passando? Não sabemos se nossos colegas funcionários estão bem, felizes, realizados. Considero que estes fatores estejam contribuindo, mas acredito que precisamos conhecer esta situação mais profundamente. Tenho receio que a “maré alta” esteja vinculada ao novo produto que lançamos e que é sucesso nacional, por sua qualidade e o desejo dos clientes em adquiri-los. Mas....e depois que a onda passar? Ficar rotineiro? O que fazer para continuar competitivos? ”

O diretor administrativo, abriu a questão para o grupo discutir. Um dos gerentes de área disse:

“Eu creio que precisamos olhar mais para os funcionários. São as pessoas que farão a diferença. Concordo que procurar conhecê-las mais, seus potenciais, seus sentimentos, suas intenções tornam-se fundamental. ”

O assunto causou inquietação no grupo e também no diretor, que resolveu discutir com o diretor financeiro, que acumulava a função de vice - presidente de uma instituição financeira do grupo. Após ter ouvido atentamente, o diretor financeiro disse:

“Nossa instituição financeira está aplicando avaliação de desempenho em todos os funcionários. Eles avaliam e são avaliados pelos colegas e chefe imediato. Não achei nada complicado. Podemos aproveitar essa experiência, o material que o pessoal está utilizando e aplicar aqui. Poderemos ter um diagnóstico da situação e levantar os problemas que eventualmente possam desequilibrar o bom andamento da empresa”. E assim aconteceu..... Esse foi o início de um transtorno organizacional. O processo instituído gerou um clima desconfortável e ficou claro o despreparo das pessoas para enfrentarem esse desafio.

FONTE: ZACCARELLI, Laura Menegon (org.) Gestão do Fator Humano – Uma visão baseada em Stakeholders; Ed. Saraiva; 2007; Pag 322-323

Considerando seu aprendizado na disciplina Psicologia e Cultura Organizacional e a situação acima, APONTE, COMENTE e JUSTIFIQUE quais os erros cometidos na implantação do processo de avaliação de desempenho.