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OAB 2018 - Lúcio, viúvo, tendo como únicos parentes um sobrinho, Paulo, e um tio, Fernando, fez testamento de acordo com todas as formalidades

legais e deixou toda a sua herança ao seu amigo Carlos, que tinha uma filha, Juliana. O herdeiro instituído no ato de última vontade morreu antes do testador. Morto Lúcio, foi aberta a sucessão. 
Assinale a opção que indica como será feita a partilha.

  • A

    Juliana receberá todos os bens de Lúcio.

  • B

    Juliana receberá a parte disponível e Paulo, a legítima .

  • C

    Paulo e Fernando receberão, cada um, metade dos bens de Lúcio.

  • D

    Paulo receberá todos os bens de Lúcio.

💡 2 Respostas

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Carlos Eduardo Ferreira de Souza

GABARITO: LETRA D.

É que no falecimento do único herdeiro testamentário (Carlos), o testamento se extingue, já que o direito de representação somente ocorre na sucessão legítima e nunca na sucessão testamentária.

Assim, não sendo elaborado novo testamento, restam os herdeiros legítimos (no presente caso, são os colaterais, em mesmo grau, Lucio e Paulo).

Entretanto, por determinação legal, os sobrinhos excluem os tios. Código Civil:

"Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente.

Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.

[...]

Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios."

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Maicon Fagundes

Como a questão apresentada afirma que Lúcio não tem herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge), ele poderia deixar em testamento a integralidade de seu patrimônio, como de fato o fez em favor de Carlos.

 

 

Como Carlos faleceu antes de Lúcio, os bens não irão para Juliana (filha de Carlos), uma vez que não há direito de representação na sucessão testamentária. O direito à representação está inserido na “sucessão legítima” e não testamentária. Assim, o testamento não irá produzir efeitos e os bens devem partilhados seguindo a ordem de vocação hereditária.

 

 

Apesar de sobrinhos e tios estarem no mesmo grau de parentesco colateral, a lei estabelece uma precedência dos sobrinhos.

 

 

Art. 1.843, CC: Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes (sobrinhos) e, não os havendo, os tios. Portanto Paulo (sobrinho) receberá todos os bens de Lúcio.

 

 

 

 

 

Gabarito: “D”.

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