O saber produzido pelo iluminismo não conduzia à emancipação e sim à técnica e ciência moderna que mantêm com seu objeto uma relação ditatorial. Se Kant ainda podia acreditar que a razão humana permitiria emancipar os homens de seus entraves, auxiliando-os a dominar e controlar a natureza externa e interna, temos de reconhecer hoje que essa razão iluminista foi abortada. A razão que hoje se manifesta na ciência e na técnica é uma razão instrumental, repressiva. Enquanto o mito original se transformava em Iluminismo, a natureza se convertia em cega objetividade. Inicialmente a razão instrumental da ciência e técnica positivista tinha sido parte integrante da razão iluminista, mas no decorrer do tempo ela se autonomizou, voltando-se inclusive contra as suas tendências emancipatórias.
(B. Freitag, A teoria crítica ontem e hoje, p. 35, com adaptações)
Para Kant, a razão seria responsável por libertar o homem, que ele considerava preso em ideologias sem embasamento.
Para isso, era preciso realizar o estudo da natureza, e, de encontro a isso, surgiu o movimento positivista posteriormente, caracterizado por considerar o conhecimento científico único e correto.
Portanto, o iluminismo se tratava da libertação do homem dos conhecimentos dogmáticos até então dominantes, enquanto o positivismo se trata de uma corrente filosófica que considera o conhecimento científico como único e correto.
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