Na tragédia grega, a reversão causa um reconhecimento (“anagnorisis”), uma percepção de algo, uma verdade sobre si mesmo que o protagonista não havia percebido anteriormente. Existe também um sofrimento (“pathos” ou “sparagmos”) reservado para o personagem principal. O herói que experiencia esse fato é geralmente um homem acima da média, porém imperfeito. Ele geralmente tem uma falha trágica (“hamartia”) que contribui para sua queda, apesar da possibilidade de existir também, um destino inexorável que opera independentemente dos defeitos do herói. A falha trágica mais comum nos protagonistas gregos é “hubris” (orgulho em exagero), como em Édipo.
Na tragédia shakespeareana existe uma noção da nobreza e dos limites da experiência humana, expressa através de poesia magnífica e cenas profundamente tocantes. Mas, ao contrário da tragédia grega, que é famosa por sua simplicidade, a tragédia elisabetana é marcada por uma abundância de enredo e pelo uso liberal de enredos secundários. Esses refletem e intensificam o enredo principal, porém contrastam profundamente com o foco único da tragédia grega. Shakespeare também inclui em suas tragédias cenas da vida comum e comédia. Esses artifícios são chamados “alívio cômico”, apesar de seus efeitos freqüentemente intensificarem as situações ao invés de aliviá-las.
tragédia é simplesmente uma peça que termina de modo triste. Porém para os estudiosos de drama, é costume se fazer uma distinção entre o que é trágico e o que é meramente triste. A tragédia precisa enobrecer a vítima. Os eventos trágicos devem ter uma significância que transcende as conseqüências imediatas para amigos e familiares. Essas conseqüências devem ter uma validade universal, que toque diretamente nas nossas crenças com respeito ao significado da vida.
fonte: http://profpietro.blogspot.com/2011/05/tragedia-grega-x-tragedia-elizabetana.html
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Literatura Inglesa I
•PUC-RIO
Compartilhar