Estudo de caso :
Mateus, em contato telefônico com uma empresa X, consentiu que ela lhe enviasse um contrato de publicidade para destacar sua empresa em um determinado site. Segundo as informações repassadas via telefone, Mateus pagaria R$ 15,00 (quinze reais) mensais durante 12 (doze) meses. Estabelecido o negócio jurídico, Mateus recebeu o contrato via e-mail, assinou e encaminhou à empresa, não tendo percebido que a referida empresa procedera intencionalmente a substituição do valor inicialmente avençado para cada parcela fazendo constar o importe de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) por mês. Diante da situação posta, é possível afirmar, acerca do negócio jurídico: Pergunta-se: Existe algum vício nesse negócio jurídico? Qual o fundamento e previsão legal? Qual o prazo pra se buscar a anulabilidade ou a nulidade do negócio?
Trata-se de vicio de DOLO. O dolo define-se como a indução maliciosa a cometer o erro. Nota-se neste que neste caso, o agente declarante da vontade não erra sozinho, o erro não é espontâneo, ele é induzido a praticar ato que não seja de sua real vontade. Carlos Roberto Gonçalves, em sua obra, conceitua dolo “como o artificio ou expediente astucioso, empregado para induzir alguém a pratica de um ato que o prejudica, e aproveita ao autor do dolo ou a terceiro. Consiste em sugestões ou manobras maliciosamente levadas a efeito por uma parte, a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe traga proveito, ou a terceiro”. Nesse caso é dolo principal. Art. 145 do CC, é causa anulável do negócio jurídico.
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