Segundo o Relator Ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), na ADPF 54 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), a hipótese de anencefalia não há potencial vida extrauterina do feto, e a antecipação terapêutica do parto de anencéfalo é figura distinta do aborto. Deste modo, a não antecipação conferia ofensa aos princípios da dignidade da pessoa humana, da legalidade em seu conceito maior, da liberdade e autonomia da vontade, bem como os relacionados com a saúde. Segundo o Ministro, ainda, cabe a mulher e não ao Estado sopesar e decidir sobre a interrupção ou não da gravidez. Esclarece que não se discute a descriminalização do aborto, e sim da proteção à saúde, privacidade, autonomia da vontade e da dignidade humana da mulher, uma vez que a manutenção desta gravidez acarreta danos à integridade física e psicológica da mulher e por consequência de sua família. Diante desse contexto decidiu-se pela inconstitucionalidade dos artigos 124, 126 e 128 do Código Penal, autorizando-se, assim, a interrupção da gestação nos casos de anencefalia diagnosticados por médicos habilitados, prescindindo de alvarás judiciais para tanto. Segundo o enunciado e as escolas hermenêuticas responda: A) É possível afirmar que a Escola da Exegese serviu de fundamento para a aplicação da norma pelo STF? Fundamente explicando os principais aspectos de influência, ou não. B) Qual o método de interpretação foi utilizado pelo STF? Qual é o resultado do método alcançando pela interpretação?