Pode-se dizer que o primeiro passo verdadeiro com o objetivo de avaliar um imóvel é realizar a vistoria nele. No laudo de avaliações, item Vistoria, deve constar a caracterização da região, a caracterização do terreno e a caracterização das edificações e benfeitorias.Benfeitoria é o melhoramento que se realiza em um bem com o intuito de aproveitá-lo, conservá-lo, embelezá-lo, melhorá-lo ou valorizá-lo, e que não pode ser retirado sem destruição, fratura ou dano.Na caracterização da região serão anotados dados relativos:– aos aspectos gerais – análise das condições econômicas, políticas e sociais, quando relevantes para o mercado, inclusive usos anteriores atípicos ou estigmas;– aos aspectos físicos – condições de relevo, natureza predominante do solo, condições ambientais;– à localização – situação no contexto urbano, com indicação dos principais pólos de influência;– ao uso e ocupação do solo – confrontação da ocupação existente com as leis de zoneamento e uso do solo do município, para concluir sobre as tendências de modificação a curto e médio prazo;– infra-estrutura urbana – sistema viário, transporte coletivo, coleta de resíduos sólidos, água potável, energia elétrica, telefone, redes de cabeamento para transmissão de dados, comunicação e televisão, esgotamento sanitário, águas pluviais e gás canalizado;– atividades existentes – comércio, indústrias e serviços;– equipamentos comunitários – segurança, educação, saúde, cultura e lazer.Na caracterização do terreno, informar:– localização – situação na região e via pública, com indicação de limites e confrontações;– utilização atual e vocação, em confronto com a legislação em vigor;– aspectos físicos – dimensões, forma, topografia, superfície, solo, para confrontar com a documentação disponível;– infra-estrutura urbana disponível;– restrições físicas e legais ao aproveitamento.E por fim na caracterização das edificações e benfeitorias, constar:– aspectos construtivos, qualitativos, quantitativos e tecnológicos, comparados com a documentação disponível;– aspectos arquitetônicos, paisagísticos e funcionais, inclusive conforto ambiental;– adequação da edificação em relação aos usos recomendáveis para a região;– condições de ocupação.Muitas vezes o imóvel que se avalia contém edificações e benfeitorias que não constam na documentação apresentada nos autos do processo judicial, como por exemplo uma matrícula do imóvel onde só é descrito o terreno sem estarem averbadas as benfeitorias. Nesse caso, é recomendável citar o fato no laudo pericial junto com as suas quantificações e avaliações, assim como a lógica diminuição do valor total do bem por não estar o imóvel devidamente legalizado. Benfeitorias não averbadas podem conter considerável dívida de obra no INSS.O avaliador-judicial, sempre que possível, deve vistoriar o imóvel. Quando não for possível o acesso ao seu interior, o motivo deve ser justificado no Laudo de Avaliação ou Parecer Técnico de Avaliação.Na vistoria o avaliador classificará, definitivamente, o imóvel avaliando:– quanto ao uso: residencial, comercial, industrial, institucional e misto;– quanto ao tipo do imóvel: terreno (lote ou gleba), apartamento, casa, escritório (sala ou andar corrido), loja; galpão, vaga de garagem, misto, hotéis, hospitais, cinemas, teatros e clubes recreativos;– quanto ao agrupamento dos imóveis: loteamento, condomínio de casas, prédio de apartamentos, conjunto habitacional (casas, prédios ou mistos), conjunto de salas comerciais, prédio comercial, conjunto de prédios comerciais, conjunto de unidades comerciais, shopping-centers e complexo industrial.Fonte: https://www.manualdepericias.com.br/vistoria-para-a-avaliacao-de-imovel/#:~:text=Pode%2Dse%20dizer%20que%20o,caracteriza%C3%A7%C3%A3o%20das%20edifica%C3%A7%C3%B5es%20e%20benfeitorias.
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