Buscar

NIVEL DE FLEXIBILIDADE EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Prévia do material em texto

27
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR MULTIPLO- IESM 
PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO FUNCIONAL
CARLOS KLEVIN FIALHO DA COSTA
A RELAÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO E O DIABETES MELLITUS TIPO II
TERESINA/PI
ABRIL-2020
CARLOS KLEVIN FIALHO DA COSTA
 
A RELAÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO E O DIABETES MELLITUS TIPO II
Artigo apresentado à disciplina Seminário Integrado como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Fisiologia do exercício e treinamento funcional.
Orientador: Esp. Gualberto de Abreu Soares.
TERESINA/PI
	 ABRIL-2020
RESUMO
O diabetes mellitus(DM) é tratado como um problema de saúde pública, a qual é conceituada por uma desordem metabólica crônica, caracterizada pelo o aumento anormal do nível de glicose no sangue (hiperglicemia). Além do fatores hereditários, outros fatores contribuem para o surgimento e expansão dessa doença, tais como: a crescente no números de indivíduos obesos, hábitos alimentares irregulares e inatividade física. Estima-se que mais de 90% dos casos de diabetes seja do tipo 2. A diabetes tipo 2, a forma mais prevalente, decorre de uma combinação de processo fisiopatológicos, dos quais mais relevantes incluem a desregulação da secreção combinada com o aumento da resistência periférica a insulina. A literatura mostra que os exercício físicos além de proporcionar melhora no bem estar e na qualidade de vida, eles também apresentam efeitos hipoglicemiantes, sendo importantes coadjuvantes na prevenção e tratamento do diabetes mellitus. Para tanto, este estudo objetivou de forma geral verificar a relação do exercício físico e o diabetes mellitus tipo II, e especificamente analisar os principais benefícios do exercício físico ao paciente de diabetes mellitus bem como discuti a importância do exercício físico, contra a resistência insulínica. A metodologia de trabalho utilizada foi a revisão bibliográfica explicativa com abordagem qualitativa. A pesquisa incluiu livros, bem como artigos científicos encontrados em plataformas digitais e banco de dados on-line como: Pubmed, SciELO e Portal Capes. Neste estudo, há o paralelo com autores e pesquisadores que contribuíram para a construção do embasamento teórico mais sólido na área pesquisada como Almeida(2014), Carvalho(2015), D’Ângelo(2015), Ehrman(2018), Galvin (2014), Montenegro(2015) Nogueira (2015) e seus colaboradores numa perspectiva de citações fidedignas. Foram revisados 30 artigos, portanto de acordo com os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados para a revisão apenas 15 artigos, descrito na tabela 1 contendo: os autores e anos, objetivo, metodologia e conclusão dos artigos. Nessa revisão literária, todos os autores contribuíram progressivamente para o estudo, mostrando que a relação do exercício físico com o diabetes mellitus é de prevenção e/ ou tratamento, sendo assim um importante fator que atua contra a resistência insulínica, e na qualidade de vida do indivíduo. O resultados de toda a bibliografia revisada, comprovou- se que a prevenção e o tratamento do diabetes mellitus está ligado diretamente à prática do exercício físico, acarretando melhoras no controle das taxas glicêmicas e na qualidade de vida do indivíduo. A intenção de pesquisar esse tema foi mostrar a importância que o exercício físico leva ao paciente diabético, em especial ao tipo 2.
Palavras- chave: Diabetes mellitus; Diabetes mellitus tipo 2; Exercício físico; Insulina.
ABSTRACT
Diabetes mellitus (DM) is treated as a public health problem, which is conceptualized by a chronic metabolic disorder, characterized by an abnormal increase in the level of glucose in the blood (hyperglycemia). In addition to hereditary factors, other factors contribute to the onset and expansion of this disease, such as: the growing number of obese individuals, irregular eating habits and physical inactivity. It is estimated that more than 90% of diabetes cases are type 2. Type 2 diabetes, the most prevalent form, results from a combination of pathophysiological processes, the most relevant of which include deregulation of secretion combined with increased resistance peripheral insulin. The literature shows that physical exercises, in addition to providing improvement in well-being and quality of life, also have hypoglycemic effects, being important adjuvants in the prevention and treatment of diabetes mellitus. For this purpose, this study aimed in general to verify the relationship between physical exercise and type II diabetes mellitus, and specifically to analyze the main benefits of physical exercise for diabetes mellitus patients, as well as to discuss the importance of physical exercise, against insulin resistance. The work methodology used was the explanatory bibliographic review with a qualitative approach. The research included books, as well as scientific articles found in digital platforms and online databases such as: Pubmed, SciELO and Portal Capes. In this study, there is a parallel with authors and researchers who contributed to the construction of the most solid theoretical foundation in the researched area such as Almeida (2014), Carvalho (2015), D'Ângelo (2015), Ehrman (2018), Galvin (2014) , Montenegro (2015) Nogueira (2015) and his collaborators in a perspective of reliable citations. Thirty articles were reviewed, therefore, according to the inclusion and exclusion criteria, only 15 articles were selected for the review, described in table 1 containing: the authors and years, objective, methodology and conclusion of the articles. In this literary review, all authors progressively contributed to the study, showing that the relationship between physical exercise and diabetes mellitus is one of prevention and / or treatment, thus being an important factor that acts against insulin resistance, and in the quality of life of the patient individual. The results of the entire literature reviewed showed that the prevention and treatment of diabetes mellitus is directly linked to the practice of physical exercise, leading to improvements in the control of glycemic rates and quality of life of the individual. The intention of researching this theme was to show the importance that physical exercise brings to diabetic patients, especially type 2.
Keywords: Diabetes mellitus; Type 2 diabetes mellitus; Physical exercise; Insulin.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................5
2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................8
2.1 Diabetes mellitus....................................................................................................8
2.1.1 Insulina................................................................................................................9
2.2 Exercício fisico.......................................................................................................9
2.3 Exercício físico e diabetes mellitus tipo II............................................................10
3 METODOLOGIA.....................................................................................................12
3.1 Caracterização da pesquisa.................................................................................12
3.3 Coleta e base de dados.......................................................................................12
3.3.2 Procedimentos da coleta de dados...................................................................12
3.4 Análise dos dados................................................................................................12
4 RESULTADOS.......................................................................................................13
5 DISCURSSÕES......................................................................................................19
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................23REFERÊNCIAS..........................................................................................................24
1 INTRODUÇÃO
Hoje em dia existem aproximadamente 143 milhões de pessoas que possuem diabetes mellitus tipo II no mundo, e a probabilidade deve subir para em torno de 300 milhões em 2025 (MODENEZE et al. ,2012).
O diabetes é uma doença conhecida desde a antiguidade. Há dois mil anos atrás Hipócrates descreveu-a como um distúrbio em que a urina contem quantidade excessiva de açúcar. Hoje essa descrição ainda permanece válida, embora o diabetes seja uma doença infinitamente mais complexa do que apenas excesso de açúcar na urina (SQUIZANI et al. ,2016).
O diabetes mellitus é uma doença endócrina que faz parte de um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por uma concentração elevada de glicose no sangue como resultado de uma falha na secreção de insulina e/ou na capacidade de usá-la. A diabetes se configura como uma emergência mundial de saúde no século 21, aja visto que, a cada ano, mais pessoas vivem com essa condição, que pode desencadear complicações e danos irreversíveis ao longo da vida(1). Mundialmente, há aproximadamente 415 milhões de adultos diabéticos, com 29,6 milhões situados na América Latina e 44,3 milhões localizados na América do Norte e Caribe. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, cerca de 29 milhões de pessoas (9,3%da população dos EUA) tem diabetes, sendo 28% desse total formado por casos não diagnosticados. Existem quatro tipos de diabetes reconhecidos com base em sua origem etiológica: tipo I, tipo II, gestacional diagnosticado durante a gravidez e outras origens especificas causado por alterações genéticas ou consumos de drogas, porém a maioria dos pacientes tem diabetes mellitus tipo 2(90% de todos os casos), seguido de diabetes mellitus tipo 1(5 a 10% de todos os casos). Independente da classificação do diabetes mellitus, a característica principal é a manutenção da glicemia em níveis acima dos valores considerados normais (ACSM, 2011).
O diabetes mellitus tipo I é causado principalmente pela destruição autoimune das células beta pancreático produtoras de insulina, embora alguns casos sejam idiopáticos em sua origem. A deficiência quase absoluta de insulina e a alta tendência a cetoacidose são as características principais dos indivíduos com diabetes mellitus I. Já o diabetes mellitus tipo II é causado pela resistência à insulina de músculos esqueléticos, de tecidos adiposos e do fígado, combinada com um defeito na secreção desse hormônio. Uma característica comum do diabetes mellitus tipo 2 é o excesso de gordura corporal, distribuída nos membros superiores (ACSM, 2011).
A obesidade na parte central do corpo e a resistência à insulina evoluem para pré-diabetes, a qual é caracterizada por hiperglicemia em resposta a dietas com carboidratos, denominada intolerância à glicose e/ou glicemia plasmática elevada em jejum, denominada intolerância à glicose em jejum. Indivíduos com pré-diabetes correm alto risco de desenvolver diabetes, já que a capacidade de hipersecretar insulina das células beta diminui ao longo do tempo, tornando incapazes de restringir as elevações na glicemia (ACSM, 2011).
As Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes(2015) afirma que o objetivo fundamental para o gerenciamento de diabetes mellitus é o controle glicêmico por meio e dieta especifica com baixo índice glicêmico, uso de medicamentos (insulina e agentes hipoglicemiantes orais) e prática de exercícios físicos. O exercício físico é uma ferramenta-chave no gerenciamento de qualquer tipo de diabetes, podendo auxiliar na prevenção de complicações relacionadas com a doença, à resistência à insulina e o diabetes mellitus. 
Segundo Brasil(2013) a prática regular de exercício físico é fundamental na melhora da qualidade de vida e no controle do diabetes mellitus tipo II e o exercício físico aumenta a captação da glicose no tecido muscular, melhora o controle da glicemia, contribui para perda de peso e melhora a qualidade de vida. O exercício físico regular praticado por indivíduos com diabetes mellitus tipo II resulta em melhorias na tolerância a glicose, no aumento da sensibilidade a insulina e na diminuição da hemoglobina glicada (HbA1c). Outros benefícios importantes para os indivíduos com diabetes, pré-diabéticos incluem melhorias quanto aos fatores de risco de doenças cardiovascular e no bem estar. O diabetes mellitus tipo II está associado a fenótipos ligados ao sedentarismo e a obesidade. No entanto a prática regular de exercícios físicos também pode impedir ou atrasar a transição de indivíduos pré-diabéticos que tenham alto risco de desenvolvimento para diabetes mellitus tipo II.
O exercício físico é uma ferramenta importante tanto na prevenção como no tratamento de indivíduos com diabetes mellitus tipo II, pois sua prática traz benefícios como a melhora do metabolismo da glicose no musculo esquelético bem como a redução dos fatores de risco pra diabetes como a obesidade e o sedentarismo (CARVALHO et al., 2015). Para possibilitar uma maior compreensão da importância do exercício físico na prevenção e no tratamento do Diabetes tipo II, foi estruturado o seguinte problema de estudo: Qual a contribuição do exercício físico sobre o Diabetes Tipo II?
Segundo as diretrizes da sociedade brasileira de diabetes (2015), o exercício físico atua de forma especifica sobre a resistência insulínica, independente do peso corporal. No tratamento do diabetes podemos destacar que o exercício físico é um importante aliado, atuando sobre o controle glicêmico e sobre outros fatore de comorbidade, como hipertensão e dislipidemia, e reduzindo o risco cardiovascular. 
Inzucchi et al., (2012) ainda ressalta que as possibilidades de complicações em diabéticos do tipo II são diminuídas em indivíduos que conseguem reduzir os índices glicêmicos. Nesse sentido o estudo se justifica por relacionar a prática do exercício físico com o diabetes mellitus tipo II, enfatizando a importância do mesmo, podendo servir de referência para estudos futuros aplicados ao mesmo tema.
Através de um revisão bibliográfica, o estudo tem por objetivo geral verificar a relação do exercício físico e o diabetes mellitus tipo II, e especificamente analisar os principais benefícios do exercício físico ao paciente de diabetes mellitus bem como discuti a importância do exercício físico, a qual atua sobre a resistência insulínica e na melhora da qualidade de vida, uma vez que induz a musculatura esquelética fazer uso da insulina para o metabolismo energético. 
2. REFERENCIAL TEORICO
2.1 Diabetes mellitus
A diabetes mellitus é definido como um grupo de doenças metabólicas a qual se caracteriza pela hiperglicemia, por consequências de problemas de mecanismo de produção e da ação da insulina nos tecidos periféricos (PASQUALOTO et al., 2012).
Segundo Kenny et al., (2013) O diabetes mellitus ou diabetes, é uma doença cuja característica é a ocorrência de níveis elevados de glicose no sangue resultante tanto da incapacidade de insulina pelo pâncreas, quanto na falta de produção de transportar a glicose até o interior das células.
Almeida et al., (2014) revela que apesar dos efeitos serem o mesmo a fisiopatologia da diabetes mellitus pode se dividir em duas formas, sendo: diabetes mellitus tipo I e diabetes mellitus tipo II. E em poucos casos ainda existe a diabetes mellitus gestacional.
O diabetes mellitus tipo I é gerada resultante da incapacidade do pâncreas em produzir insulina por motivo das células beta pancreáticas estarem destruídas pelo sistema imunológico (KENNY et al., 2013).
O diabetes tipo II é uma alteração metabólica que faz diminuir a produção e a ação da insulina, dificultando o transporte da glicose para dentro da célula. Assim essa alteração faz com que o nível de glicemia aumente, ultrapassando os dos níveis considerados normais (MONTENEGRO, 2015).
Sabe- se que o diabetes do tipo II possui um fator hereditário maior que no tipo I. Além disso, há uma grande relação coma obesidade e o sedentarismo. Estima- se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior, após os 40 anos. O diabetes tipo II é cerca de 8 a 10 vezes mais comum do que o tipo I e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outros podem necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação deste com a insulina (SQUIZANI et al. ,2016).
Squizani et al., (2016) ainda afirma que uma de suas peculiaridades é a continua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na capacidade de absorção das células musculares e adiposas. Sendo que por muitas razões suas células não conseguem metabolizar a glicose o suficiente da corrente sanguínea, denominando esta anomalia de “resistência insulínica”.
O diabetes mellitus gestacional é uma das classificações do diabetes mellitus, o qual conceitua-se como um grupo de doenças metabólicas e etiologia múltipla caracterizado por hiperglicemia decorrentes de efeitos na secreção e/ou ação da insulina, que com maior frequência, coincide com a gravidez (MONTENEGRO, 2015). 
2.1.1 Insulina
A insulina é um hormônio proteico secretado pelas células beta do pâncreas como decorrência a uma ampliação da concentração sanguínea de glicose e aminoácidos depois das refeições. Ela é responsável por regular a homeostase de glicose em diversos níveis, diminuindo a produção hepática de glicose (via redução da gliconeogênese e glicogenólise) e adicionando a compreensão periférica de glicose, especialmente nos tecidos muscular, incita também a lipogênese que bloqueia a lipólise, aumentando a síntese e bloqueando a deterioração de proteínas. A insulina desempenha seus efeitos também por meio da sua união a um receptor característico de membrana combinado por duas subunidades alfa, sendo extracelular e duas subunidades beta sendo Inter membrana (RIBEIRO et al., 2013).
2.2 Exercício físico 
O exercício físico atividade deve ser visto como componente multidimensional em que inclui intensidade, duração, e frequência de movimento do corpo, já aptidão física abrange diferentes componentes identificados e aperfeiçoados com a prática mais eficaz do movimento, ou seja, prática essa voltada para a área esportiva. Desta forma, estudos evidenciam e sugerem que tanto a pratica de atividade física quanto o exercício físico traz benefícios para a saúde (GUEDES et al., 2012).
Como se sabe, o exercício físico em toda sua amplitude apresenta efeitos benéficos em relação à saúde, além de retardar o envelhecimento e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas, as quais são derivadas do sedentarismo, sendo um dos maiores problemas e gasto com a saúde pública nas sociedades modernas nos últimos anos. Tudo isso tem sido causado principalmente pela inatividade física e consequentemente influenciada pelas inovações tecnológicas e más hábitos alimentares (GUEDES, 2012).
Sabe-se que a pratica de atividade física/exercício físico regular vem contribuir de forma positivamente para um estilo de vida saudável e ativo desta população. Embora muito se sabe dos benefícios da pratica de atividade física para a saúde, uma grande parcela da população não a pratica com a frequência recomendada (SILVA et al., 2012).
2.3 Exercício físico e diabetes mellitus tipo II
D’Ângelo (2015) afirma que indivíduos com diabetes mellitus tipo II que realizam exercícios físicos tem benefícios a curto e longo prazo. Em curto prazo, há o aumento da ação da insulina, aumento da captação da glicose pelo musculo esquelético, aumento da captação da glicose no período pós-exercício, diminuição da taxa de glicose e aumento a sensibilidade celular a insulina. Já a longo prazo, o indivíduo tem melhoria na capacidade cardiorrespiratória, diminuição do tecido adiposo ou percentual de gordura, redução dos riscos de doenças coronarianas e melhora na qualidade de vida, proporcionando motivação e satisfação pessoal.
Segundo Brasil(2013) a prática regular de exercício físico é fundamental na melhora da qualidade de vida e no controle do diabetes mellitus tipo II e o exercício físico aumenta a captação da glicose no tecido muscular, melhora o controle da glicemia, contribui para perda de peso e melhora a qualidade de vida.
D’Ângelo et al., (2015) ainda prescrevem que para promover uma melhora no controle glicêmico, o indivíduo deve realizar o exercício aeróbico de forma regular por pelo menos um tempo de 150 minutos por semana, distribuídos em três dias alternados. 
Galvin et al., (2014) defendem ainda as três etapas durante o curso das atividades, etapa 1: o glicogênio muscular é usado para provimento de energia para concretização da atividade, etapa dois: a glicogênio passa a ser degradado pelos processos de gliconeogênese e glicogenólise para fornecer a glicose necessária à prática do exercício, e etapa três: após 30 – 40 minutos de exercício leve/moderado passa a haver crescente participação de lipídeos com o processo de formação de energia através da lipólise (degradação de moléculas de gordura em ácidos graxos livres).
 Para Montenegro (2015) a prática do treinamento de força necessita de algumas atenções aos indivíduos com diabetes mellitus tipo II que é a hidratação, taxa glicêmica, ingestão de carboidratos e o uso da insulina uma vez que o treinamento de força pode influenciar os valores glicêmicos e a quantidade de glicose disponível.
Ribeiro (2013) afirma que a prática de exercícios moderados como 50 minutos de caminhada divididos em 3 dias durante a semana pode prevenir contra o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo II e o exercício intenso também pode ser aplicado desde que não haja outras complicações. A prática de exercícios intensos associada aos exercícios moderados e ainda à prática de exercícios resistidos pelo menos duas vezes na semana, no que diz respeito ao diabetes mellitus tipo II, é uma excelente forma de prevenção.
Segundo Almeida et al., (2014) o treinamento de força é um importante coadjuvante no tratamento do diabetes tipo II pelo fato de promover adaptações fisiológicas como o aumento da sensibilidade a insulina, hipertrofia muscular e benefícios cardiovasculares.
A perda de peso geralmente é uma meta terapêutica para pacientes com o diabetes tipo II, uma vez que a maioria deles tem excesso de peso ou obesidade. Uma perda de peso melhora o controle da glicose e reduz a resistência à insulina (EHRMAN et al., 2018).
Nogueira (2010, p.343) que um programa de exercício físico bem planejado pode representar para o paciente com diabetes tipo II uma melhora na glicemia. A prática do exercício resistido com peso é de fundamental importância para o controle do diabetes. O aumento da massa muscular proporciona aos indivíduos idosos uma melhora no controle glicêmico em função do aumento da massa muscular e da melhora do metabolismo energético. Já no exercício aeróbico existe uma redução no percentual de massa gorda e com isso um maior controle da glicemia.
3. METODOLOGIA
3.1 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica explicativa, de abordagem qualitativa. Gil (2008) afirma que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. 
3.2 Coleta e base de dados
Os dados para elaboração desta pesquisa foram coletados a partir de documentos bibliográficos e periódicos de artigos científicos em português e inglês. As buscas também foram realizadas em bases de dados bibliográficos, contidos na plataforma GOOGLE BOOKS e GOOGLE ACADÊMICO e no banco de dados on-line, Pubmed, SciELO, Portal Capes e Rbpfex.
3.2.1 Procedimentos da coleta de dados
Para a busca primária, foram utilizadas palavras-chave isoladas e combinadas entre si, relacionando o exercício físico (exercício físico e atividade física), ao Diabetes Mellitus tipo II (, diabetes mellitus, hiperglicemia e resistência à insulina) e ao controle e tratamento (controle, tratamento, prevenção do diabetes relacionado ao exercício). Para a busca secundária, utilizaram-se as listas de referências dos estudos relacionados apósa busca primária. 
Como critério de inclusão obteve-se os artigos originais de pesquisas randomizadas e não randomizadas nos últimos dez anos. Como critério de exclusão foi utilizado artigos encontrados na plataformas, portanto em resumo e/ou que estavam em língua diferente do português ou inglês.
3.3 Análise de dados
A análise dos dados foi feita utilizando alguns métodos de leitura de pesquisas bibliográficas como, leitura de reconhecimento, leitura seletiva, critica e interpretativa.
4. RESULTADOS
Foram encontrados 30 artigos, portanto de acordo com os critérios de inclusão e exclusão foram selecionados para a revisão apenas 15 artigos, que estão descrito na tabela 1 contendo os respectivos autores e anos dos artigos, assim como objetivo, metodologia e conclusão dos mesmo que se encontram distribuídos abaixo: 
Tabela 01- Autor/ano, Objetivo, Metodologia e Conclusão dos artigos revisados no estudo.
	Autor(ano) 
	Objetivos 
	 Metodologia 
	Conclusão 
	DE VARGAS(2014)
	Verificar a influência da participação em atividades de grupos de terceira idade, envolvendo a prática de exercícios físicos e atividades cognitivas e recreativas, sobre a função cognitiva e aspectos emocionais, como ansiedade e depressão, de idosos diabéticos e não diabéticos.
	Este estudo descritivo transversal foi desenvolvido em um Centro de Convivência de idosos, em grupos de idosos (entidades que reúnem idosos para prática de exercícios físicos e atividades cognitivas e recreativas em grupo), e em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Uruguaiana-RS. Participaram 158 idosos com idade acima de 60 anos, selecionados por conveniência. A coleta dos dados ocorreu entre os meses de março e novembro de 2012, totalizando um período de oito meses.
	A associação da diabetes mellitus com um estilo de vida menos ativo, sem a prática de exercícios físicos e atividades recreativas e cognitivas, possivelmente representa um fator de risco para a aceleração das perdas cognitivas que acompanham o processo de envelhecimento.
	MAGALHÃES et al., (2010)
	Avaliar os efeitos de um programa de EF regular de longa duração no controlo glicémico em doentes com DM2.
	 A amostra foi constituída por um grupo de referência (GR) (n=102, 65,1±8,7 anos de idade) e um grupo de intervenção (GI) (n=23, 63,7±6,9 anos de idade), todos com DM2 diagnosticada. Os indivíduos do GI foram sujeitos a um programa de treino aeróbio de 32 meses, 5 vezes por semana, com uma duração de 55 minutos por sessão. Entre cada momento de avaliação, foi observado um efeito significativo do programa de treino na redução dos valores médios da glicemia de jejum [-0,119 mmol·L-1 (IC 95%: -0,193 – -0,046)], da resistência à insulina e da glicemia crónica.
	Conclui que o programa regular e estruturado de EF moderado, mantido no longo prazo, consistiu numa forma auxiliar de tratamento segura e eficaz na melhoria do controle glicémico.
	
DUARTE et al., (2011)
	
Comparar o nível de atividade física e cuidados relacionados ao exercício físico em pacientes com diabetes mellitus.
	
Para a avaliação do nível de atividade física foi utilizado o questionário internacional de atividade física, com 27 questões aplicadas em 5 seções. As medidas antropométricas utilizadas para a avaliação nutricional foram aferição do peso e altura, utilizando o IMC para classificação. Para a avaliação laboratorial foram utilizados exames disponíveis no prontuário doas paciente. A simetria das variáveis foi testada por Kolmogorov Sminorv.
	
Quando o exercício físico é considerado, é preciso avaliar o tipo, duração, intensidade e objetivo proposto, a fim de obter o melhor resultado com menores taxas de hipoglicemia. A automonitorização da glicemia capilar deve ser sempre estimulada, especialmente para o paciente que realiza exercício físico e utiliza insulina.
	
NETA et al., (2013)
	
Avaliar o impacto da prática de exercício físico sobre a qualidade de vida de diabéticos tipo 2
	Classificação do diabetes mellitus, diagnostico do diabetes, epidemiologia do diabetes e suas complicações, benefícios do exercício físico na prevenção e controle do diabete tipo 2, prescrição de exercício.
Participaram do estudo 27 diabéticos tipo 2, alunos do Projeto Doce Vida – Programa de Exercício Físico Supervisionado para Diabéticos da ESEF/UPE. O programa de exercício físico teve duração de três meses, o instrumento de coleta foi o questionário DQOL-Brasil.
	
A prática regular de exercício físico causou um impacto positivo na qualidade de vida de diabéticos tipo 2.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
ANDRADE et al., (2015)
	
Avaliar o efeito de um programa de exercício físico aeróbio, mais especificamente caminhada com intensidade moderada, sobre os parâmetros glicêmicos (glicemia de jejum, glicemia pós-prandial e hemoglobina glicada), e clearance de creatinina de pessoas diagnosticados com DM2, e realizando acompanhamento clínico e farmacológico há, ao menos, três anos
	
O modelo de estudo caracterizou-se como quase experimental longitudinal “antes e depois”. Os pacientes (n=25) foram avaliados em quatro momento: M0=início do experimento; M1=quatro semanas; M2=oito semanas; M3=final do experimento (12 semanas). Foram realizadas coletas sanguíneas e de urina conforme determina os protocolos para análise de glicemia de jejum, glicemia pós-prandial e hemoglobina glicada e clearance de creatinina. O programa de exercícios físicos promoveu redução significativas na glicemia pós-prandial, na hemoglobina glicada e clearance de creatinina
	
Concluiu que o programa de exercício físico de moderada intensidade foi capaz de promover melhor controle glicêmico e contribuir para a redução discreta do clearance de creatinina, sendo este associado a patologias renais que, comumente, acomete essa população.
	
	
	
	
	DE SOUSA et al., (2014)
	Avaliar a redução glicêmica ocasionada pelo exercício resistido de alta intensidade em diabéticos tipo 2.
	O estudo teve caráter intervencional e transversal. Foram voluntários 20 homens e subdivididos em 2 grupos, controle (Con) e exercitado (Exe) que realizou o protocolo de exercício resistido a 75% da carga máxima. Utilizou-se na análise estatística o ShapiroWilk, o teste t de Student e o delta absoluto. Foi determinado p<0,05 como significativo. 
	Existe redução glicêmica significante proporcionada pelo exercício resistido de alta intensidade em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2.
	
	
	
	
	
	
	
	
	 MENDES et al., (2011) 
	Apresentar um programa de exercício com elevada aplicabilidade e baixos recursos materiais, de acordo com as recomendações internacionais para a diabetes tipo 2 e tendo em consideração que grande parte desta população é sedentária, possui baixa aptidão física, tem excesso de peso ou obesidade e possui mais de 60 anos.
	Pretendeu-se apresentar uma proposta de um programa de exercício, de acordo com as recomendações internacionais para a diabetes tipo 2 e tendo em consideração que a grande maioria desta população é sedentária, possui baixa aptidão física, tem excesso de peso ou obesidade e possui mais de 60 anos. As sessões de exercício visaram melhorar o controlo glicémico, diminuir a insulino-resistência, melhorar a composição corporal, reduzir os fatores de risco cardiovascular e aumentar a aptidão física. O programa de exercício proposto teve elevada aplicabilidade e baixos recursos materiais.
	A maioria dos doentes com diabetes tipo 2 podem praticar exercício de forma segura e efetiva desde que determinadas precauções sejam tomadas. O exercício deverá ser adaptado às complicações e contraindicações de cada indivíduo e deve ser praticado com regularidade para ter benefícios continuados.
	
	
	
	
	SCHEIN, (2017)
	Avaliar o efeito do exercício muscular inspiratório (EMI) nos níveis de glicose, variabilidade glicêmica e controle autonômico cardiovascular em pacientes com diabetes tipo 2.
	Foram randomizados 14 indivíduos para realizar EMI com carga de2% ou 60% da pressão inspiratória máxima (PImax). Durante o EMI, os níveis de glicose e a variabilidade glicêmica foram avaliados por monitorização contínua da glicose. O controle autonômico foi avaliado no domínio do tempo e da frequência.
	O EMI com carga de 60% da PImax não demonstrou melhoras nos níveis de glicose e variabilidade glicêmica, quando comparado com à carga 2% da PImax. Entretanto, o EMI com carga de 60% da PImax levou a alterações na modulação vagal cardíaca e maior variabilidade da pressão arterial.
	
	
	
	
	
	
	
	
	COSTA (2013)
	Avaliar o impacto do Programa de Exercício Físico (PEF) “Diabéticos em Movimento” no estado de saúde, aptidão física e qualidade de vida de diabéticos tipo 2 de Tondela.
	A investigação realizou-se no Centro Municipal de Marcha e Corrida (CMMC) de Tondela, com 10 participantes (66,10 ± 7,92 anos) com DMT2, durante 16 semanas de EF, que incluía: EF supervisionado, com duas sessões semanais de 60 minutos de exercícios aeróbios e força; e EF não supervisionado, em média três vezes por semana
	O PEF “Diabéticos em Movimento” teve impacto positivo na saúde (composição corporal, PA, FC), aptidão física e qualidade de vida dos diabéticos tipo 2 de Tondela
	GOMES-VILLAS et al., (2012)
	Analisar a relação entre apoio social, adesão aos tratamentos não medicamentoso (dieta e exercício físico) e medicamentoso (insulina e/ou antidiabéticos orais) e controle clínico-metabólico de 162 pessoas com diabetes mellitus tipo 2.
	Constituiu-se em um estudo seccional, de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de instrumentos validados. O apoio social teve correlação direta com a adesão aos tratamentos. Observou-se correlação inversa entre adesão ao tratamento não medicamentoso e índice de massa corporal, bem como entre adesão medicamentosa e pressão arterial diastólica. Não houve associações entre apoio social e variáveis de controle clínico-metabólico
	Conclui-se que o apoio social poderá ser útil para se obter a adesão aos tratamentos. Estudos com outros delineamentos devem ser desenvolvidos, a fim de se ampliar a análise das relações entre apoio social e outras variáveis.
	
	
	
	
	SILVEIRA (2016)
	Verificar o efeito agudo da atividade física no comportamento glicêmico imediatamente após uma sessão de atividade física ao longo de 21 sessões em um grupo de diabéticos.
	Procedeu-se a análise da glicemia nas condições pré e pós atividade física em diabéticos (n = 20; homens n = 7 e mulheres n = 13) com idade mediana (quartis) 67 (45; 83) anos e IMC 26,7 (18,5; 47,4) kg/m2. Todas as sessões foram compostas por atividades de flexibilidade, atividades anaeróbias e aeróbias sem a periodização dos exercícios durante as sessões. Utilizou-se o teste de Wilcoxon para as análises comparativas entre as condições pré e pós intervenção ao nível de significância de 5%.
	Concluiu que a intervenção em um programa voltado para atividade física em diabéticos reduz a glicemia imediatamente após todas as 21 sessões mesmo sem a
periodização dos exercícios durante as sessões.
	DE SOUZA et al., (2016)
MACHADO et al., (2019)
	Identificar se o exercício aeróbico é benéfico para pacientes com diabete mellitus tipo II.
Verificar a adesão ao tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 em pacientes do Núcleo de Atenção à Saúde e Práticas Profissionalizantes (NASPP), Montes Claros-MG.
	A metodologia utilizada foi estudo de caso realizado com dois indivíduos portadores de diabete mellitus tipo II com idade entre 40 e 60 anos, exploratória e explicativa.
Estudo de campo transversal com abordagem quantitativa descritiva através de formulários específicos.
	Conclui que o exercício é de grande importância, pois além de ajudar na perda de peso ele vai fazer uso da glicose como substrato energético e vai facilitar sua entrada nos músculos, porém precisa ser em conjunto com a dieta balanceada e por tempo prolongado.
Apesar de 100% da amostra ser aderente ao tratamento farmacológico, 30,2% dos pacientes não alcançaram a meta de controle dos seus níveis glicêmicos. Sendo assim, destaca-se a importância da associação entre o tratamento farmacológico, a realização de dieta balanceada e prática de exercícios físicos para atingir a meta glicêmica.
	
	
	
	
	CARAN et al., (2011)
	Observar a relação entre qualidade de vida e exercícios físicos regulares para mulheres diabéticas tipo II.
	Houve a aplicação de questionário para mulheres diabéticas tipo II entre 50 e 70 anos. Os dados foram analisados em números absolutos, média simples e percentual.
	A qualidade de vida para mulheres diabéticas do tipo II é diretamente afetada pelo exercício físico regular.
	
	
	
	
	ASANO et al., (2015)
	Investigar os fatores que influenciam diabéticos a praticarem exercícios.
	85 diabéticos foram divididos em dois grupos: grupo diabético sedentário (DS) (n=47) e grupo diabético ativo (DA) (n=38). Os grupos responderam a um questionário especifico.
	Possuir conhecimento específico dos efeitos do exercício na diabetes pode influenciar o diabético em ser ativo. Informação sobre a importância do exercício no controle da diabetes deve ser divulgada para além dos aspectos gerais.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Fonte: Elaborado pelo autor (2020). 
5. DISCUSSÕES
Atendo-se as resposta fisiológicas, a literatura de D’Ângelo (2015) e colaboradores sobre o exercício físico como coadjuvante no tratamento do diabetes possibilitaram perceber o quanto é válido a contribuição da pratica do exercício físico. Seus estudos trazem profundas análises sobre tal fenômeno, pois procuram conceituar, dar esclarecimentos e fornecer orientações na perspectiva da sua prevenção e tratamento contra o diabetes mellitus, visando enfatizar a importância do mesmo. Já De Vargas(2014) em sua pesquisa conclui que a associação da diabetes mellitus com um estilo de vida menos ativo, sem a prática de exercícios físicos, representa um fator de risco para a aceleração das perdas cognitivas que acompanham o processo de envelhecimento do indivíduo. 
Na sua literatura D’Ângelo afirma que os indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 que realizam exercícios físicos podem se beneficiar em curto prazo ou mesmo em longo prazo dos efeitos desses exercícios. Nesse sentido, Silveira(2016) concluiu em sua pesquisa que a intervenção em um programa voltado para atividade física em diabéticos reduz a glicemia imediatamente após todas as 21 sessões mesmo sem a periodização dos exercícios durante as sessões. Ainda, de acordo com Magalhães (2010) em sua pesquisa avaliou e concluiu que:
O programa regular e estruturado de exercícios físicos moderado, mantido no longo prazo, consistiu numa forma auxiliar de tratamento segura e eficaz na melhoria do controlo glicémico. 
Neta et al., (2013) em seu estudo, ressalta a importância da pratica regular do exercício físico como um impacto positivo na qualidade de vida do diabético tipo II. Já Magalhães reforça que o programa regular e estruturado de exercício físico moderado, mantido no longo prazo, consistiu numa forma auxiliar de tratamento seguro e eficaz na melhoria do controlo glicémico.
Squizani et al., (2016) relata em sua literatura que o diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes ais comum que o tipo 1 na sociedade e pode responder ao tratamento com dieta e exercícios físicos, outras vezes necessita de medicamentos orais, e por fim, a combinação deste com a insulina. Já Gomes- Villas et al., (2012) em seu estudo analisou a relação da adesão aos tratamentos não medicamentoso (dieta e exercício físico) e medicamentoso (insulina e/ou antidiabéticos orais) e controle clínico-metabólico de 162 pessoas com diabetes mellitus tipo 2 e concluiu que o apoio social poderá ser útil para se obter a adesão aos tratamentos. Já nos resultados do estudo, Machado et al., (2019) mostra em sua pesquisa que apesar de 100% da amostra ser aderente ao tratamento farmacológico, 30,2% dos pacientes não alcançaram a meta de controle dos seus níveis glicêmicos. Sendo assim, destaca-se a importância da associação entreo tratamento farmacológico e a realização de dieta balanceada e prática de exercícios físicos para atingir a meta glicêmica.
De acordo com DA SILVA et al., (2016, p.108), um programa de exercício físico, associado à dieta e medicamentos antidiabéticos, representa um dos aspectos básicos do tratamento do Diabetes Mellitus, pois além de ajudar no controle da doença, previne as complicações e promove outros efeitos benéficos, resultando numa melhora das condições gerais e consequentemente melhora da qualidade de vida desses pacientes. 
DUART et al. (2011, p.220) ressalta no seu estudo que quando o exercício físico é considerado, é preciso avaliar o tipo, duração, intensidade e objetivo proposto, a fim de obter o melhor resultado com menores taxas de hipoglicemia. A automonitorização da glicemia capilar deve ser sempre estimulada, especialmente para o paciente que realiza exercício físico e utiliza insulina.
Ribeiro et al., (2013) afirma que a prática de exercícios moderados como 50 minutos de caminhada divididos em 3 dias durante a semana pode prevenir contra o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo II e o exercício intenso também pode ser aplicado desde que não haja outras complicações. A prática de exercícios intensos associada aos exercícios moderados e ainda à prática de exercícios resistidos pelo menos duas vezes na semana, no que diz respeito ao diabetes mellitus tipo II, é uma excelente forma de prevenção. Dessa forma, De Sousa et al., (2014) reforça em sua pesquisa que existe redução glicêmica significante proporcionada pelo exercício resistido de alta intensidade em indivíduos com diabetes mellitus tipo II. Já Andrade et al., (2015) afirma em seu estudo que o programa de exercício físico de moderada intensidade é capaz de promover melhor controle glicêmico.
Para Montenegro (2015), na revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício, volume 9, número 51 da página 105 a 109 ele cita que a prática do treinamento de força deve ser incentivada ao indivíduo com diabetes mellitus tipo II devido seus benefícios, como por exemplo: 
[...]aumento da sensibilidade da insulina, aumento da massa muscular, aumento do fluxo sanguíneo, aumento do número de transportadores de glicose (GLUT 4), aumento da captação da glicose, redução do tecido adiposo e redução de doenças secundarias.
Caran et al., (2011) por sua vez, em seu estudo discuti que a média de idade de 61 anos com um diagnóstico da diabetes em torno de quatro anos nos leva a perceber que as mulheres de meia-idade, são as mais acometidas pelo diabetes tipo II, tendo como agravante o fato de que todas apresentaram sobrepeso caracterizado pela gordura localizada. Nesse sentido Caran et al., (2011), observou em sua pesquisa que a qualidade de vida para mulheres diabéticas do tipo II é diretamente afetada pelo exercício físico regular. Nesse sentido, Da Silva et al., (2016) destaca em sua pesquisa a importância do exercício físico no controle glicêmico e na prevenção e tratamento do diabetes mellitus tipo II. 
DE SOUZA et al., (2016) em sua pesquisa teve por objetivo identificar se o exercício aeróbico é benéfico para pacientes com diabete mellitus tipo II, chegando à conclusão que o exercício é de grande importância, pois além de ajudar na perda de peso ele vai fazer uso da glicose como substrato energético, a qual facilita sua entrada nos músculos, porém precisa ser em conjunto com a dieta balanceada e por tempo prolongado. Ainda por sua vez, Andrade et al., (2015) avaliou o efeito de um programa de exercício físico aeróbio, mais especificamente caminhada com intensidade moderada, sobre os parâmetros glicêmicos (glicemia de jejum) e concluiu que o programa de exercício físico de moderada intensidade foi capaz de promover melhor controle glicêmico. 
Asano et al., (2015) em sua pesquisa investigou os fatores que influenciam diabéticos a praticarem exercícios e afirma que:
Possuir conhecimento específico dos efeitos do exercício na diabetes pode influenciar o diabético em ser ativo. Informação sobre a importância do exercício no controle da diabetes deve ser divulgada para além dos aspectos gerais.
	
No estudo, Mendes et al., (2011) assegura que a maioria dos doentes com diabetes tipo II podem praticar exercício de forma segura e efetiva desde que determinadas precauções sejam tomadas. O exercício deverá ser adaptado às complicações e contraindicações de cada indivíduo e deve ser praticado com regularidade para ter benefícios continuados.
 .
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto tema abordado, fica evidenciado que o exercício físico tem papel importante no controle glicêmico, sendo protagonista basilar na prevenção e no tratamento do diabetes mellitus, em especial ao tipo II.
Estendendo se o estudo: a relação do exercício físico e o diabetes mellitus tipo II, verifica-se que os resultados obtidos na revisão literária contribuiu para uma análise dos benefícios do exercício físico ligado a qualidade de vida dos pacientes diabéticos. Todos os autores contribuíram progressivamente para a justificativa do estudo, mostrando que a relação do exercício físico com o diabetes mellitus é benéfica e há prevenção e/ ou tratamento por parte do exercício quando se aplica ao diabetes mellitus, sendo assim um importante fator que atua contra a resistência insulínica, e na qualidade de vida do indivíduo. Confirmando a hipóteses inicial do estudo, os exercícios contribui para uma melhora do diabetes mellitus tipo II, sendo que os exercícios aeróbios auxiliam na melhora da sensibilidade insulínica e os exercícios resistidos contribuírem para um aumento da capacidade do organismo de metabolizar a glicose evitando que a glicemia fique alta demais.
Os objetivos que foram elencados tiveram seu alcance, pois através dos resultados de toda a bibliografia revisada, comprovou- se que a prevenção e o tratamento do diabetes mellitus está ligado diretamente a prática do exercício físico, acarretando melhoras no controle das taxas glicêmicas e na qualidade de vida do indivíduo. Nesse sentido, a pesquisa verificou a importante contribuição do exercício físico para o indivíduo diabético tipo II, bem como analisou os principais benefícios do exercício físico, sendo este, a redução da taxa de glicemia. A intenção de pesquisar esse tema foi mostrar a importância que o exercício físico leva ao paciente diabético, em especial ao tipo 2.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, E A; FETT, C A; VIEIRA JUNIOR, R C; VOLTARELLI, F A. Exercício físico de moderada intensidade contribui para o controle de parâmetros glicêmicos e clearance de creatina em pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. Revista brasileira. Ciência e Movimento 2016;24(1): 118-126
ALMEIDA, R. S; BÁGGIO, T. V; JUNIOR, C. A. S; ASSUMPÇÃO, C. O. Efeito do Treinamento de Força em Portadores de Diabetes Mellitus Tipo 2. Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício, v. 8, n. 47, p. 527-535, 2014.
American College of Sports Medicine. Quantity and quality of exercise for developing and maintaining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for prescribing exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise. 2011; 43: 1334-1359.
BOAS, L. C. G.; FOSS, M. C.; DE FREITAS, M. C. F.; PACE, A. E. Relação entre apoio social, adesão aos tratamentos e controle metabólico de pessoas com diabetes mellitus. Rev. Latino-Americana de Enfermagem vol.20 no.1 Ribeirão Preto Jan./Fev. 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, n. 36, 2013. 
CARAN, D. G.; DOS SANTOS, K. P. Exercício físico regular e qualidade de vida em mulheres com Diabetes Mellitus tipo 2. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.5, n.28, p.375-380. Jul/Ago. 2011. 
CARVALHO, S. S; SILVA, T. A; COELHO, J. M. F. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, v. 5, p. 1-13, 2015.
CASTRO, M. H. Exercício e DiabetesMellitus tipo 2. 2010. Faculdade de Desporto- Universidade do Porto. Porto, 2010.
COELHO, L. G.; CANDIDO, A. P. C.; MACHADO-COELHO G. L. L.; FREITAS, S. N. Associação entre estado nutricional, hábitos alimentares e nível de atividade física em escolares. Jornal de Pediatria - Vol. 88, N° 5, 2012.
COSTA, Ana Henriques da - O impacto de um programa de exercício físico de 16 semanas no estado de saúde, aptidão física e qualidade de vida de diabéticos tipo 2 de Tondela. Coimbra: [s.n.], 2013.
DA SILVA, P. R. M; FERREIRA, R. V.; GIANASI, L. A. Exercício Físico como Prevenção e Tratamento do Diabetes. Revista Conexão Ciência, Minas Gerais, Brasil, I vol. 11 I nº 2 / p.103-109, 2016.
D’ANGELO, F. A; LEATTE, P. E; DEFANI, M. A. O exercício físico como coadjuvante no tratamento do diabetes, Revista Saúde e Pesquisa, v. 8, n. 1, p. 157-166, 2015.
DE SOUSA, R. A. L.; SANTOS, N.V.S.; PARDONO, C. Redução da glicemia através do exercício resistido de alta intensidade em indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo. v.8. n.50. p.871-876. Nov./Dez. 2014. ISSN 1981-9900.
Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
DE SOUZA, F. R., DE SOUZA, E., MARQUES MOREIRA, Q. Exercício Físico como tratamento para pessoas com diabetes melito tipo II. FACIDER - Revista Científica, Colider, n. 08, fevereiro, 2016.
DE VARGAS, L. S.; DE LARA, M. V. S.; Mello-Carpes, P. B. Influência da diabetes e a prática de exercício físico e atividades cognitivas e recreativas sobre a função cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade. Revista brasileira geriatria e Gerontologia. vol.17 no.4 Rio de Janeiro Outubro/dezembro. 2014.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2014-2015/Sociedade Brasileira de Diabetes; [organização José Egídio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio]. – São Paulo: AC Farmacêutica, 2015.
DUARTE, C. K.; DE ALMEIDA, J. C.; MERKER, A. J. S.; BRAUER, F. O. Elsevier Editora Ltda. Nível de atividade física e exercício físico em pacientes com diabetes mellitus. Rev. Assoc. Med. Bras. Porto Alegre, p. 215-2021. 2012.
EHRMAN, J. K; GORDON, P. M; VISICH, P. S; KETEYIAN. S, J. Fisiologia do Exercício Clinico. Phorte,3° edição, p. 2018.
GALVIN, E.A. NAVARRO, F. GREATTI, V. R. A importância da prática do exercício físico para portadores de Diabetes Mellitus: uma revisão crítica. Revista SALUSVITA, Bauru, v. 33, n. 2, p. 209-222, 2014.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
GOMIDES, D. S.; VILLAS-BOAS, L. C. G.; COELHO, A. C. M.; PACE, A. E. Autocuidado das pessoas com diabetes mellitus que possuem complicações em membros inferiores. Acta paulista de enfermagem. Vol.26 no.3 São Paulo, 2013. 
GUEDES, D. P; NETO, J. T. M; GERMANO, J. M; LOPES, V; SILVA, A. J. R. M. Aptidão física relacionada à saúde de escolares: programa fitnessgram. Rev. Bras. Med. Esporte. Vol. 18, N° 2 – Mar/Abril, 2012.
JUSTINA, L. B. D. Os efeitos do exercício físico sobre o diabetes mellitus tipo 2. Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoça, 2010.
KENNEY, W. L; WILMORE, J. H; COSTTILL D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício, 5 ed. Barueri: Manole, 2013.
Machado, A. P. M. C., Santos, A. C. G., Carvalho, K. K. A., Gondim, M. P. L., Bastos, N. P., Rocha, J. V. S., Versiani, O. A., Araujo, M. T. M., Filho, F. G. B., Moreira, J. C., Sá, F. A., Lima, B. A. L., Pessoa, I. A., Ruas, J. P. P., & Prince, K. A. de. (2019). Avaliação da adesão ao tratamento de pacientes com diabetes mellitus e seus fatores associados. Revista Eletrônica Acervo Saúde, (19), e565. https://doi.org/10.25248/reas.e565.2019
MAGALHÃES, P.; DUARTE, J. A.; LOPES, V. P. Efeito de um programa de exercício físico de longa duração no controlo glicémico de doentes com diabetes mellitus do tipo 2. Promoção da saúde e atividade física: contributos para o desenvolvimento humano. ISBN 978-972-669-969-9. 1, p. 153-169
MAIA, R. H. S.; NAVARRO, A. C.; O exercício físico leve a moderado como tratamento da obesidade, hipertensão e diabetes. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. São Paulo. v.11. n.66. p.393-402. Nov./Dez. 2017. 
MENDES, R.; SOUSA, N.; REIS, V. M.; Themudo Barata, J. L. Programa de Exercício na Diabetes Tipo 2. Revista Portuguesa de Diabetes. P. 62-70, 2011.
MONDENEZE, M. D; VILARTA, R; MARCIEL, S E; SONATI, G. J; SOUZA, M. E. S. N; BOCCALETTO, E. M. A. Nível de atividade física de portadores de diabetes mellitus tipo 2 em (DM2) comunidades carente no Brasil, Medicina Ribeirão Preto, p. 78-86,2012.
MONTENEGRO, L. P. Musculação para a qualidade de vida relacionada a saúde de hipertensos e diabéticos tipo 2. Revista brasileira de prescrição e fisiologia do exercício, v. 9, n. 51, p. 105-109, 2015.
NAKAGAKI, M. S; MCLELLAN, K. C. P. Diabetes Tipo 2 e Estilo de Vida: o Papel do Exercício Físico na Atenção Primária e na Secundária. Saúde em Revista Diabetes Tipo 2 e Estilo de Vida. Piracicaba, v. 13, n. 33, p. 67-75, jan.-abr. 2013.
NETA, M. F.; SOUTO, J.; TAVAES, A.; CAETANO M.; CRUZ, S.; WELDES, P.; LUCENA, L.; D’FATIMA, J.; SOUZA, L.; PRISCILA, F.; VANCEA, M.; MARIA, D. Impacto da prática regular de exercício físico na qualidade de vida de diabéticos tipo 2. ConScientiae Saúde, vol. 12, núm. 4, dezembro, 2013, p. 631-637 Universidade Nove de Julho São Paulo, Brasil.
PASQUALOTTO, K. R; ALBERTON, D; FRIGERI, H. R. Diabetes mellitus e Complicações. Journal of Biotechnology and Biodiversity, v. 3, n. 4, p. 34-145, 2012. 
RIBEIRO et al. Efeito do exercício físico sobre marcadores inflamatórios na resistência à insulina. Revista Odontológica de Araçatuba, v.34, n.2, p. 33-38, 2013.
SCHEIN, A. S. O. Efeito do exercício muscular inspiratório agudo sobre o perfil glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Cardiologia e Ciências Cardiovasculares, 2017.
SILVA, R. B; MATIAS, T.S; VIANA, M.S; ANDRADE, A. Relação da prática de exercícios físicos e fatores associados às regulações motivacionais de adolescentes brasileiros. Motricidade. V. 8, n. 2, p. 8-21, 2012.
SILVEIRA, Aline Franklin da. Influência da atividade física na glicemia de diabéticos participantes de programa de educação em saúde. 2016. 22 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física) —Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
SQUIZANI, B. L; BATTELLO, C. Hipoglicemia e diabetes. Iridologia e disglicemia. São Paulo, p. 14-19, 2016.
image1.jpeg

Continue navegando